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Londres promete respeitar embaixada equatoriana

25 de agosto de 2012

A disputa diplomática entre Reino Unido e Equador pelo criador do site Wikilieaks assume um tom menos agressivo. Após dias de mal-estar crescente, diplomacias de ambos os países restabelecem o canal de diálogo.

WikiLeaks founder Julian Assange speaks to the media outside the Ecuador embassy in west London August 19, 2012. Assange used the balcony of Ecuador's London embassy on Sunday to berate the United States for threatening freedom of expression and called on U.S. President Barack Obama to end what he called a witch-hunt against WikiLeaks. REUTERS/Olivia Harris (BRITAIN - Tags: POLITICS CRIME LAW MEDIA)
Foto: REUTERS

O presidente equatoriano, Rafael Correa, informou que foram retomadas as conversações diplomáticas com o Reino Unido. O governo britânico garantiu, em comunicado oficial, que vai respeitar a imunidade diplomática da embaixada equatoriana em Londres. A situação reinstala contatos entre Londres e Estocolmo, na busca de uma solução para o caso de Julian Assange, fundador do Wikileaks, abrigado na embaixada do país sul-americano.

Correa acrescentou que, também no futuro, o Equador "não pedirá permissão a ninguém para o exercício de sua soberania e defenderá os direitos humanos de qualquer um que solicite". Na semana passada, o Quito anunciara oficialmente a decisão de conceder asilo a Assange, que reside na embaixada desde o dia 19 de junho.

O governo equatoriano acusava o Reino Unido de ameaçar violar a imunidade diplomática da representação do país em Londres para prender Assange.

Apoio da OEA

Após encontro em Washington, na sexta-feira (24/08), doze Estados da Organização dos Estados Americanos (OEA) ofereceram solidariedade e apoio ao Equador nas suas alegações de inviolabilidade de premissas diplomáticas. O Equador pediu para que os 34 países integrantes da OEA considerassem uma resolução ratificando a "inviolabilidade" de sua embaixada em Londres.

Estados Unidos e Canadá questionaram a relevância da questão para o organismo regional. Os países membros salientaram, entretanto, que é necessário diálogo entre Equador e Reino Unido para a resolução do impasse.

Antes da retomada das negociações, na reunião da OEA, o ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patino, classificou a suposta ameaça britânica como uma tentativa de violação a "soberania do Equador". Assange se refugiou na embaixada para escapar da extradição para a Suécia, onde teria que responder por supostos crimes sexuais.

O fundador do Wikileaks teme uma extradição para os Estados Unidos, onde é procurado por traição, após ter liberado diversos documentos secretos do Departamento de Estado norte-americano em seu site. O Reino Unido adiantou que vai negará salvo-conduto para Assange sair do país

MP/afp,dpa
Revisão: Augusto Valente

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