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Lula amplia vantagem sobre Bolsonaro e Moro, diz pesquisa

15 de dezembro de 2021

Petista lidera com 48%, enquanto atual mandatário tem 21% da preferência dos eleitores e reprovação de 55%. Percentual dos que não confiam no presidente é de 70%, e seu modo de governar é reprovado por 68%, segundo Ipec.

Ex-presidente Lula sorri e faz sinais de positivo. Ele registra 27% de vantagem em relação a Bolsonaro, segundo pesquisa do Ipec
Ex-presidente Lula registra 27% de vantagem em relação a Bolsonaro na pesquisa do Ipec Foto: Ricardo Stuckert/DW

Uma pesquisa realizada pelo Ipec, divulgada nesta terça-feira (14/12), coloca o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com expressiva vantagem em relação ao atual mandatário, Jair Bolsonaro, e aos demais nomes cotados para concorrer nas eleições presidenciais do ano que vem.

O levantamento também revela um leve aumento na reprovação ao governo Bolsonaro, com 55% dos entrevistados avaliando a gestão do presidente como ruim ou péssima.

Nos dois cenários avaliados pela pesquisa para a eleição presidencial, Lula aparece com 27 pontos percentuais à frente de Bolsonaro.

No cenário 1, que inclui a maioria dos presidenciáveis, dos mais populares aos menos conhecidos, Lula aparece com 48%, seguido de Bolsonaro (PL), com 21%; Sergio Moro (Podemos), 6%; Ciro Gomes (PDT), 5%; André Janones (Avante), 2%; João Doria (PSDB), 2%; Cabo Daciolo (PMN-Brasil), 1%; e Simone Tebet (MDB), também com 1%.

Alessandro Vieira (Cidadania), Felipe d'Ávila (Novo), Leonardo Péricles (UP) e Rodrigo Pacheco (PSD) aparecem com 0%. Os votos brancos e nulos somam 9%, e o percentual dos que não souberam ou não responderam é de 5%.

No cenário 2 da pesquisa, com número reduzido de candidatos, Lula também está à frente dos demais, com 49% das intenções de voto, seguido de Bolsonaro (22%), Sergio Moro (8%), Ciro Gomes (5%) e João Doria (3%). Os brancos e nulos somam 9%, e os que não souberam ou não responderam, 3%.

Os resultados não podem ser comparados com levantamentos anteriores em razão de mudanças nos nomes avaliados pela pesquisa.

Reprovação ao governo em alta

A reprovação ao governo Bolsonaro aumentou em relação ao levantamento anterior realizado pelo Ipec. Entretanto, as variações estão, na maior parte, dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais.

O percentual dos que avaliam o governo como ruim ou péssimo é de 55%. Os que consideram a atual gestão como regular somam 25%, e 19% acham o governo ótimo ou bom. O percentual dos que não souberam ou não responderam é de 1%.

Presidente Jair Bolsonaro tem altos índices de reprovação e desconfiança, segundo pesquisa do IpecFoto: Evaristo Sa/AFP

Na pesquisa anterior do Ipec, realizada em setembro, o percentual de ótimo ou bom era 22%; o de regular, 23%; e o de ruim ou péssimo, 53%. Os que não souberam ou não responderam também somavam 1%.

Em fevereiro de 2021, o percentual dos que avaliavam o governo como ruim ou péssimo era de 39%.

Maneira de governar

Ao serem perguntados se aprovam ou desaprovam a maneira como Bolsonaro governa o país, 27% disseram que aprovam, enquanto 68% reprovam e 4% não souberam ou não responderam.

A única variação em relação à pesquisa de setembro está no percentual dos que aprovam, que era de 28%.

Desconfiança nas alturas

Segundo o Ipec, a desconfiança no presidente continua em alta. Ao responderem se confiam ou não em Bolsonaro, 70% dos entrevistados disseram que não confiam, enquanto 27% disseram que confiam. Somente 3% não souberam ou não responderam.

Na pesquisa anterior, 28% dos entrevistados diziam confiar em Bolsonaro, 69% diziam não confiar e 3% não souberam ou não responderam.

A pesquisa do Ipec foi realizada entre 9 e 13 de dezembro e ouviu 2002 pessoas em 144 municípios. A margem de erro é de 2 pontos para mais e para menos, e o nível de confiança é de 95%.

O Ipec – Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica – foi criado por ex-executivos do Ibope Inteligência, que encerrou suas atividades no início de 2021, e realiza trabalhos na área de consultoria e inteligência em pesquisas de mercado, opinião pública e política.

rc/as (ots)

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