Publicações ressaltam potencial de votos do ex-presidente e afirmam que decisão de Fachin de anular as condenações do petista é "bomba política" que dá o pontapé inicial da campanha presidencial de 2022.
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Público, Portugal – Supremo Tribunal "limpa" a ficha de Lula, que passa a poder ser candidato em 2022
O juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin anulou todas as condenações do ex-presidente brasileiro Lula da Silva, decorrentes da Operação Lava Jato e que causaram um terramoto político. A decisão, que ainda não é definitiva, repõe os direitos políticos do antigo chefe de Estado, que fica com caminho livre para voltar a candidatar-se à presidência.
A reposição dos direitos políticos de Lula representa um grande abalo no panorama político brasileiro, a pouco mais de um ano e meio das eleições presidenciais. Com a decisão, o ex-presidente pode voltar a candidatar-se ao cargo que exerceu durante dois mandatos e assumir a liderança da esquerda contra o atual chefe de Estado, Jair Bolsonaro, que pretende manter-se no Palácio do Planalto. As sondagens mais recentes mostram que Lula consegue derrotar Bolsonaro numa segunda volta entre ambos.
The Guardian, Reino Unido – Lula tem condenações anuladas, o que o deixa livre para desafiar Bolsonaro
O ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva pode ter uma sensacional tentativa de retorno depois que um juiz do Supremo anulou uma série de condenações criminais contra o ícone esquerdista e restaurou seus direitos políticos.
A decisão, que analistas chamaram de bomba política, significa que Lula quase certamente desafiará o atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, nas eleições presidenciais de 2022.
"A eleição começa hoje. É virtualmente impossível que Lula não seja candidato", disse Thomas Traumann, um observador político baseado no Rio de Janeiro. "Em termos americanos, será como Sanders versus Trump."
Boletim de Notícias (09/03/21)
Die Tageszeitung (TAZ), Alemanha – Condenações de Lula anuladas
Com a restauração temporária dos direitos políticos de Lula, muitos esperam a volta do ex-sindicalista de voz rouca. "Com a anulação [das condenações], um dos protagonistas mais importantes do Brasil está de volta ao palco político", diz o cientista político e autor Rubens Casara ao TAZ.
Quase ninguém duvida que Lula tentará concorrer novamente em 2022 – apesar de sua idade e do ódio absoluto por ele proveniente dos círculos conservadores.
Mas muitos brasileiros também olham para o passado com saudade, para os anos de crescimento durante seu mandato. Quase não há político mais conhecido e popular do que Lula. No último domingo ele ficou em primeiro lugar numa pesquisa entre eleitores. Logo atrás estava o presidente radical de direita Bolsonaro, que também reúne uma base de eleitores leais – apesar de vários escândalos e sua gestão catastrófica da crise de coronavírus.
"Se Lula e Bolsonaro realmente competirem em 2022, com certeza irão para o segundo turno da eleição", diz Casara. As forças burguesas conservadoras da política brasileira poderiam enfrentar outro desastre.
Der Spiegel, Alemanha – Duelo de arqui-inimigos
Será que agora acontecerá no Brasil o duelo pelo qual muitos anseiam – e que tantos outros temem? Será que o ex-presidente Lula da Silva, o chefe de Estado mais popular da história recente, segundo pesquisas, concorrerá nas eleições presidenciais do próximo ano contra o negacionista do coronavírus de extrema direita Jair Bolsonaro?
(…)
A decisão de segunda-feira não é uma absolvição para Lula, mas principalmente um tapa na cara de Moro e seus promotores. Os partidários de Lula ainda estão exultantes, porque agora as cartas para a eleição de 2022 são novamente embaralhadas. Há poucos dias, uma pesquisa mostrou que o ex-presidente ainda dispõe do maior potencial eleitoral – Bolsonaro vem em segundo lugar.
Mas a decisão do juiz também foi recebida positivamente entre aliados de Bolsonaro, noticia o jornal O Globo. Isso não é surpreendente, porque forneceu ao presidente um argumento com o qual ele pode unir seus apoiadores e polarizar ainda mais o cenário político. O ódio a Lula e seu PT é profundo entre muitos brasileiros e adquiriu traços irracionais.
Acusações de corrupção contra os filhos de Bolsonaro e sua aliança com o Centrão, bloco partidário no Congresso conhecido por oportunismo e ganância, recentemente colocaram a lealdade de seus partidários diante de um duro teste. Agora todos os olhos estão voltados para Lula – e as acusações contra Bolsonaro ficam ofuscadas.
O ódio a Lula e ao PT já havia levado muitos membros da elite econômica e política a votarem no radical de direita ou a se absterem no segundo turno entre Bolsonaro e o candidato do PT Fernando Haddad. Muitos já se arrependeram publicamente da decisão.
Le Monde, França – Juiz do Supremo anula condenações de Lula
Um juiz do Supremo Tribunal ordenou na segunda-feira a anulação de todas as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por corrupção, tornando-o potencialmente elegível para enfrentar Jair Bolsonaro na eleição presidencial de 2022.
A decisão, com efeito de uma bomba no Brasil, foi tomada pelo juiz Edson Fachin. Ele considerou que o tribunal de Curitiba que havia condenado Lula em quatro julgamentos "não era competente" para julgar esses casos. Agora, eles serão julgados em um tribunal federal em Brasília. Enquanto se aguarda esses julgamentos, o ex-presidente esquerdista (2003-2010) tem restaurado os seus direitos políticos e pode concorrer a um terceiro mandato.
El País, Espanha – Juiz do Supremo anula condenações contra Lula da Sila, que poderá se candidatar nas eleições
A decisão é uma vitória de Lula, que entrou com pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal há mais de dois anos, enquanto Moro anunciava que aceitava o convite do ultradireitista Bolsonaro para ser ministro da Justiça. O ex-juiz deixou o governo, batendo a porta, acusando o presidente de interferência para proteger seus filhos de investigações judiciais. Lula sempre insistiu que Moro não era imparcial, como reiterou há três dias em entrevista a este jornal. "Está comprovada a minha inocência e a culpa do Ministério Público, do [ex-juiz Sérgio] Moro e da Polícia Federal, mais do que comprovada", afirmou. "Houve uma conspiração para impedir o retorno de Lula à presidência do Brasil. Envolveram muita gente em uma mentira, reforçada pela mídia."
Questionado se concorreria a uma eleição em caso de serem resolvidos seus problemas judiciais, ele mostrou com entusiasmo sua disposição, ao lembrar que Joe Biden é mais velho que ele e que terá 77 anos em 2022: "Se nesse momento os partidos de esquerda entenderem que posso representá-los, não tenho nenhum problema em fazê-lo. O PT, porém, tem outras opções, como Fernando Haddad [candidato em 2018], e alguns governadores.~
A um ano e sete meses das eleições presidenciais, o Brasil teve uma certeza nesta manhã de segunda-feira: a dúzia de nomes citados nos últimos meses para encabeçar qualquer candidatura eram masculinos, como foi lembrado por ocasião do Dia Internacional da Mulher. O que ninguém esperava era que no meio da tarde a decisão de um ministro do STF abrisse a disputa eleitoral. A vontade de Bolsonaro de concorrer à reeleição é evidente. Com o apoio de um terço do eleitorado, era sem dúvida o candidato mais poderoso. Os analistas agora buscam discernir quem a decisão de Fachin mais favorece, se Lula, Bolsonaro… No Brasil, como bom berço das novelas, as reviravoltas de roteiro são algo cotidiano.
md/lf (ots)
A trajetória política de Lula
Das greves no ABC à Presidência. Da condenação pela Lava Jato ao terceiro mandato. Os principais momentos políticos na vida de Luiz Inácio Lula da Silva.
Foto: Getty Images/AFP/C. Petroli
Lula e as greves do ABC
Em 1975, Lula foi eleito presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e ganhou projeção nacional ao liderar uma série de greves no final da década. Em 1980, foi preso e processado com base na Lei de Segurança Nacional após comandar uma paralisação que durou 41 dias. Lula ficou 31 dias no cárcere do Dops (Departamento Estadual de Ordem Política e Social).
Foto: Instituto Lula
Fundação do PT
Em 10 de fevereiro de 1980, pouco antes de ser preso, Lula ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores (PT) com apoio de intelectuais e sindicalistas. Em maio do mesmo ano, ao sair do cárcere, foi eleito o primeiro presidente do partido. O pernambucano, então, ingressaria de vez na política: em 1982, concorreu ao governo de São Paulo e, em 1986, foi eleito deputado constituinte.
Foto: Getty Images/AFP/C. Petroli
A campanha de 1989
O PT lançou a candidatura de Lula nas primeiras eleições presidenciais diretas após o fim do regime militar. Com uma imagem de operário e um discurso de esquerda, Lula provocou temor em vários setores da economia, que se alinharam ao candidato Fernando Collor. O petista foi derrotado no segundo turno, depois de uma campanha que envolveu acusações de manipulação da imprensa a favor de Collor.
Foto: picture-alliance/dpa/R. Gostoli
A campanha de 1994
No embalo das primeiras denúncias de irregularidades no governo Collor, Lula lançou, em 1992, o movimento "Fora Collor" em apoio ao impeachment. Em 1994, concorreu novamente à Presidência, com Aloizio Mercadante como vice, mas foi derrotado no primeiro turno por Fernando Henrique Cardoso (PSDB), lançado como "pai do Plano Real". O PT, por outro lado, elegia seus primeiros governadores (DF e ES).
Foto: Getty Images/AFP/A. Scorza
A campanha de 1998
Em 1998, Lula sofreu uma de suas piores derrotas eleitorais. À época, o petista teve como candidato a vice o ex-governador Leonel Brizola (PDT), um dos seus rivais na eleição de 1989 e com quem disputava a hegemonia na esquerda brasileira. A fórmula não deu certo. Lula obteve só 31% dos votos, e o então presidente Fernando Henrique Cardoso foi reeleito com 53% no primeiro turno.
Foto: picture alliance/AP Photo/R. Gostoli
A posse de Lula
O eterno candidato do PT finalmente assumiu a Presidência em janeiro de 2003, após oito anos de governo do PSDB. Lula foi eleito com 61% dos votos válidos no segundo turno. A vitória foi alcançada após uma campanha que vendeu uma imagem mais moderada do petista – simbolizada no slogan "Lulinha paz e amor" – com o objetivo de acalmar os mercados e ampliar o eleitorado do partido.
Foto: O. Kissner/AFP/Getty Images
Economia em alta
Após as turbulências no final do governo Fernando Henrique Cardoso, a economia brasileira voltou a crescer com Lula, embalada sobretudo pelo boom das commodities. Foi o período da descoberta do pré-sal e investimentos em grandes obras de infraestrutura. O crescimento médio do PIB no segundo mandato chegou a 4,6%. O bom momento catapultou a popularidade de Lula, que chegou a 87% no final de 2010.
Foto: AP
Queda na desigualdade
Os programas sociais lançados por Lula, como Minha Casa, Minha Vida e ProUni, também contribuíram para a popularidade do presidente. O Bolsa Família, criado em 2004 a partir da unificação de outros programas de transferência de renda, se tornaria o carro-chefe. Quase 28 milhões de brasileiros saíram da zona de pobreza nos oito anos do governo Lula, afirmou um balanço em 2010.
Foto: Vanderlei Almeida/AFP/Getty Images
O escândalo do mensalão
Em 2005, o governo Lula foi atingido em cheio pelo escândalo de compra de votos de deputados, o mensalão. Apesar do desgaste, Lula sobreviveu à crise. Outros, como o ministro José Dirceu, uma das figuras fortes do governo, caíram em desgraça. No início, Lula afirmou que assessores o haviam "apunhalado", mas depois mudou o discurso e disse que o caso era uma invenção da oposição e da imprensa.
Foto: picture alliance / dpa / picture-alliance
A eleição de Dilma
Em 2007, logo após ser reeleito com mais de 60% dos votos, Lula começou a preparar o terreno para a sua sucessão. Como sucessora, ele escolheu a sua então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma tecnocrata sem experiência nas urnas. Nos três anos seguintes, Lula promoveu a imagem de Dilma junto aos brasileiros. A estratégia funcionou, e ela foi eleita em 2010.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/EBC
Prestígio mundial
Durante a Presidência, Lula gozou de prestígio mundial e se reuniu com os mais importantes chefes de Estado do planeta. Em abril de 2009, em um encontro do G20, o presidente dos EUA na época, Barack Obama, cumprimentou o colega e disse: "Adoro esse cara! O político mais popular da Terra". No mesmo ano, Lula apareceu em 33º lugar na lista das pessoas mais poderosas do mundo da revista Forbes.
Foto: AP
Luta contra o câncer
Em outubro de 2011, Lula foi diagnosticado com câncer na laringe, sendo submetido a um agressivo tratamento – pela primeira vez desde 1979, ele aparecia sem a barba. Exames apontaram a remissão completa do tumor cerca de cinco meses depois, e Lula voltou a se engajar nas campanhas do PT. Uma das grandes vitórias eleitorais de 2012 foi a de Fernando Haddad na Prefeitura de São Paulo.
Foto: AFP/Getty Images
Lula e a Lava Jato
Em março de 2016, Lula foi alvo de um mandado de condução coercitiva na Operação Lava Jato, que investigou escândalos de corrupção na Petrobras. O ex-presidente foi levado para depor sobre um sítio em Atibaia, um triplex no Guarujá e sua relação com empreiteiras investigadas na Lava Jato. No mesmo dia, a PF cumpriu mandados em residências do petista e de sua família, além do Instituto Lula.
Foto: Reuters/P. Whitaker
Réu em diferentes processos
Nos meses seguintes, Lula foi denunciado por uma série de crimes, como corrupção passiva, lavagem de dinheiro, obstrução da Justiça e tráfico de influência, tornando-se réu em cinco processos diferentes. O petista sempre desmentiu as acusações, negou a prática de crimes e disse ser vítima de perseguição política. Ele também negou ser proprietário dos imóveis investigados.
Foto: picture-alliance/abaca
Morre Marisa Letícia
Em fevereiro de 2017, morreu a ex-primeira-dama Marisa Letícia. Lula e Marisa se conheceram em 1973, no Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo. Ela esteve ao lado do marido durante a sua ascensão política, desde os tempos do sindicato, quando liderou passeata em apoio a sindicalistas presos, passando pela fundação do PT, costurando a primeira bandeira do partido, até a Presidência.
Foto: Reuters/N. Doce
Caravana pelo país
Visando uma nova candidatura à Presidência no ano seguinte, Lula começou em 2017 uma caravana pelo Brasil que reuniu milhares de pessoas. Em junho de 2018, o PT confirmou sua pré-candidatura, mesmo com ele já preso. Em agosto, o Tribunal Superior Eleitoral impediu que ele concorresse. Como sucessor, Lula escolheu Fernando Haddad, que chegou ao segundo turno, mas foi derrotado por Jair Bolsonaro.
Foto: Ricardo Stukert /Instituto Lula
Lula é condenado
Lula foi condenado pela primeira vez em 12 de julho de 2017. A sentença do juiz Sergio Moro determinou 9 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, ligados ao triplex no Guarujá. O TRF-4 confirmou a condenação em segunda instância, além de aumentar a pena para 12 anos e um mês de prisão. Foi a primeira condenação de um ex-presidente por corrupção no Brasil.
Foto: Abr
Derrota no STF
Por 6 votos a 5, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) negaram, em 4 de abril de 2018, um pedido de habeas corpus preventivo apresentado pela defesa de Lula para evitar uma eventual prisão após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça Federal. Manifestantes contrários e a favor de Lula foram às ruas por ocasião do julgamento.
Foto: picture alliance/AP Photo/S. Izquierdo
Lula se entrega à PF
Em 7 de abril de 2018, Lula se entregou à Polícia Federal, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema, após ordem de prisão expedida por Sergio Moro. Antes de se entregar, Lula fez um discurso acalorado aos apoiadores. De Congonhas, Lula partiu de avião para Curitiba, onde começou a cumprir sua pena.
Foto: Paulo Pinto/Instituto Lula
Vigília em frente à PF em Curitiba
Depois da prisão de Lula, apoiadores do ex-presidente revezaram-se em um acampamento em frente à Polícia Federal de Curitiba, onde ele permaneceu preso. O local recebeu constantes visitas de políticos e de artistas, do Brasil e do exterior. Apoiadores também realizaram caravanas pelo país, com o slogan "Lula Livre". Em fevereiro de 2019, Lula também foi condenado no caso do sítio em Atibaia.
Foto: Ricardo Stuckert
Solto após 19 meses na prisão
Lula deixou a prisão em 8 de novembro de 2019, depois de passar um ano e sete meses na sede da Polícia Federal em Curitiba. A soltura ocorreu após o STF derrubar uma decisão que autorizava a prisão em segunda instância, beneficiando diretamente o petista, que passou a recorrer em liberdade. Após deixar a prisão, Lula fez um discurso para apoiadores repleto de críticas à Lava Jato.
Foto: picture-alliance/AP Photo/L. Correa
Supremo anula condenações
Após o fim da prisão, a campanha "Lula Livre" focou na anulação de suas condenações. Os advogados do petista recorreram até o Supremo, alegando que ele era vítima de perseguição judicial. Em abril de 2021, o plenário do Supremo concluiu que Moro não era o juiz competente para atuar nos processos do petista, e dois meses depois decidiu que Moro era parcial. As condenações de Lula foram anuladas.
Foto: Alexandre Schneider/Getty Images
Uma aliança inesperada
A preparação da sexta campanha presidencial de Lula envolveu uma costura política inusitada. O petista e aliados articularam para ter como vice o ex-governador paulista Geraldo Alckmin, que foi filiado ao PSDB por 33 anos e era seu antigo adversário. A aproximação teve o objetivo de atrair o voto conservador e vingou: em abril de 2022, o PSB, novo partido de Alckmin, confirmou sua indicação.
Foto: Ricardo Stuckert/AFP
Em busca do voto anti-Bolsonaro
Lula lançou sua pré-candidatura em maio de 2022, defendendo a união de pessoas de orientações políticas variadas contra a reeleição do presidente Jair Bolsonaro. No evento, Alckmin prometeu lealdade, disse que o futuro do Brasil "está em jogo" e foi aplaudido pelos petistas.
Foto: NELSON ALMEIDA/AFP
Triunfo na busca por terceiro mandato
Após uma das campanhas mais tensas da história brasileira, Lula conquistou novamente a Presidência. Com apoio de uma frente ampla que reuniu forças de centro e antigos adversários, o petista impôs uma derrota inconteste sobre o extremista de direita Jair Bolsonaro. Aos 77 anos, Lula se tornou o político mais velho a conquistar o Planalto.