Músicas dos Beatles entram em serviços de streaming
24 de dezembro de 2015
Até recentemente as canções da banda só eram disponíveis de forma legal em mídias físicas ou downloads comerciais. Mas agora foram liberadas para plataformas de música digital, a tempo para as festas de fim de ano.
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Por muitos anos, as canções dos Beatles não eram disponibilizadas para ser ouvidas em serviços de música digital. Mas, a partir do primeiro minuto desta quinta-feira (24/12), é possível escutar as músicas de uma das bandas mais famosas do mundo em plataformas de streamingcomo Spotify, Apple Music, GooglePlay, Tidal, Deezer e Amazon Prime Music, entre outras.
Na época da Beatlemania, John Lennon, Paul MacCartney, George Harrison e Ringo Starr chegaram a colocar 17 compactos simples na parada britânica. A banda de Liverpool acabou em abril de 1970, mas canções como Hey Judee Yesterdaycontinuam amplamente populares. Já foram lançadas numerosas antologias da banda, a mais recente das quais em novembro.
No entanto, as canções do quarteto só foram disponibilizadas para donwload no portal iTunes Music Store em 2010, sete anos depois de a plataforma estrear. A iniciativa atraiu atenção considerável.
O anúncio mais recente é visto como indicação de que cada vez mais artistas e proprietários de direitos autorais se rendem aos serviços de streaming. Um deles é o cantor e compositor alemão Herbert Grönemeyer, que, após longa resistência, consentiu no início de dezembro com a distribuição de suas músicas pela Apple Music. Por outro lado, artistas conhecidos como Adele e Taylor Swift seguem céticos quanto à prática ou a rejeitam radicalmente.
Por razões de direitos, o provedor de música por streaming Pandora não incluirá as músicas dos Beatles em suas listas. As demais plataformas, por sua vez, deverão oferecer grande parte delas, ou talvez todo o catálogo, a tempo para os feriados de fim de ano.
FC/dpa/ots
Ringo Starr completa 75 anos
Baterista pode olhar em retrospecto para uma carreira única, que inclui os Beatles, diversos filmes, carreira solo e colaborações. Confira alguns momentos da vida de Ringo.
Foto: picture alliance/KEYSTONE
Hall da Fama
O baterista da banda de rock mais famosa do mundo finalmente chegou lá: no início do ano, o mais subestimado dos Beatles entrou, como o último membro do grupo, para o Hall da Fama do Rock and Roll. A honra veio no mesmo ano dos seus 75 anos, celebrados em julho.
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O segundo baterista
Nascido em Liverpool como Richard Henry Parkin Starkey, Ringo não foi o primeiro baterista dos Beatles. A banda iniciou sua carreira como um quinteto: John Lennon, Paul McCartney, George Harrison, Stuart Sutcliffe e o baterista Pete Best. Com essa formação, eles se apresentaram regularmente em Hamburgo, entre agosto de 1960 e dezembro de 1962.
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O melhor baterista do mundo?
Quando os Beatles assinaram o primeiro contrato de gravação, em 1962, eles e o produtor Brian Esptein chamaram Ringo por estarem insatisfeitos com Best. Ringo nunca foi uma unanimidade. Há quem o considere subestimado, como Phil Collins, que foi baterista do Genesis. Já Lennon disse uma vez: "O melhor baterista do mundo? Ele não é nem mesmo o melhor baterista dos Beatles!"
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O cantor
Ringo quase nunca cantava e escreveu apenas duas músicas para os Beatles. Elas são "Octopus's Garden", do álbum "Abbey Road", e "Don't pass me by", do "White Album". Entre as canções em que ele colocou seus controversos atributos como cantor a serviço da banda, as mais conhecidas são "Yellow Submarine" e, é claro, "With a Little Help From My Friends".
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O ator
A fama em torno dos Beatles atingiu o ápice na segunda metade dos anos 1960, mas conflitos musicais entre Paul e John levaram ao fim do grupo em 1970. Na década seguinte, Ringo fez algumas tentativas como ator, como no faroeste italiano "Blindman", em 1971.
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O ativista
Depois de muitos sucessos e prêmios, Ringo descobriu a sua "veia social", engajando-se, por exemplo, em prol dos refugiados do Paquistão Oriental, que se tornara independente do Paquistão com o nome de Bangladesh. No "Concerto para Bangladesh", em 1° de agosto de 1971 no Madison Square Garden, em Nova York, também estiveram presentes George Harrison e Bob Dylan.
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Apego à família
Em 1965, Ringo se casou pela primeira vez, com sua namorada Maureen Cox, também de Liverpool. Os dois tiveram três filhos: Jason, Lee e Zacharias, conhecido por Zak, que também é baterista e toca hoje no The Who. O casamento durou dez anos. Durante uma filmagem, Ringo conheceu a "bond girl" Barbara Bach. Eles estão casados desde 1981.
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A carreira solo
Após o fim da banda, os Beatles iniciaram diversos projetos solo. Ringo logo começou a trabalhar com clássicos da música pop e experimentou com a música country. Com o single "It don't come easy", ele conseguiu chegar às dez mais nas paradas de sucesso dos EUA, Reino Unido e Alemanha. Seguiram-se outros sucessos. Até hoje, o baterista se apresenta com o grupo Ringo Starr & his All-Star Band.
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O amigo
Ringo mantém e preza as amizades. Seu primeiro projeto solo foi produzido, por exemplo, por George Martin, o "quinto Beatle". Lennon, McCartney e Harrison também o apoiaram, numa série de outras produções. Até hoje, Ringo se apresenta regularmente com Paul McCartney. Aqui os dois se encontram numa homenagem do Grammy aos Beatles em 2014.
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O eterno baterista
Frases como "Adoro Beethoven, especialmente os seus poemas" ou malapropismos como "Tomorrow Never Knows" mostram o humor especial de Ringo Starr. Outra declaração deixa claro que ele é, sobretudo, um baterista apaixonado: "Quando toco bateria, estou no meu elemento. Eu poderia fazer isso para sempre."