Lufthansa pretende comprar Alitalia por meio bilhão de euros
16 de outubro de 2017
Diário italiano diz que companhia aérea alemã quer adquirir operações de aviação da empresa italiana em processo de falência e demitir metade de seus funcionários. Irlandesa Ryanair retirou oferta no mês passado.
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Horas antes de acabar o prazo para apresentação de ofertas de compra da insolvente aérea Alitalia, o jornal italiano Corriere della Sera noticiou nesta segunda-feira (16/10) que a alemã Lufthansa planeja oferecer meio bilhão de euros pela companhia.
Segundo o diário, a Lufthansa tem interesse exclusivo nos negócios de aviação da Alitalia, e não nas operações de solo. Por isso, a alemã também estaria planejando demitir metade dos cerca de 12 mil funcionários da antiga estatal italiana, segundo informações do jornal, que cita três fontes internas da empresa aérea com sede em Roma.
Voos de curta e média distâncias, que sofrem com a concorrência de companhias aéreas de baixo custo, também deverão ser eliminados se a empresa alemã comprar a italiana.
A Lufthansa se recusou a comentar a notícia, enquanto uma fonte da empresa italiana disse não poder "confirmar ou negar" as informações.
O Corriere della Sera adiantou também que o governo italiano considera a oferta radical demais em termos de corte de postos de trabalho e que teria recusado a oferta de desmembramento da empresa, já que quer vender o conjunto das operações da Alitalia.
O prazo para as ofertas, vinculativas, acaba às 18h (hora local) desta segunda-feira. O presidente da Lufthansa, Carsten Spohr, expressou interesse numa Alitalia "posicionada de forma diferente", dizendo que a empresa não é economicamente viável no estado em que se encontra atualmente.
Falência
A Alitalia deu início a um processo de falência em maio deste ano, depois que a principal acionista, a aérea Etihad Airways, dos Emirados Árabes Unidos, disse que não estenderia os financiamentos à empresa.
Até agora, nenhuma empresa confirmou publicamente a intenção de fazer uma oferta pela Alitalia, que está sendo financiada por empréstimos do governo em Roma. Na última sexta, este ampliou o crédito-ponte concedido à empresa de 600 milhões para 900 milhões de euros, para manter a aérea italiana operando até meados do próximo ano. Segundo a imprensa, o dinheiro não precisa ser empregado ainda e poderá ser devolvido até o final de setembro de 2018.
Também na semana passada, o governo italiano estendeu o prazo para a venda da empresa aérea de 5 de novembro deste ano para 30 de abril do ano que vem, com a intenção de ganhar tempo para encontrar um comprador. Além disso, as ofertas poderiam ser melhoradas até esta data, à qual se seguiria um período de análise por autoridades antimonopólio europeias, que poderá durar de quatro a seis meses.
Segundo especialistas, a lista de compradores não deverá ser extensa. A irlandesa Ryanair, que oferece voos de baixo custo, retirou uma oferta pela Alitalia no final de setembro.
Na semana passada, a Lufthansa anunciou a compra parcial da também insolvente alemã Air Berlin – que também era controlada pela Etihad Airways – por 210 milhões de euros.
RK/dpa/rtr/ap
As melhores companhias aéreas do mundo
Todos os anos, a consultoria Skytrax elege as melhores empresas aéreas do mundo. Em 2016, os três primeiros lugares do "Oscar" da indústria da aviação foram para Emirates, Qatar Airways e Singapore Airlines.
Foto: picture-alliance/dpa/B. Roessler
#57: Latam Brasil
No ranking das 100 melhores do "Oscar" da indústria da aviação mundial, a Latam Brasil (em 2016 ainda TAM) ficou na 57ª posição. A empresa, a maior do Brasil no mercado internacional, pretende criar um hub no Nordeste para voos internacionais, possivelmente para os EUA, Europa e América do Sul. Na disputa estão três estados: Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
Foto: Divulgação/Latam Brasil
#55: Azul Linhas Aéreas
A Azul ficou na 55ª colocação no ranking de 100 empresas. Ela recebeu o prêmio de melhor low-cost da América do Sul e, ainda, de melhor equipe de funcionários da América de Sul. A empresa planeja avançar mais ainda no mercado internacional: além de já voar para Lisboa, Fort Lauderdale, Orlando, Montevidéu e Caiena, a empresa estreará frequências para Buenos Aires e Santa Cruz de la Sierra.
Foto: Divulgação/Azul Linhas Aéreas Brasileiras
#10: Lufthansa
A Lufthansa é a maior companhia alemã e, juntamente com suas subsidiárias Eurowings, Swiss, Austrian Airlines e Brussels Airlines, serve 255 destinos em 101 países. O Grupo Lufthansa tem uma frota total de cerca de 600 aviões, e encomendas de 214 aeronaves, incluindo o Airbus A350 e o A321neo. A empresa levou os prêmios de melhor empresa da Europa Ocidental e melhor aérea transatlântica.
Foto: picture-alliance/dpa/B. Roessler
#9: Qantas Airways
Criada em 1920, a companhia áerea de bandeira australiana conta com cerca de 120 aeronaves e voa para mais de 20 destinos domésticos e 21 internacionais em 14 países na África, Américas, Ásia, Europa e Oceania. Entre os prêmios que recebeu em 2016 da Skytrax estão o de melhor aérea australiana no Pacífico e de melhor equipe de funcionários na Austrália.
Foto: picture-alliance/dpa
#8: EVA Air
Fundada em 1989, a segunda maior empresa de Taiwan voa atualmente para mais de 60 destinos internacionais na Ásia, Austrália, Europa e América do Norte com uma frota de mais de 70 aeronaves. Em junho de 2013, a companhia se tornou membro da aliança Star Alliance. A aérea recebeu os prêmios de melhor aérea transpacífica e, ainda, de melhor conforto na classe executiva.
Foto: picture-alliance/dpa/R.B. Tongo
#7: Turkish Airlines
Fundada em 1933 com uma frota de apenas cinco aeronaves, a empresa turca é a que voa para mais países do que qualquer outra companhia: 289 cidades em 116 nações com uma frota de cerca de 300 aviões. Entre outros prêmios, a aérea – que voa de Istambul para São Paulo e da capital paulista para Buenos Aires – recebeu o de melhor companhia europeia e de melhor catering da classe executiva.
Foto: AFP/Getty Images/O. Kose
#6: Etihad Airways
A empresa com sede em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, tem uma frota de mais de 120 aeronaves e voa para mais de 110 destinos em todo o mundo. A companhia, fundada em novembro de 2003, anunciou que deixará de voar para São Paulo no final de março de 2017. Entre outros prêmios, a aérea levou o de melhor primeira classe do mundo e, ainda, de melhor poltrona de primeira classe.
Foto: picture-alliance/dpa/M. Scholz
#5: ANA All Nippon Airways
Criada em 1952, a companhia japonesa opera 72 rotas internacionais e 115 domésticas, e voa com uma frota de 240 aeronaves. Entre os prêmios, a empresa ganhou de melhor serviço em aeroporto. A aérea, que não voa para o Brasil, foi a primeira cliente do Boeing 787 e é a maior operadora do Dreamliner no mundo. Na foto, um avião da ANA com pintura especial em homenagem ao filme Star Wars.
Foto: Reuters/Y.Shino
#4: Cathay Pacific
A empresa de Hong Kong, que não voa para o Brasil, possui uma frota de 147 aviões de passageiros e cargueiros, e a média de idade de suas aeronaves é de oito anos. Ela voa para 177 destinos em 44 países, incluindo serviços próprios com aeronaves de passageiros ou em codeshare com outras companhias. Ela recebeu os prêmios de melhor limpeza de cabines e de lounge de primeira classe.
Foto: Getty Images/AFP/L. Fievet
#3: Singapore Airlines
A empresa aérea nacional de Cingapura tem 103 aviões em sua frota e voa para mais de 60 destinos em 35 países. Ela recebeu em 2016 o prêmio de melhor empresa aérea na Ásia e, ainda, o de melhor poltrona de classe executiva. Por causa da crise econômica brasileira, a companhia deixou de voar entre São Paulo e Cingapura, via Barcelona, no dia 20 de outubro de 2016.
Foto: Airbus S.A.S. 2016/photo: MasterFilms, H. Gousse
#2: Qatar Airways
Com sede em Doha, a Qatar Airways é a empresa aérea nacional do Catar. Fundada em 1997, ela oferece mais de 150 destinos e tem 192 aviões de passageiros e carga. Ela recebeu o prêmio de melhor companhia aérea da Skytrax em 2011, 2012 e 2015 e, em 2016, entre outras premiações, ficou com a de melhor classe executiva. A companhia voa para São Paulo e também atenderá o Rio de Janeiro em 2017.
Foto: Flickr/Qatarairways
#1: Emirates
Fundada em 1985 e com base em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, a empresa tem uma frota de 255 aeronaves, incluindo o número recorde de 92 Airbus A380 (foto) – o maior avião de passageiros do mundo. A empresa, que voa para 154 destinos em 83 países, trocará o Boeing 777 usado na rota para São Paulo por A380. Além do prêmio de melhor empresa aérea, ela ganhou o de melhor entretenimento de bordo.