Por ocasião do aniversário oficial, rainha ganha três dias de homenagens, com missa, parada militar e grande piquenique. Tradição de festejar nascimento dos monarcas duas vezes ao ano começou em 1748.
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Este é o ano em que a rainha Elizabeth 2ª se tornou nonagenária, e as celebrações continuam. Três dias de homenagens em Londres começaram com uma missa na Catedral de St. Paul nesta sexta-feira (10/06).
Apesar de o aniversário de 90 anos da rainha ter sido no último dia 21 de abril, o "oficial" será comemorado neste sábado, com a tradicional parada militar da guarda real britânica. Elizabeth 2ª sempre celebra a data duas vezes ao ano, em abril e no início de junho, quando os parques reais de Londres costumam ser iluminados pelo sol. A tradição começou com o rei George 2º, em 1748.
A missa desta sexta-feira coincidiu com o aniversário de 95 anos do marido da rainha, o príncipe Philip, que também foi homenageado. O arcebispo de Canterbury, Justin Welby, destacou a longa trajetória de dedicação da monarca, a soberana que ocupou por mais tempo o trono britânico.
"Olhamos em retrospectiva os 90 anos de Vossa Majestade na vida de nossa nação com profunda admiração e profunda gratidão. Através de guerras e dificuldades, de turbulência e mudanças, fomos sustentados de maneira admirável e maravilhosa", disse Welby.
O príncipe Charles e a esposa Camilla, o príncipe William e a esposa Kate, o príncipe Harry e uma série de outros membros da realeza se juntaram a políticos numa versão estrondosa de God save the Queen.
Espera-se que a parada Trooping the Color reúna milhares de britânicos diante do palácio de Buckingham neste sábado, na esperança de uma aparição da família real na sacada.
No domingo, na The Mall, avenida diante do Palácio de Buckingham, será oferecido almoço para cerca de 10 mil trabalhadores de caridade e membros da família real, num grande piquenique. Festas de rua estão planejadas em várias cidades, inclusive em alguns dos países da Commonwealth e nos Estados Unidos.
Há cerca de um mês, o aniversário da rainha, que chegou ao poder em 1952, também foi celebrado numa arena próxima ao castelo de Windsor, com a presença de cerca de 5 mil pessoas.
LPF/ap/dpa
Cinco presentes curiosos para Elizabeth 2ª
Aniversários, jubileus, visitas de Estado: com uma vida social tão agitada, a rainha do Reino Unido recebe muitas homenagens, por vezes bem estranhas. Confira alguns desses presentes – um deles foi do governo brasileiro.
Foto: Imago/Steffen Schellhorn
Viagens de graça em Londres
Quando o metrô londrino, o mais antigo do mundo, completou 150 anos em 2013, Elizabeth 2ª naturalmente participou dos festejos. Como suvenir, a companhia que opera o sistema lhe ofertou um Oyster Card personalizado, o tíquete eletrônico para os transportes londrinos. A rainha agradeceu – mas nem por isso alguém a pegou desde então passeando de metrô pela metrópole inglesa.
Foto: Getty Images/P. Macdiarmid
Cavalgar como no faroeste
Desde a infância a Queen é apaixonada por cavalos. Na qualidade de amazona talentosa, sua coleção de sapatos certamente já incluía um ou outro par de botas de equitação. Ainda, assim, durante uma visita ao governador do Texas em 1991, tanto ela quanto seus netos foram presenteados com pares e pares de botas de cowboy feitas à mão. As quais Elizabeth 2ª nunca foi vista usando.
Foto: Imago/All Canada Photos
Fruta para uma vida
Do ponto de vista atual, pode até parecer que o governo do estado australiano de Queensland estivesse fazendo uma piada de mau gosto, ao enviar como presente de casamento a Elizabeth e o príncipe consorte Philip, em 1947, 500 caixas de abacaxi em lata. Na realidade, a escassez de alimentos na Inglaterra ainda era séria, no pós-guerra, e a doação foi muito bem recebida por escolas e hospitais.
Foto: Getty Images/Keystone
"Cor estranha para um cavalo"
Durante visita a Berlim em 2015, Elizabeth recebeu a tela em acrílico da artista alemã Nicole Leidenfrost "Cavalo azul real", baseada numa foto de 1930, em que ela monta um pônei ao lado do pai, George 6º. Um crítico de arte britânico se indagaria: "Será Bad Painting ou é só mal pintado?". A discreta monarca só comentou: "Cor estranha para um cavalo"; e mais tarde: "Este é para ser o meu pai?"
Foto: picture-alliance/Bundespresseamt/J. Denzel
Mensagem subliminar?
Qualquer semelhança com pessoas vivas – espera-se – é mera coincidência. Em 1968, em plena ditadura militar, algum gênio de Brasília teve a ideia de mandar um casal de preguiças para Elizabeth. O simpático porém inerte presente foi enviado sem demora para o jardim zoológico de Londres, onde fez companhia a outros "tributos vivos" à soberana, como um jaguar, um elefante e dois castores do Canadá.