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Macri promete "a verdade" sobre desaparecimento de submarino

25 de novembro de 2017

Presidente argentino diz que sumiço exige uma investigação séria e profunda, que revele o que de fato aconteceu com a embarcação. Buscas continuarão até o fim, e só depois serão apontados culpados, acrescenta líder.

Mauricio Macri, presidente da Argentina
Macri (na foto, ao lado de autoridades militares) acredita que submarino pode ser encontrado nos próximos diasFoto: Reuters/Argentine Presidency

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, afirmou nesta sexta-feira (24/11) que o desaparecimento do submarino ARA San Juan vai exigir uma "investigação séria e profunda", mas prometeu que a verdade sobre o que aconteceu com a embarcação, há nove dias fora do radar, será revelada.

Macri, que como presidente é também comandante-em-chefe das Forças Armadas, fez um breve pronunciamento à imprensa em Buenos Aires, após se reunir com o ministro da Defesa e autoridades militares para analisar a intensa operação no Atlântico Sul que procura pelo submarino.

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"Estou aqui para garantir que vamos continuar com as buscas, especialmente agora que contamos com o apoio da comunidade internacional. Isso nos permitirá encontrar o submarino nos próximos dias", declarou o presidente, esperançoso.

Após revelações da imprensa argentina de que a Casa Rosada estaria avaliando destituir toda a cúpula da Marinha, Macri pediu cautela na busca por culpados. "Até não termos a informação completa, não devemos nos aventurar a procurar por responsáveis", afirmou o presidente.

"Antes, precisamos ter certeza do que aconteceu e por que aconteceu. Meu compromisso, e o de todo o governo e das Forças Armadas, é com a verdade", acrescentou.

Para o chefe de Estado, é necessário entender como um submarino que "passou por uma reforma de meia-vida e estava em perfeitas condições para navegar sofreu, aparentemente, uma explosão".

Ele se referia à confirmação da Marinha argentina, na véspera, de que um som anormal detectado na data do desaparecimento da embarcação, 15 de novembro, é "consistente com uma explosão".

O local do ruído seria o Golfo de San Jorge, a 430 quilômetros da costa argentina, a cerca de 1.300 quilômetros de Buenos Aires, numa zona com raio de 125 quilômetros. A área fica a poucos quilômetros de distância da última posição conhecida do submarino militar.

Familiares dos 44 tripulantes aguardam notícias em base da Marinha argentina em Mar del PlataFoto: Reuters/M. Brindicci

Em seu pronunciamento, Macri ainda agradeceu "em nome de todos os argentinos" a demonstração de apoio dos 12 países que colaboram nas buscas pelo submarino, incluindo o Brasil.

O presidente também fez um "especial reconhecimento" aos 44 tripulantes da embarcação por seu "patriotismo, heroísmo e coragem", e a todas as Forças Armadas.

"Eles têm uma responsabilidade central na vida deste país, que é cuidar do nosso território. E a todos eles e seus familiares, [ofereço] meu maior afeto. Quero dizer-lhes que a dor é muito grande, mas que estamos juntos e que vamos percorrer este caminho até o final, todos juntos", concluiu.

Com 65 metros de comprimento e sete metros de largura, o San Juan é um dos três submarinos da frota argentina. Lançado em 1983, foi produzido pelo antigo estaleiro alemão Thyssen Nordseewerke. Entre 2007 e 2014, a embarcação passou por reformas que prolongaram seu uso por mais 30 anos.

EK/efe/ap/dpa/afp

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