Ex-presidente viaja a São Bernardo do Campo para participar do funeral de Arthur Lula da Silva, que morreu aos 7 anos de meningite. Em encontro privado com familiares, promete levar diploma de inocência ao neto no céu.
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou neste sábado (02/03) a carceragem da Polícia Federal em Curitiba, onde cumpre pena, para comparecer em São Bernardo do Campo ao velório do neto, Arthur Lula da Silva, que morreu na sexta-feira, aos 7 anos, de meningite meningocócica.
Lula saiu da sede da Polícia Federal a bordo de um helicóptero da Polícia Civil e seguiu para o Aeroporto do Bacacheri, também na capital paranaense, embarcando em uma aeronave cedida pelo governo do Paraná. O avião decolou do terminal aéreo às 7h19, pousando no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, por volta das 8h30. De lá, ele seguiu para São Bernardo do Campo.
Simpatizantes de Lula o esperavam na frente do cemitério, contidos por grades. Eles receberam o petista com gritos de "Lula livre" e "Lula guerreiro do povo brasileiro". Em seguida, rezaram um Pai Nosso e homenagearam o neto de Lula com gritos de "Arthur presente agora e para sempre". O ex-presidente não estava autorizado a falar com a população.
Arthur morreu na manhã de sexta-feira devido a uma meningite meningocócica em Santo André, no estado de São Paulo, e foi velado no Cemitério Jardim da Colina, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.
A cremação foi agendada para o meio-dia deste sábado. O velório e a cremação da ex-primeira-dama Marisa Letícia, que morreu em fevereiro de 2017, foram realizados no mesmo local.
Na sexta-feira e na madrugada deste sábado, amigos da família e aliados de Lula estiveram no local para prestar solidariedade à família, incluindo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, os ex-ministros Alexandre Padilha, Gilberto Carvalho e Paulo Vannuchi, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto e o médido Roberto Kallil Filho.
Na manhã deste sábado, compareceram a ex-presidente Dilma Rousseff, acompanhada do ex-ministro Aloízio Mercadante, além do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e do líder do MTST Guilherme Boulos, ambos candidatos à Presidência nas eleições de 2018. Também esteve no velório o governador da Bahia, Rui Costa (PT).
Os cinco filhos de Lula estiveram presentes no cemitério: Luis Cláudio, Sandro Luis (pai de Arthur), Fabio Luis, Marcos Cláudio e Lurian.
Os pais do garoto passaram a manhã ao lado do caixão, em cujo entorno foram colocados objetos pessoais de Arthur, como brinquedos e uma bola de futebol.
Em encontro privado com seus familiares, Lula fez críticas aos responsáveis por sua condenação na Operação Lava Jato e lembrou que Arthur sofria bullying na escola pelo parentesco com o petista.
"As pessoas que me condenaram, duvido que elas possam olhar para os netos como eu olhava para você, com a consciência limpa", disse o ex-presidente, segundo relatos divulgados pela imprensa brasileira.
"Você sofreu muito bullying por ser meu neto. Vou provar minha inocência e vou levar para o céu o meu diploma de inocente", acrescentou. O encontro ocorreu em um ambiente fechado onde não foram permitidas gravações ou a presença de jornalistas.
Em lágrimas, o petista disse ainda que não entende como é possível uma criança de 7 anos morrer antes de seus avós, e afirmou que o menino se encontrará com Marisa Letícia no céu.
Durante o velório, ele recebeu um telefonema do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que lhe prestou condolências. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a ligação teve de ser interrompida porque ambos choravam muito.
Lula deixou o velório do neto por volta das 13h, após quase duas horas no local. Ele foi levado até o aeroporto de Congonhas e, de lá, de volta para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Segundo jornalistas, ele chegou cabisbaixo e não acenou para os cerca de 30 apoiadores que protestavam nos arredores do prédio.
Liberação da Justiça
A Justiça autorizou na sexta-feira o ex-presidente a deixar a prisão para ir ao velório de seu neto, com base na Lei de Execução Penal (LEP), que prevê que presos podem deixar as unidades para comparecer ao enterro de um parente próximo.
Arthur havia dado entrada no hospital Bartira às 7h20 de sexta-feira, com quadro instável, e morreu às 12h11. Ele era filho de Sandro Luis Lula da Silva, filho do ex-presidente e da ex-primeira dama Marisa Letícia, morta em 2017.
Foi Sandro quem informou Lula, por telefone, após obter autorização da PF, sobre a morte do neto. Arthur visitou o avô duas vezes na prisão.
Os preparativos para levar Lula ao encontro de seus parentes ocorreram em sigilo, determinado pela juíza federal Carolina Lebbos, da 12ª Vara Criminal em Curitiba. Ela colocou a execução penal do ex-presidente no nível 4 de sigilo, permitindo que somente a própria juíza e alguns servidores tenham acesso a ela.
O pedido do ex-presidente para comparecer ao velório do neto foi acatado após um parecer favorável do Ministério Público Federal (MPF).
Em nota, a Justiça Federal afirmou que não iria divulgar a íntegra da decisão. "Foi autorizada a participação de Lula no velório e que, a fim de preservar a intimidade da família e garantir não apenas a integridade do preso, mas a segurança pública, os detalhes do deslocamento serão mantidos em sigilo", diz o comunicado.
Morte do irmão
No final de janeiro, Lula perdeu o irmão Genival Inácio da Silva, conhecido como Vavá, que morreu aos 79 anos em decorrência de um câncer de pulmão. Na ocasião, a defesa do ex-presidente também solicitou permissão para o petista viajar de Curitiba a São Bernardo do Campo para acompanhar o velório e o enterro.
O pedido foi negado pela juíza federal Carolina Lebbos, e a decisão foi confirmada pelo desembargador Leandro Paulsen, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Os advogados do ex-presidente recorreram ao STF, que autorizou a liberação temporária de Lula. No entanto, devido à demora da decisão, o petista acabou perdendo a cerimônia e desistiu de ir a São Paulo.
Lula está preso desde 7 de abril de 2018 em Curitiba. Ele foi condenado em segunda instância, em janeiro do ano passado, a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo que envolve um triplex no Guarujá. O ex-presidente nega as acusações.
No início de fevereiro, Lula foi novamente condenado, em primeira instância, por corrupção e lavagem de dinheiro, desta vez no processo referente a reformas realizadas num sítio em Atibaia, no interior de São Paulo. Ele ainda é réu em outras sete ações penais. Os advogados do petista alegam que o ex-presidente é vítima de perseguição política.
Das greves no ABC à Presidência. Da condenação pela Lava Jato ao terceiro mandato. Os principais momentos políticos na vida de Luiz Inácio Lula da Silva.
Foto: Getty Images/AFP/C. Petroli
Lula e as greves do ABC
Em 1975, Lula foi eleito presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e ganhou projeção nacional ao liderar uma série de greves no final da década. Em 1980, foi preso e processado com base na Lei de Segurança Nacional após comandar uma paralisação que durou 41 dias. Lula ficou 31 dias no cárcere do Dops (Departamento Estadual de Ordem Política e Social).
Foto: Instituto Lula
Fundação do PT
Em 10 de fevereiro de 1980, pouco antes de ser preso, Lula ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores (PT) com apoio de intelectuais e sindicalistas. Em maio do mesmo ano, ao sair do cárcere, foi eleito o primeiro presidente do partido. O pernambucano, então, ingressaria de vez na política: em 1982, concorreu ao governo de São Paulo e, em 1986, foi eleito deputado constituinte.
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A campanha de 1989
O PT lançou a candidatura de Lula nas primeiras eleições presidenciais diretas após o fim do regime militar. Com uma imagem de operário e um discurso de esquerda, Lula provocou temor em vários setores da economia, que se alinharam ao candidato Fernando Collor. O petista foi derrotado no segundo turno, depois de uma campanha que envolveu acusações de manipulação da imprensa a favor de Collor.
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A campanha de 1994
No embalo das primeiras denúncias de irregularidades no governo Collor, Lula lançou, em 1992, o movimento "Fora Collor" em apoio ao impeachment. Em 1994, concorreu novamente à Presidência, com Aloizio Mercadante como vice, mas foi derrotado no primeiro turno por Fernando Henrique Cardoso (PSDB), lançado como "pai do Plano Real". O PT, por outro lado, elegia seus primeiros governadores (DF e ES).
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A campanha de 1998
Em 1998, Lula sofreu uma de suas piores derrotas eleitorais. À época, o petista teve como candidato a vice o ex-governador Leonel Brizola (PDT), um dos seus rivais na eleição de 1989 e com quem disputava a hegemonia na esquerda brasileira. A fórmula não deu certo. Lula obteve só 31% dos votos, e o então presidente Fernando Henrique Cardoso foi reeleito com 53% no primeiro turno.
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A posse de Lula
O eterno candidato do PT finalmente assumiu a Presidência em janeiro de 2003, após oito anos de governo do PSDB. Lula foi eleito com 61% dos votos válidos no segundo turno. A vitória foi alcançada após uma campanha que vendeu uma imagem mais moderada do petista – simbolizada no slogan "Lulinha paz e amor" – com o objetivo de acalmar os mercados e ampliar o eleitorado do partido.
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Economia em alta
Após as turbulências no final do governo Fernando Henrique Cardoso, a economia brasileira voltou a crescer com Lula, embalada sobretudo pelo boom das commodities. Foi o período da descoberta do pré-sal e investimentos em grandes obras de infraestrutura. O crescimento médio do PIB no segundo mandato chegou a 4,6%. O bom momento catapultou a popularidade de Lula, que chegou a 87% no final de 2010.
Foto: AP
Queda na desigualdade
Os programas sociais lançados por Lula, como Minha Casa, Minha Vida e ProUni, também contribuíram para a popularidade do presidente. O Bolsa Família, criado em 2004 a partir da unificação de outros programas de transferência de renda, se tornaria o carro-chefe. Quase 28 milhões de brasileiros saíram da zona de pobreza nos oito anos do governo Lula, afirmou um balanço em 2010.
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O escândalo do mensalão
Em 2005, o governo Lula foi atingido em cheio pelo escândalo de compra de votos de deputados, o mensalão. Apesar do desgaste, Lula sobreviveu à crise. Outros, como o ministro José Dirceu, uma das figuras fortes do governo, caíram em desgraça. No início, Lula afirmou que assessores o haviam "apunhalado", mas depois mudou o discurso e disse que o caso era uma invenção da oposição e da imprensa.
Foto: picture alliance / dpa / picture-alliance
A eleição de Dilma
Em 2007, logo após ser reeleito com mais de 60% dos votos, Lula começou a preparar o terreno para a sua sucessão. Como sucessora, ele escolheu a sua então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma tecnocrata sem experiência nas urnas. Nos três anos seguintes, Lula promoveu a imagem de Dilma junto aos brasileiros. A estratégia funcionou, e ela foi eleita em 2010.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/EBC
Prestígio mundial
Durante a Presidência, Lula gozou de prestígio mundial e se reuniu com os mais importantes chefes de Estado do planeta. Em abril de 2009, em um encontro do G20, o presidente dos EUA na época, Barack Obama, cumprimentou o colega e disse: "Adoro esse cara! O político mais popular da Terra". No mesmo ano, Lula apareceu em 33º lugar na lista das pessoas mais poderosas do mundo da revista Forbes.
Foto: AP
Luta contra o câncer
Em outubro de 2011, Lula foi diagnosticado com câncer na laringe, sendo submetido a um agressivo tratamento – pela primeira vez desde 1979, ele aparecia sem a barba. Exames apontaram a remissão completa do tumor cerca de cinco meses depois, e Lula voltou a se engajar nas campanhas do PT. Uma das grandes vitórias eleitorais de 2012 foi a de Fernando Haddad na Prefeitura de São Paulo.
Foto: AFP/Getty Images
Lula e a Lava Jato
Em março de 2016, Lula foi alvo de um mandado de condução coercitiva na Operação Lava Jato, que investigou escândalos de corrupção na Petrobras. O ex-presidente foi levado para depor sobre um sítio em Atibaia, um triplex no Guarujá e sua relação com empreiteiras investigadas na Lava Jato. No mesmo dia, a PF cumpriu mandados em residências do petista e de sua família, além do Instituto Lula.
Foto: Reuters/P. Whitaker
Réu em diferentes processos
Nos meses seguintes, Lula foi denunciado por uma série de crimes, como corrupção passiva, lavagem de dinheiro, obstrução da Justiça e tráfico de influência, tornando-se réu em cinco processos diferentes. O petista sempre desmentiu as acusações, negou a prática de crimes e disse ser vítima de perseguição política. Ele também negou ser proprietário dos imóveis investigados.
Foto: picture-alliance/abaca
Morre Marisa Letícia
Em fevereiro de 2017, morreu a ex-primeira-dama Marisa Letícia. Lula e Marisa se conheceram em 1973, no Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo. Ela esteve ao lado do marido durante a sua ascensão política, desde os tempos do sindicato, quando liderou passeata em apoio a sindicalistas presos, passando pela fundação do PT, costurando a primeira bandeira do partido, até a Presidência.
Foto: Reuters/N. Doce
Caravana pelo país
Visando uma nova candidatura à Presidência no ano seguinte, Lula começou em 2017 uma caravana pelo Brasil que reuniu milhares de pessoas. Em junho de 2018, o PT confirmou sua pré-candidatura, mesmo com ele já preso. Em agosto, o Tribunal Superior Eleitoral impediu que ele concorresse. Como sucessor, Lula escolheu Fernando Haddad, que chegou ao segundo turno, mas foi derrotado por Jair Bolsonaro.
Foto: Ricardo Stukert /Instituto Lula
Lula é condenado
Lula foi condenado pela primeira vez em 12 de julho de 2017. A sentença do juiz Sergio Moro determinou 9 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, ligados ao triplex no Guarujá. O TRF-4 confirmou a condenação em segunda instância, além de aumentar a pena para 12 anos e um mês de prisão. Foi a primeira condenação de um ex-presidente por corrupção no Brasil.
Foto: Abr
Derrota no STF
Por 6 votos a 5, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) negaram, em 4 de abril de 2018, um pedido de habeas corpus preventivo apresentado pela defesa de Lula para evitar uma eventual prisão após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça Federal. Manifestantes contrários e a favor de Lula foram às ruas por ocasião do julgamento.
Foto: picture alliance/AP Photo/S. Izquierdo
Lula se entrega à PF
Em 7 de abril de 2018, Lula se entregou à Polícia Federal, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema, após ordem de prisão expedida por Sergio Moro. Antes de se entregar, Lula fez um discurso acalorado aos apoiadores. De Congonhas, Lula partiu de avião para Curitiba, onde começou a cumprir sua pena.
Foto: Paulo Pinto/Instituto Lula
Vigília em frente à PF em Curitiba
Depois da prisão de Lula, apoiadores do ex-presidente revezaram-se em um acampamento em frente à Polícia Federal de Curitiba, onde ele permaneceu preso. O local recebeu constantes visitas de políticos e de artistas, do Brasil e do exterior. Apoiadores também realizaram caravanas pelo país, com o slogan "Lula Livre". Em fevereiro de 2019, Lula também foi condenado no caso do sítio em Atibaia.
Foto: Ricardo Stuckert
Solto após 19 meses na prisão
Lula deixou a prisão em 8 de novembro de 2019, depois de passar um ano e sete meses na sede da Polícia Federal em Curitiba. A soltura ocorreu após o STF derrubar uma decisão que autorizava a prisão em segunda instância, beneficiando diretamente o petista, que passou a recorrer em liberdade. Após deixar a prisão, Lula fez um discurso para apoiadores repleto de críticas à Lava Jato.
Foto: picture-alliance/AP Photo/L. Correa
Supremo anula condenações
Após o fim da prisão, a campanha "Lula Livre" focou na anulação de suas condenações. Os advogados do petista recorreram até o Supremo, alegando que ele era vítima de perseguição judicial. Em abril de 2021, o plenário do Supremo concluiu que Moro não era o juiz competente para atuar nos processos do petista, e dois meses depois decidiu que Moro era parcial. As condenações de Lula foram anuladas.
Foto: Alexandre Schneider/Getty Images
Uma aliança inesperada
A preparação da sexta campanha presidencial de Lula envolveu uma costura política inusitada. O petista e aliados articularam para ter como vice o ex-governador paulista Geraldo Alckmin, que foi filiado ao PSDB por 33 anos e era seu antigo adversário. A aproximação teve o objetivo de atrair o voto conservador e vingou: em abril de 2022, o PSB, novo partido de Alckmin, confirmou sua indicação.
Foto: Ricardo Stuckert/AFP
Em busca do voto anti-Bolsonaro
Lula lançou sua pré-candidatura em maio de 2022, defendendo a união de pessoas de orientações políticas variadas contra a reeleição do presidente Jair Bolsonaro. No evento, Alckmin prometeu lealdade, disse que o futuro do Brasil "está em jogo" e foi aplaudido pelos petistas.
Foto: NELSON ALMEIDA/AFP
Triunfo na busca por terceiro mandato
Após uma das campanhas mais tensas da história brasileira, Lula conquistou novamente a Presidência. Com apoio de uma frente ampla que reuniu forças de centro e antigos adversários, o petista impôs uma derrota inconteste sobre o extremista de direita Jair Bolsonaro. Aos 77 anos, Lula se tornou o político mais velho a conquistar o Planalto.