Endeavor Content compra os direitos do polêmico livro sobre bastidores da Casa Branca, diz imprensa americana. Autor será produtor de série, que ainda não tem data de estreia.
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Fenômeno de vendas nos Estados Unidos, o polêmico livro do jornalista Michael Wolff sobre os bastidores da Casa Branca de Donald Trump será transformado numa série de televisão, noticiou nesta quarta-feira (17/01) a imprensa americana.
De acordo com os sites especializados Variety e The Hollywood Report, a empresa de entretenimento Endeavor Content comprou os direitos do livro Fire and fury: Inside the Trump White House (Fogo e fúria: Por dentro da Casa Branca de Trump) para adaptá-lo para a televisão.
Wolff será um dos produtores executivos da série. A data para o lançamento ainda não foi definida, mas o anúncio provocou especulações sobre quem serão os atores escolhidos para interpretar Trump e outras figuras centrais do governo do republicano.
O livro sobre o governo de Trump traz revelações sobre um aspecto da vida do presidente do qual pouco se falou, até então: como insiders da Casa Branca veem as relações familiares de Trump.
Wolff descreve ainda o presidente como psicologicamente instável e com hábitos alimentares pouco saudáveis. Além disso, o livro reúne declarações de importantes funcionários da Casa Branca, que expressam dúvidas quanto à capacidade de Trump para exercer a presidência.
Trump tentou em vão impedir a publicação do livro, o que fez com que a editora adiantasse o lançamento para o dia 5 de janeiro. A polêmica em torno da obra fez com que ela se esgotasse nas prateleiras das livrarias. Somente na primeira semana, foram vendidos 28 mil exemplares.
CN/efe/rtr
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Trechos de "Fogo e Fúria", o livro sobre os bastidores da Casa Branca de Trump
Mesmo antes de sua publicação, livro do jornalista Michael Wolff já causa irritação em Washington. Com base em mais de 200 entrevistas, obra oferece rara visão interna da Casa Branca e da campanha eleitoral.
Foto: picture-alliance/AP/B. Anderson
"Fogo e fúria"
Trechos já publicados do livro do jornalista americano Michael Wolff "Fogo e Fúria: por dentro da Casa Branca de Trump" revelam o que acontece nos bastidores do centro do poder nos EUA, da busca por segurança em hambúrgueres aos sonhos presidenciais de Ivanka Trump.
Foto: picture-alliance/AP/B. Camp
"Melania em lágrimas"
"O filho de Trump, Don Jr., disse a um amigo que pouco depois das 20h, na noite da eleição, quando parecia confirmada a inesperada tendência de que Trump realmente poderia vencer, seu pai parecia ter visto um fantasma. Melania caiu em lágrimas – que não eram de alegria. Em pouco mais de uma hora, um Trump confuso se transformou num Trump incrédulo e depois num Trump assustado."
Foto: picture-alliance/AP/V. Mayo
Ivanka Trump, "primeira mulher presidente"
"Comparando riscos e ganhos, tanto Jared (Kushner) quanto Ivanka decidiram aceitar cargos na Casa Branca, contrariando o conselho de quase todos que conheciam... Ambos fizeram um acordo sério: se algum dia surgir a oportunidade, ela será a candidata à presidência. A primeira mulher presidente, brincou Ivanka, não seria Hillary Clinton, mas Ivanka Trump."
Foto: picture-alliance/AP/M. Sohn
Buscando refúgio em "fast food"
"Ele tinha um medo antigo de ser envenenado, e essa é uma das razões pelas quais ele gostava de comer no McDonald's: ninguém sabia que ele iria aparecer, e a comida já estava pronta, o que era seguro."
Foto: Instagram
As teorias de Bannon
"O verdadeiro inimigo, segundo Bannon, era a China. A China seria a primeira frente numa nova Guerra Fria. A China é tudo. Nada mais importa. Se não lidarmos direito com a China, não vamos lidar direito com nada. Tudo é muito simples. A China está onde a Alemanha nazista estava em 1929 e 1930. Os chineses, como os alemães, são as pessoas mais racionais do mundo, até deixarem de ser."
Foto: picture-alliance/AP/B. Anderson
Bannon: Donald Jr. foi "traidor"
"Donald Trump Jr., Jared Kushner e o chefe da campanha, Paul Manafort acharam uma boa ideia se encontrar com um governo estrangeiro na sala de conferências no 25º andar do Trump Tower – e sem advogados... Mesmo se você acha que não se tratava de traição, falta de patriotismo ou uma bosta ruim, e eu acho que foi tudo isso, você deveria ter chamado o FBI imediatamente", disse Bannon.
Foto: picture-alliance/AP/C. Kaster
"Perder era ganhar"
"Se tivesse perdido a eleição, Trump se tornaria muito famoso e ao mesmo tempo um mártir da Hillary Idiota. Sua filha Ivanka e o genro Jared se tornariam celebridades internacionais. Steve Bannon se tornaria o chefe de fato do movimento Tea Party. Melania Trump, que havia obtido do marido a garantia de que ele não seria presidente, poderia voltar a ter almoços discretos. Perder era ganhar."