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Macedônia vota sobre troca de nome

30 de setembro de 2018

Resultado de consulta popular pode superar disputa de décadas com a Grécia, que vem bloqueando o caminho do país rumo a uma adesão à UE e à Otan. Pesquisas sugerem que participação ficará abaixo do quorum.

Manifestante em passeata empunha cartaz com frase "Macedônia para os macedônios", escrita em inglês
"Macedônia para os macedônios": Manifestantes macedônios em protesto contra mudança de nomeFoto: DW/D. Tosidis

A Macedônia realiza neste domingo (30/09) uma consulta popular sobre mudança de nome, cujo resultado pode superar uma disputa de décadas com a Grécia, que vem bloqueando o caminho do país rumo a uma adesão à União Europeia (UE) e à Otan.

Cerca de 1,8 milhão de eleitores foram convocados para expressar sua opinião sobre a adoção do nome "República da Macedônia do Norte" ao responder a pergunta: "Você apoia a integração na União Europeia (UE) e na Otan ao aceitar o acordo entre a República da Macedônia e a República da Grécia?".

Nikola Dimitrov e Nikos Kotzias, ministros de Exterior da Macedônia e da Grécia, respectivamente, assinaram em junho o acordo determinando o nome "Macedônia do Norte" tanto em nível nacional como internacional, resolvendo, assim, uma disputa aberta desde que o pequeno país balcânico se tornou independente da Iugoslávia, em 1991.

A implementação do acordo abriria o caminho para a integração do país na UE e na Otan, bloqueado pelo veto grego, que temia pretensões territoriais por parte do país vizinho sobre a região homônima situada no norte da Grécia.

O presidente macedônio, Gjorge Ivanov, é contrário à mudança de nome e afirmou que não participará da votação. Já o primeiro-ministro do país, Zoran Zaev, argumenta que a mudança de nome é o preço a se pagar por uma admissão futura na UE e na Otan.

O risco de uma baixa participação é alto, pois as últimas pesquisas mostraram que somente 46% dos eleitores potenciais pretendem comparecer às urnas.

O resultado será considerado válido se for respaldado por 50% mais um dos eleitores registrados, o correspondente a cerca de 903 mil votos.

A expectativa geral é que a participação fique abaixo do quorum, mas que aqueles que votem a favor superem os que vão votar contra.

Embora a consulta popular não seja legalmente vinculativa, muitos membros do Parlamento disseram que vão respeitar o resultado. A mudança de nome exigiria a aprovação de dois terços no Parlamento.

A Comissão Eleitoral Estatal informou que não interpretará a consulta popular como "bem-sucedida" ou "fracassada", mas apenas publicará a porcentagem oficial de participação e os resultados da votação.

MD/efe/rtr

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