O escândalo está esclarecido: o trigo utilizado na produção de ração orgânica para aves foi contaminado com a substância cancerígena Nitrofen no silo em que estava armazenado. Localizado em Malchin, em Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, no nordeste do país, o silo servira de depósito para pesticidas nos tempos da Alemanha Oriental. Em outubro do ano passado, foi alugado por uma firma que vende sementes e cereais.

O cereal contaminado foi fornecido para a empresa GS Agri, da Baixa Saxônia, que utilizou 550 toneladas na produção de ração animal, vendida a mais de 100 granjas especializadas em métodos ecológicos de criação. Desde sexta-feira (31), A GS Agri está proibida de fornecer rações a granjeiros do setor orgânico.

"Não há o menor indício de que haja outras fontes de contaminação", garantiu a ministra da Agricultura e Defesa do Consumidor, Renate Künast, do Partido Verde, em entrevista coletiva à imprensa neste sábado (01). A firma que forneceu o cereal contaminado foi fechada, anunciou o secretário da Agricultura de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, Till Backhaus. Promotoria e polícia estadual deram início a um inquérito.

No decorrer desta semana, foram localizados ovos e carne de aves com vestígios de Nitrofen em quatro estados alemães: Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, Baixa Saxônia, Renânia do Norte-Vestfália e Saxônia-Anhalt.