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México e vizinhos do sul assinam plano para conter migração

2 de dezembro de 2018

Honduras, Guatemala, El Salvador e México assinam plano de desenvolvimento para tentar reduzir onda migratória. Pressão na região aumentou com caravanas de migrantes a caminho dos Estados Unidos.

Foto de migrantes na fronteira entre EUA e México
Caravana de 6 mil migrantes espera pedir refúgio nos EUAFoto: Getty Images/AFP/U. Ruiz

O novo presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, e líderes de Guatemala, El Salvador e Honduras assinaram um plano de desenvolvimento para tentar reduzir o número de pessoas que fogem de seus países a procura de uma vida melhor no exterior.

O Plano de Desenvolvimento Integral para o Triângulo Norte da América Central, apoiado pela Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe, visa impulsionar o emprego e o bem-estar nos países afetados.

López Obrador conseguiu uma vitória esmagadora em julho, prometendo colocar os pobres do México no topo de sua agenda.

O ministro das Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard, tuitou imagens da assinatura do plano de desenvolvimento.

A assinatura do plano ocorre após a ameaça de Washington de cortar a ajuda a países que não conseguem impedir a imigração ilegal. A saga das caravanas de migrantes continua a dominar as manchetes dos Estados Unidos.

Diante da caravana de 6 mil migrantes acampados atualmente na fronteira entre os Estados Unidos e o México e tentando reivindicar refúgio, os EUA aumentaram a pressão sobre os países da América Central.

A jornada de milhares de quilômetros percorridos pelos migrantes, através do México, reacendeu um debate nos EUA sobre imigração e controle de fronteiras.

O presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu não permitir que eles entrassem no país, especialmente depois que centenas tentaram invadir a fronteira no fim de semana passado.

Trump está pressionando o México a aceitar um acordo para manter os migrantes no lado mexicano da fronteira enquanto seus pedidos de refúgio são processados. Ebrard deve ir a Washington neste domingo para conversar sobre o assunto com o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo.

Os migrantes afirmam que estão fugindo da violência e da pobreza em seus países de origem.

O chamado "triângulo norte", formado por Honduras, Guatemala e El Salvador, é uma das regiões mais perigosas do mundo, com gangues criminosas que aterrorizam as populações locais.

O comércio lucrativo de drogas – muitas das quais são contrabandeadas para os EUA – também levou a confrontos violentos entre gangues rivais. As forças policiais locais são muitas vezes impotentes para lidar com elas, e às vezes estão envolvidas com as próprias gangues.

CA/ap/afp/dpa

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