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Lula tem 50% e Bolsonaro, 43%, segundo pesquisa Ipec

17 de outubro de 2022

Ex-presidente oscilou um ponto para baixo e o atual mandatário, um ponto para cima, no período de uma semana. Outros 5% pretendem votar em branco ou nulo e 2% estão indecisos.

Fotos de Lula e Bolsonaro falando
Diferença de intenção de voto entre os dois candidatos caiu de 9 para 7 pontos em uma semana, dentro da margem de erro.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 50% das intenções de voto, contra 43% do presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo pesquisa Ipec divulgada nesta segunda-feira (17/10).

Na pesquisa anterior, divulgada há uma semana, Lula tinha 51% e Bolsonaro, 42%. 

A diferença de intenção de voto entre os dois candidatos caiu de 9 para 7 pontos, dentro da margem de erro. Outros 5% responderam que pretendem votar em branco ou nulo, e 2% estão indecisos.

A pesquisa foi realizada em 15 a 17 de outubro com 3.008 eleitores em 184 municípios, e tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Nas intenções de votos válidos, que desconsidera brancos e nulos e os indecisos, Lula tem 54% e Bolsonaro, 46%. Na pesquisa passada, eles tinham 55% e 45%, respectivamente.

O levantamento também mediu a taxa de rejeição dos dois candidatos. Entre os entrevistados, 41% responderam que não votariam em Lula de jeito nenhum, um ponto percentual a menos do que há uma semana. Já 46% responderam que não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum, dois pontos a menos do que na pesquisa anterior.

Pesquisas x resultados

O resultado do primeiro turno surpreendeu e gerou críticas a institutos de pesquisa, já que os últimos levantamentos do Datafolha e do Ipec divulgados na véspera do pleito apontavam Lula 14 pontos percentuais à frente de Bolsonaro. Pesquisas anteriores também vinham indicando ampla vantagem do petista.

No entanto, após a contagem de votos, a vantagem de Lula foi de cerca de cinco pontos percentuais. Com 100% das urnas apuradas, Lula recebeu 48,43% dos votos, Bolsonaro, 43,2%.

Em entrevista à DW, o diretor de amostragem do Survey Research Center da Universidade de Michigan (EUA) e membro da American Association for Public Opinion Research (Aapor), Raphael Nishimura, disse que tratar as pesquisas eleitorais como oráculo não faz sentido.

"Não tem como a gente dizer que pesquisas pré-eleitorais erram ou acertam o resultado das eleições. Elas são um retrato do momento", explica o estatístico.

Como possíveis explicações para a diferença dos resultados da pesquisa e do que foi visto nas urnas, Nishimura cita que uma parte do eleitorado pode ter mudado o voto em cima da hora, depois das últimas sondagens. O não comparecimento de 20% é outro ponto difícil de considerar nos levantamentos. A terceira hipótese é de um viés de não resposta por parte de eleitores pró-Bolsonaro que desconfiam dos institutos.

bl (ots)

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