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Criminalidade

México oferece recompensa milionária por Guzmán

15 de julho de 2015

Informações que levarem à captura de traficante podem valer até 3,8 milhões de dólares. Mais de 20 funcionários de presídio estão detidos. EUA declaram "El Chapo" como "inimigo público número um".

Foto: picture-alliance/dpa/P. Valtierra

A Procuradoria Geral da República do México oficializou nesta terça-feira (14/07) a recompensa de 3,8 milhões de dólares para quem fornecer informações que levem à captura do líder do cartel de drogas Sinaloa, Joaquín "El Chapo" Guzmán, que fugiu no sábado de uma penitenciária de segurança máxima.

De acordo com a procuradoria, o valor será repassado "proporcionalmente" em relação à veracidade, à utilidade e à eficácia da informação fornecida para localização do traficante. Servidores públicos com cargos nos setores de segurança, administração da Justiça e execuções de sanções penais não podem solicitar o prêmio.

A promotoria afirmou também que, quando houver mais de uma pessoa que forneceu a mesma informação, a recompensa será dada a quem apresentou a denúncia primeiro, e ressaltou que a identidade de todos os informantes será mantida em segredo.

Essa recompensa é a maior já oferecida por um criminoso no México, além de ser o dobro do valor oferecido por "El Chapo" depois de sua primeira fuga, em 2001.

Funcionários presos

Além da recompensa, promotores que investigam a fuga de Guzmán confirmaram nesta terça-feira a detenção de 22 funcionário da prisão de Altiplano, onde o traficante cumpria pena. Eles não revelaram, no entanto, os cargos dos detidos, e se recusaram a confirmar se o diretor do presídio está entre eles.

"Há 22 pessoas que chegaram como testemunhas, mas sua situação legal mudou para a detenção. Isso significa que os promotores acreditam que eles têm algum tipo de participação", afirmou um funcionário da promotoria.

Gúzman fugiu por um túnel de 1,5 quilômetro cavado no chuveiro de sua celaFoto: Reuters

A fuga de Guzmán causou embaraço ao governo mexicano. O fato levou a demissão de três altos funcionários da penitenciária, inclusive o diretor do presídio, informou o ministro do Interior Miguel Ángel Osorio na segunda-feira.

"Não haverá lugar para a impunidade. Qualquer funcionário público, federal, estatal ou municipal que tenha participado desses atos será castigado", disse Osorio. O ministro aproveitou a ocasião para negar que autoridades mexicanas tenham recebido um alerta do governo americano sobre os planos de fuga de Guzmán.

Segundo informações divulgadas pela imprensa dos EUA, documentos da agência americana antidrogas (DEA) revelaram que o traficante começou a planejar sua escapada um mês depois de ser preso, em 2014. Na época, a agência teria informado as autoridades mexicanas sobre a intenção.

O traficante fugiu por um sofisticado túnel cavado no chuveiro de sua cela, sem que aparentemente nenhum funcionário da penitenciária tivesse percebido a construção, que pode ter levado meses.

Inimigo público número um

Após a fuga, o traficante voltou a ser declarado nesta terça-feira "inimigo público número um" dos Estados Unidos. A ONG Comissão do Crime de Chicago que combate o crime desde 1919 foi a primeira a atualizar a lista de inimigos públicos. "Comparado com Guzmán, Al Capone parece um amador", disse o presidente da organização, J.R. Davis.

Depois foi a vez do FBI acrescentar o fugido na lista de mais procurados do país. O governo americano considera a captura do traficante uma prioridade e está colaborando com a polícia mexicana.

CN/efe/lusa/dpa/afp

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