Luiz Henrique Mandetta, o ministro que desafia o presidente
14 de abril de 2020
Jair Bolsonaro rompeu com seu titular da Saúde. Mas o médico segue à frente da pasta – segundo observadores, porque Bolsonaro precisa dele como bode expiatório do provável desastre do coronavírus no país.
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Suas gavetas já estavam limpas antes que ele se dirigisse à reunião ministerial convocada de supresa, segundo descreveu Luiz Henrique Mandetta na segunda-feira da semana passada (06/04), quando se dirigiu à imprensa aparentando cansaço.
Mas, ao contrário do que chegou a ser noticiado naquele dia sobre uma possível demissão, o presidente Jair Bolsonaro manteve o ministro da Saúde, de 55 anos, no cargo. "Nós vamos continuar", disse Mandetta. "Médico não abandona paciente."
Bolsonaro, por seu lado, aparentava desgaste; segundo bastidores na imprensa, ele não teve coragem de demitir seu ministro mais popular.
Desde o início de março, quando o Brasil entrou no compasso do coronavírus, os dois protagonizam uma discórdia pública. Exatamente como a maior parte dos prefeitos e governadores do país, o ortopedista pediátrico Mandetta segue as recomendações de distanciamento social da Organização Mundial da Saúde (OMS). Já Bolsonaro considera as restrições à circulação um suicídio econômico. Além disso, promove o medicamento antimalárico cloroquina, enquanto Mandetta alerta contra os efeitos colaterais do remédio e prefere esperar por testes que comprovem sua eficácia.
Segundo Bolsonaro, alguns membros do governo estariam se comportando como "estrelas" – o que o mandatário não deverá tolerar por muito tempo. "Ninguém se esqueça que o presidente sou eu", fulminou Bolsonaro.
Mas, por enquanto, Mandetta continua no cargo – entre outros por possuir boas conexões nos círculos políticos em Brasília. Ele vem de uma família influente do Mato Grosso do Sul.
Assim como o pai, que também foi ortopedista, Mandetta abraçou a carreira de médico antes de ingressar na política. Após os estudos, atuou como médico no Exército, depois como presidente da Unimed em Campo Grande, sua cidade natal. Seu primo Nelsinho Trad, eleito prefeito da cidade em 2004, nomeou o ortopedista pediátrico seu Secretário da Saúde, gestão durante a qual ele se destacou no combate à dengue. Porém, o mandato também foi marcado por acusações de corrupção contra Mandetta e o então prefeito Trad.
De lobista a ministro da Saúde
No final de 2010, Mandetta foi eleito deputado federal. Na Câmara, chamou atenção por defender uma agenda conservadora, a exemplo de sua veemente oposição a um afrouxamento da lei anti-aborto. O atual ministro da Saúde ficou conhecido por suas críticas ao programa Mais Médicos, criado em 2013 no governo da então presidente Dilma Rousseff.
Mandetta organizou a resistência das associações de médicos contra o envio de milhares de profissionais cubanos para trabalhar em regiões carentes. Segundo Mandetta, o envio de médicos sem qualificação tinha motivação ideológica e produzia montanhas de cadáveres. Na campanha eleitoral, em 2018, Bolsonaro utilizou o Mais Médicos como exemplo de uma suposta infiltração socialista no Brasil.
A eleição de Bolsonaro inflamou a ascensão política da família de Mandetta. O primo Trad, agora senador, pertence ao círculo íntimo de Bolsonaro. Mandetta entrou no governo como um dos três políticos do Democratas (DEM), a legenda de centro-direita mais tradicional do país. Depois de ser ameaçada pela irrelevância política nos anos 2000, protagonizou um retorno impressionante após a virada política à direita no Brasil em 2015.
Apoio no Congresso e no governo e entre a população
Assim, o DEM do Congresso forma o respaldo parlamentar para o presidente sem partido. A legenda ocupa a presidência da Câmara, com Rodrigo Maia, e a do Senado, com Davi Alcolumbre. Os dois teriam ameaçado boicotar os pacotes de auxílio para o coronavírus, assim como futuras iniciativas legislativas no Congresso, caso Bolsonaro demita Mandetta.
No governo, Mandetta também tem posição forte. Tereza Cristina, ministra da Agricultura e representante do poderoso agronegócio, é sua aliada próxima. E, até agora, os militares influentes no governo Bolsonaro também apoiaram Mandetta, que é visto como "voz da razão" no gabinete de nomeação ideológica de Bolsonaro.
Três entre quatro brasileiros avaliam a gestão da crise por Mandetta como boa – sua aprovação nesse contexto é duas vezes maior do que a do presidente. Ao lado do ministro da economia, Paulo Guedes, e do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, Mandetta agora seria o terceiro ministro "indemissível" de Bolsonaro, segundo avaliação do jornalista Merval Pereira, colunista e comentarista d'O Globo. Mesmo assim, não seria surpresa se Mandetta fosse demitido.
Nos últimos dias, o clima entre presidente e ministro se deteriorou ainda mais. Bolsonaro chegou a encontrar seus apoiadores várias vezes – um sinal claro de que não aceita as regras de distanciamento recomendadas por Mandetta.
O ministro, por sua vez, repreendeu indiretamente o presidente em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo. De acordo com observadores, a crítica ao chefe não caiu bem entre os militares do governo, e o apoio desse segmento a Mandetta parece estar minguando.
O fato de Bolsonaro não ter demitido Mandetta pode ter relação com o fato de ninguém saber qual será a seriedade da pandemia do coronavírus no Brasil. Se o número de mortes continuar subindo, Bolsonaro ainda precisará de Mandetta – como bode expiatório para a catástrofe. Se o demitir antes, o próprio presidente deverá ser responsabilizado pelo desastre.
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: DW/N. Pontes
Número de desempregados cresce 13,2% na Alemanha, maior alta mensal desde 1991
A Agência Federal de Emprego (BA) registrou 308 mil novos desempregados em relação ao mês anterior, com um total de 2,644 milhões de pessoas e uma taxa de desemprego de 5,8%. É a primeira vez no pós-guerra que esse índice cresce na Alemanha durante o mês de abril – quando o início da primavera no Hemisfério Norte normalmente contribui para o aquecimento do mercado de trabalho.(30/04)
Foto: picture alliance/dpa/U. Baumgarten
Libertação do campo de concentração de Dachau completa 75 anos
Dachau foi o primeiro campo de concentração que os nazistas construíram em solo alemão. Ele foi instalado em 1933, na pequena cidade de mesmo nome, com capacidade para 5 mil detentos e serviu de modelo para todos os outros campos de concentração. Na manhã de 29 de abril de 1945, a 42ª divisão de infantaria dos EUA tomou o local nas proximidades de Munique, capital da Baviera.(29/04)
Foto: picture-alliance/dpa/T. Hase
EUA têm mais de um milhão de casos confirmados de covid-19
Número de infecções nos EUA corresponde a cerca de um terço do total mundial. A quantidade de mortos pelo novo coronavírus já supera a de soldados americanos que morreram na guerra do Vietnã. Segundo a Universidade Johns Hopkins, a covid-19 já matou 58.365 pessoas, ultrapassando os 58.222 militares mortos durante o conflito no país asiático. (28/07)
Foto: picture-alliance/Zuma/V. Carvalho
Alemanha projeta maior queda na economia desde 1949
O governo alemão projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) do país encolherá 6,3% em 2020 em relação ao ano anterior em decorrência da pandemia de covid-19 e das medidas de isolamento social impostas para conter a doença. Segundo o jornal "Süddeutsche Zeitung", será a maior queda no crescimento econômico desde a fundação da República Federal da Alemanha, em 1949.(27/04)
Foto: Getty Images/D. Hecker
O susto do vírus
O que leva um adulto a se fantasiar de verde e vermelho e fazer medo em crianças? Este palestino da Faixa de Gaza, pelo menos, pretende assim alertar os pequenos, de forma lúdica, para os perigos do novo coronavírus: uma espécie de Pokémon em missão pedagógica. A fantasia virótica – afinal, nem tão assustadora assim – foi costurada pela irmã do benfeitor. (26/04)
Foto: AFP/M. Abed
Treinamento contra o vírus
A campeã juvenil de natação Iman Avdic, da Bósnia-Herzegovina, ficou sem possibilidade de treinar, devido ao confinamento do coronavírus. Mas ela e o pai construíram uma raia improvisada, numa espécie de estufa no jardim de sua casa. Assim, a atleta de 13 anos mantém a forma com criatividade. (25/04)
Foto: Reuters/D. Ruvic
Moro pede demissão
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, renunciou ao cargo depois de um embate com o presidente Jair Bolsonaro sobre o comando da Polícia Federal (PF). No anúncio da sua renúncia, Moro acusou presidente de interferir na PF para ter acesso a informações de inquéritos. Ele disse ainda que promessa de "carta branca", dada a ele por Bolsonaro, não foi cumprida. (24/04)
Foto: Reuters/U. Marcelino
CFM não recomenda hidroxicloroquina
Após uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto, o Conselho Federal de Medicina (CFM) afirmou não haver comprovação da eficácia do uso da hidroxicloroquina para o tratamento de pacientes com covid-19, mas liberou os médicos para receitarem a substância em três situações específicas. O CFM também é contra o uso da substância em caráter preventivo. (23/04)
Foto: Getty Images/AFP/G. Julien
Média de enterros triplica em Manaus
O estado do Amazonas enfrenta uma alta incomum no número de enterros, que triplicaram devido à pandemia e ao colapso do sistema de saúde local. O maior cemitério de Manaus teve que abrir valas comuns para sepultar vítimas de covid-19. A prefeitura de Manaus também instalou duas câmaras frigoríficas no cemitério para guardas os corpos antes do enterro. (22/04)
Foto: AFP/M. Dantas
STF autoriza investigação sobre atos anticonstitucionais
O Supremo Tribunal Federal decidiu autorizar a abertura de um inquérito para investigar a organização de atos inconstitucionais pelo país, incluindo as manifestações que pediram o fechamento do Congresso. A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes e atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República, que apontou que os atos podem ter violado a Lei de Segurança Nacional. (21/04)
Foto: Getty Images/AFP/S. Lima
Netanyahu e Gantz concordam em formar coalizão em Israel
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ex-general Benny Gantz chegaram a um acordo para formar uma coalizão de emergência, sinalizando que o impasse político que se arrasta há 17 meses no país pode ter chegado ao fim. O novo governo deve durar pelo menos três anos, com Netanyahu mantendo o cargo de premiê na primeira metade desse período, cedendo depois o lugar a Gantz. (20/04)
Foto: Reuters/A. Cohen
Alemanha lembra 75 anos da libertação de campos de concentração
A Alemanha lembrou os 75 anos da libertação dos campos de concentração. Devido à pandemia do novo coronavírus, todos os eventos programados para marcar a data foram cancelados e substituído por cerimônia virtual e atos não abertos ao público que reuniram poucos convidados.(19/04)
Foto: picture-alliance/dpa/P. Steffen
Espanha supera marca de 20 mil mortes por coronavírus
A Espanha ultrapassou a marca de 20 mil mortes pelo novo coronavírus, com um total de 20.043, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde do país. Ainda segundo a pasta, houve 4.499 novos contágios, o que elevou o número de casos no país desde o começo da pandemia para 191.726.(18/04)
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Fernandez
PIB da China despenca no primeiro trimestre
A economia da China despencou no primeiro trimestre de 2020 devido à crise do coronavírus, que praticamente freou a atividade econômica no país. O Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) anunciou que o PIB chinês caiu 6,8% no período de janeiro a março, na comparação com o mesmo trimestre de 2019. É a primeira queda desde 1992, quando a China começou a divulgar dados trimestrais. (17/04)
Foto: picture-alliance/Xinhua/G. Xulei
Em meio à pandemia, Bolsonaro demite ministro da Saúde
Jair Bolsonaro demitiu seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que será substituído pelo oncologista Nelson Teich. Mandetta e o presidente vinham protagonizando um embate público há mais de um mês, quando o Brasil entrou no compasso do coronavírus. Ao contrário de Bolsonaro, o ministro vinha defendendo o isolamento social para tentar conter o avanço da pandemia. (16/04)
Foto: picture-alliance/dpa/Zumapress/P. Jacob
Casos de coronavírus passam de 2 milhões no mundo
O número de infecções confirmadas pelo coronavírus Sars-Cov-2 ultrapassou 2 milhões em todo o mundo, segundo contagem da Universidade Johns Hopkins. A cifra de casos dobrou em apenas duas semanas – a marca de 1 milhão havia sido atingida em 2 de abril. A pandemia já atinge 185 países e territórios e matou mais de 134 mil pessoas. (15/04)
Foto: Imago Images/Zuma/B. Jatar
FMI prevê que PIB do Brasil vai encolher 5,3% em 2020
O Fundo Monetário Internacional (FMI) apontou que o PIB do Brasil deve recuar 5,3% em 2020, em meio aos impactos negativos da pandemia de coronavírus. Se a previsão se confirmar, será a maior retração desde 1962, quando teve início a série histórica disponibilizada pelo Banco Central. O FMI também apontou que a economia global deve sofrer uma retração de 3% neste ano. (14/04)
Foto: Daimler/Foto: Malagrine
Bernie Sanders anuncia apoio a Joe Biden
O senador Bernie Sanders endossou a candidatura de Joe Biden para a presidência dos EUA. O anúncio ocorre depois de Sanders desistir da disputa pela indicação do Partido Democrata, deixando o caminho livre para que o ex-vice-presidente enfrente o republicano Donald Trump em novembro. "Devemos nos unir para derrotar o mais perigoso presidente na história moderna", disse Sanders. (13/04)
Foto: Imago-Images/UPI Photo
Papa pede união para enfrentar pandemia na missa do Domingo de Páscoa
O papa Francisco celebrou a tradicional missa de Páscoa com a benção Urbi et Orbi (à cidade de Roma e ao mundo), sem a presença de fiéis na Basílica de São Pedro, devido à pandemia. Em transmissão por vídeo, o pontífice pediu união entre os povos para enfrentar a covid-19: "Este não é tempo para egoísmos, pois o desafio que enfrentamos nos une a todos e não faz distinção de pessoas", disse.(12/04)
Foto: Reuters/Vatican Media
Homenagem na quarentena
Mantendo distância cautelosa, cidadãos depositam flores diante da cerca de arame farpado do ex-campo de concentração de Buchenwald. Em 11 de abril de 1945, tropas aliadas libertaram o campo nazista nas proximidades de Weimar. Em respeito às medidas de isolamento no combate ao coronavírus, as cerimônias públicas originalmente programadas foram substituídas por homenagens online. (11/04)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Gentzel
Oração em companhia virtual
Na Sexta-Feira Santa, o padre Jonathan Costa orou sozinho no Santuário Dom Bosco, em Brasília. Mas só aparentemente: os bancos da igreja estão ocupados por foros dos fiéis. E a missa de Páscoa é transmitida pela internet: um consolo, em tempos duros de isolamento. (10/04)
Foto: Reuters/U. Marcelino
Alemanha organiza “ponte aérea” para garantir colheita de aspargos
A Alemanha iniciou uma operação de transporte aéreo de trabalhadores sazonais estrangeiros que vão atuar nas colheitas do país, especialmente nas plantações de aspargos. Os dois primeiros voos, organizados com severas medidas de precaução sanitária, aterrissaram em Berlim e Düsseldorf. A bordo dos aviões estavam 530 trabalhadores da Romênia. (09/04)
Foto: picture-alliance/dpa/U. Deck
Bernie Sanders desiste de concorrer à presidência dos EUA
O senador Bernie Sanders abandonou a corrida pela candidatura do Partido Democrata à presidência dos EUA. A decisão ocorreu após o social-democrata acumular uma série de derrotas nas últimas primárias do partido. Agora, o caminho está livre para que o principal adversário de Sanders, o ex-vice-presidente Joe Biden, garanta a indicação e dispute a presidência com o republicano Donald Trump. (08/04)
Foto: Reuters/Bernie Sanders 2020 Campaign
Aeroporto de Frankfurt perde 95% dos passageiros
A pandemia do novo coronavírus atingiu em cheio o aeroporto de Frankfurt, que perdeu 95% dos passageiros. Segundo dados divulgados pela operadora Fraport, na semana de 30 de março a 5 de abril, o terminal recebeu apenas 66.151 passageiros, o equivalente a 5% do número registrado no mesmo período do ano anterior. Já o volume de carga, em comparação com o mesmo período de 2019, diminuiu 25%.
Foto: Getty Images/AFP/T. Silz
"Crise do coronavírus é o maior teste da história da UE", diz Merkel
A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, afirmou que a crise provocada pelo coronavírus é o "maior teste" enfrentado pela União Europeia desde a criação do bloco. A líder comparou a pandemia a uma catástrofe natural. Segundo Merkel, o maior teste será "mostrar que nós estamos prontos para defender nossa Europa e fortalecê-la", por meio de assistência financeira aos Estados-membros. (06/04)
Foto: Reuters/M. Schreiber
Fronteira dos amantes
Duas cercas mantêm casais separados na fronteira entre Alemanha e Suíça, em Constança. Muitos pares mantinham contato físico pela cerca colocada pelas autoridades alemãs. Com a segunda barreira, do governo suíço, isso não é mais possível. Travessias para visitas não são mais permitidas devido à pandemia de coronavírus. Antes, a área não tinha obstáculos para pedestres e ciclistas. (05/04)
Foto: picture-alliance/dpa/F. Kästle
Passeio em família em tempos de coronavírus
Esta família de patos em Bruxelas parece aproveitar o pouco movimento das ruas da capital belga para dar um giro pela cidade. Apesar do menor número de veículos circulando, os bichos fazem questão de usar a faixa de pedestres. Como em muitos outros países, as regras de distanciamento social reduziram a movimentação nos centros urbanos da Bélgica. (04/04)
Foto: Imago Images/ZUMA Wire/D. Le Lardic
Coronavírus faz disparar aprovação ao governo Merkel
Quase três quartos dos eleitores alemães (72%) estão satisfeitos com a gestão da crise de coronavírus do governo da chanceler federal Angela Merkel, e apenas 30% dos entrevistados tecem críticas à ação do governo federal. Os dados são de uma sondagem realizada pelo instituto de pesquisa Infratest Dimap para a emissora estatal ARD. (03/04)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Kappeler
Casos de coronavírus passam de 1 milhão no mundo
O número de infecções confirmadas pelo coronavírus Sars-Cov-2 ultrapassou 1 milhão em todo o mundo. A cifra de mortos, por sua vez, ultrapassou 50 mil. O país com o maior número de casos são os EUA, com mais de 240 mil, seguidos da Itália, com 115 mil, e da Espanha, com 112 mil. Contudo, acredita-se que o número real de infecções seja ainda maior, já que muitos países estão testando pouco. (02/04)
Foto: picture-alliance/F. Dana
Primeira indígena com coronavírus no Brasil
O Brasil confirmou o primeiro caso de coronavírus em indígena. A paciente é uma jovem de 20 anos da etnia kokama, que trabalha como agente de saúde indígena e é moradora da aldeia São José, no município de Santo Antônio do Içá, no Amazonas. Ela teve contato com um médico contaminado. Com a confirmação, duas aldeias inteiras, Lago Grande e São José, foram colocadas em isolamento. (01/04)