Pesquisadores descobrem domesticações distintas de lobos na Ásia e na Europa. Até então, a ciência presumia que cães eram descendentes de apenas uma população de lobos. Mistura entre elas teria ocorrido há 10 mil anos.
Foto: DW/F. Schmidt
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Pesquisadores britânicos descobriram que o lobo foi domesticado por seres humanos tanto na Ásia Oriental como na Europa – de forma independente.
Por meio de análises genéticas de cachorros vivos e de informações genéticas de ossos de cães de até 12 mil anos de idade, a equipe de pesquisadores liderada pelo bioantropólogo Greger Larson chegou à conclusão de que o homem primitivo domesticou lobos tanto em comunidades europeias como asiáticas. O estudo foi publicado na revista científica Science, nesta quinta-feira (02/06).
Até então, pesquisadores presumiam que o lobo tinha sido domesticado somente uma vez e que os atuais cachorros são descendentes de apenas uma população de lobos. Nesta afirmação, porém, os cientistas discutiam se a domesticação tinha ocorrido na Ásia ou na Europa. O novo estudo mostra, no entanto, que ela ocorreu paralelamente nos dois continentes.
Segue incerto quando exatamente o lobo se tornou um cãoFoto: picture-alliance/dpa
Mistura ocorreu somente há 10 mil anos
Larson, professor da ciência de paleontologia de genoma na Universidade de Oxford, analisou o genótipo de 60 cães que viveram entre 12 mil e mil anos atrás. Os dados foram então comparados com amostras de 2.500 cachorros vivos.
O resultado revelou que os cães carregam tanto o genótipo de cães europeus como asiáticos, mas que as duas populações se desenvolveram inicialmente de forma separada. Uma mistura entre os caninos ocorreu somente quando os cães asiáticos imigraram com seus donos à Europa.
Tanto na Europa como na Ásia já havia cães pelo menos 12 mil anos a.C. Na Ásia Central, no entanto, há provas da existência dessas espécies apenas a partir de 8 mil anos a.C. Pesquisadores acreditam que esse deve ser o período inicial da mistura das populações caninas.
Por outro lado, segue incerto quando se iniciou a domesticação do lobo. As estimativas variam bastante: entre 15 mil e 100 mil anos atrás.
PV/dpa/dw
Dez superpoderes de animais inteligentes
Animais podem ser muito inteligentes, mas alguns se destacam por habilidades impressionantes. Confira dez espécies que deixariam o Super-Homem de queixo caído.
Foto: Soheil Soleimani
Golfinhos pensativos
Os golfinhos se reconhecem no espelho e dominam recursos metacognitivos: eles são capazes de se ocupar com os próprios pensamentos. Isso significa que eles podem não se decidir quanto confrontados com duas opções. Às vezes também ficam incertos e oscilam entre as duas.
Foto: Soheil Soleimani
Polvos precavidos
Tidos como os moluscos mais inteligentes do mundo, cefalópodes como o polvo-venoso são presas fáceis quando rastejam nas profundezas do mar. Praticamente indefesos, eles têm de estar sempre alertas. São cautelosos e se protegem procurando esconderijos nas imediações.
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Baleias falantes
Baleiês existe. O idioma que ficou famoso em "Procurando Nemo" tem até mesmo uma gramática. As baleias jubarte são conhecidas por cantar durante horas. Embora aves também façam isso, os mamíferos gigantes usam regras próprias. Assim como nós usamos verbos no presente ou no passado, elas combinam tons e frases e criam estrofes e melodias.
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Guaxinins decifradores
Guaxinins entendem mensagens rapidamente e têm ótima memória. Em uma experiência, animais foram colocados diante de 13 travas e conseguiram abrir 11 em menos de dez tentativas, incluindo aquelas com sistemas diferentes. Eles decodificaram o mecanismo e conseguiram lembrar o método três anos mais tarde.
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Elefante não esquece
"Memória de elefante" não é só uma expressão. Eles se lembram de experiências vividas até 30 anos atrás e conseguem reconhecer algumas vozes. Num parque nacional no Quênia, os paquidermes reagem de forma diferente a pessoas da tribo Massai e Kamba. Eles ficam inquietos com os primeiros, porque sabem que eles caçam.
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Orangotangos precavidos
O orangotango é provavelmente um dos criminosos mais sofisticados do mundo animal. Aqueles que vivem perto de seres humanos costumam roubar secretamente rações de comida. Eles conhecem as consequências das suas ações, então apagam tudo o que aponta para o roubo – como palha espalhada ou as sementes caídas no chão.
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Papagaio consciente
O espécime mais famoso dos papagaios-cinzentos foi Alex, que conseguia diferenciar objetos, formas e cores. A ave, que já morreu, conhecia 150 palavras, mas não se tratava de uni-las sem lógica e indiscriminadamente. Quando não estava interessado em participar do treinamento, ele resmungava, por exemplo: "Eu vou embora". Em dias de mau humor do proprietário, dizia: "Sinto muito ".
Foto: Ute Walter
Cacatua paciente
A ave é capaz de planejar suas ações em passos sequenciais. Em um experimento, uma noz foi colocada dentro de uma caixa de madeira fechada com travas e parafusos. A cacatua resolveu o enigma sem ajuda – conseguiu até afrouxar os parafusos. Quando lhe ofereceram trocar a noz por outra, ela esperou alguns segundos para pensar se valeria a pena.
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Filhotes mimados
Tanto na anatomia quanto na bioquímica, macacos são muito parecidos conosco. Não é surpresa, então, que eles manipulem seus pares. Filhotes de macaco muitas vezes choram na presença de machos dominantes, mesmo que eles não lhes tenham feito nada. Por conta disso, macho-alfa se vinga do resto do grupo.
Muita gente acha que cada animal tem apenas uma técnica para caçar. Ledo engano. A aranha-saltadora sempre se reinventa de acordo com a situação. O pequeno aracnídeo é tão requintado que imita a presa capturada em sua teia ou dança como se fosse de outra espécie. Tudo para garantir a refeição do dia.