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Linha de defesa contra os germanos declarada patrimônio cultural

(pag / rf)6 de agosto de 2005

A Alemanha foi alvo de mais uma distinção da Unesco, que declarou o trecho alemão do Limes, a antiga fronteira do Império Romano, Patrimônio Cultural da Humanidade.

Saalburg – fortaleza romana é agora museuFoto: AP

O Limes era um amplo caminho de fronteiras – uma linha divisória – criado pelos romanos após vários confrontos com tribos germânicas. Ao seu longo existiam, além dos limites naturais, construções como muralhas, torres de madeira e postos de vigia.

No total, o Limes tinha uma extensão de cinco mil quilômetros, e o trecho alemão, um pouco mais de 500 quilômetros. Depois de quase dois mil anos de história, ainda encontram-se vestígios nas áreas que vão da cidade de Koblenz, na Renânia-Palatinado, passando por Hessen, Baden-Württemberg até Regensburg, no território bávaro.

Nas áreas de fronteira onde ainda existem fragmentos de muralhas, a nomeação como patrimônio cultural é um símbolo de apoio e chega em boa hora, considerando o tempo como um dos piores inimigos contra sua manutenção.

Um entre centenas de postos de vigilância da antiga fronteiraFoto: dpa

Fim da destruição

O reconhecimento da Unesco não é somente um prestígio, mas representa também deveres para centenas de cidades e comunidades na Alemanha. A Comissão Alemã do Limes espera agora receber apoio financeiro para poder restaurar trechos em ruínas.

Os danos causados pelo vento e mudanças de temperaturas maltrataram as substâncias que restaram da antiga fronteira. Outros estragos foram causados por escavações de maquinários ou até por construções de casas e ruas na linha da defesa romana. Sob proteção da Unesco, fica simplesmente proibido modificar ou fazer obras futuras nessas regiões.

Consolidação da fronteira como rota turística

Ilustração de Raimo Bergt mostra história

A rota panorâmica do Limes começa na região do Rio Reno, passando pelas dos Rio Meno e Lahn, terminando na do Danúbio. Neste percurso encontravam-se cerca de 120 grandes e pequenos alojamentos de tropas e uma média de 900 postos de vigilância. Estes ficavam a apenas algumas centenas de metros de distância um do outro, facilitando o contato entre si.

Maiores atrações

A atração da cidade de Weissenburg, na Baviera, são as termas romanas – as maiores do sul da Alemhanha –, e em Aalen, é o Museu do Limes, onde estão expostos armamentos, gravuras, estátuas e vasos daquele tempo. Os fundamentos originais de uma casa de banho romana estão expostos num museu ao ar livre em Rainau-Buch, em Baden-Württemberg. Várias trilhas e rotas arqueológicas levam aos vestígios do Limes e a reconstruções daquela época.

Opção como ciclovia

Aventureiros em boa forma podem percorrer todo o percurso numa ciclovia, que atravessa também trechos montanhosos. O caminho leva por parques naturais e termina em Regensburg, na região do Rio Danúbio.

Entrada do parque arqueológico em Welzheim, em Baden-WürttembergFoto: dpa

Fronteira caiu no esquecimento

A idéia de uma fronteira contínua vem do último imperador romano da dinastia de Flávia, Domitian (81–96 d.C.), que perseguiu os cristãos. A expulsão dos romanos se deu entre 213 e 260, com o avanço das tropas germânicas em diversas frentes. Quando os vândalos e os burgúndios finalmente atravessaram o Reno, em 409 d.C., o domínio romano teve um fim definitivo na região. A linha divisória perdeu sua importância, e seus vestígios foram desaparecendo no decorrer dos séculos.

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