Recém-criado, partido do presidente francês deve sair das eleições legislativas com a maior bancada da Assembleia Nacional. Mais da metade dos candidatos da legenda são da sociedade civil.
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Pesquisas de intenção de votos apontam que o Partido em Marcha, do presidente francês, Emmanuel Macron, pode ganhar a maioria dos assentos nas eleições parlamentares marcadas para 11 e 18 de junho.
De acordo com as sondagens, o "En Marche!" tem no primeiro turno 30% dos votos, contra 21% para Os Republicanos e 18% para a Frente Nacional. O esquerdista França Insubmissa teria 12% das intenções de voto.
Na segunda rodada das eleições legislativas, o Em Marcha ganharia entre 370 e 400 assentos do total de 577 na câmara baixa do Parlamento francês. Para obter maioria, um partido precisa alcançar 289 assentos.
A líder do partido populista de direita Frente Nacional, Marine Le Pen, perdeu para Macron no segundo turno das eleições presidenciais francesas em maio. O presidente obteve 66% dos votos, contra 34% de Le Pen.
Outras pesquisas de opinião também têm dado vantagem à legenda de Macron.
A primeira rodada das eleições legislativas ocorrerá no domingo. Candidatos que receberem menos do que 12,5% dos votos em seu distrito serão eliminados da segunda rodada, que está marcada para o domingo seguinte.
Se o "En Marche!" conseguir alcançar 420 assentos, esse será o melhor resultado desde que o partido do ex-presidente Charles de Gaulle (UDR-IR), conquistou 73% dos assentos na câmara baixa do Parlamento em 1968.
O movimento político de Macron divulgou em 11 de maio uma primeira lista com 428 candidatos às eleições parlamentares. Entre os candidatos divulgados, 52% deles vêm da sociedade civil, ou seja, nunca foram antes eleitos a cargos públicos. A lista também é composta por um número igual de homens e mulheres, assim como prometido por Macron durante a campanha presidencial.
"A promessa de renovação está cumprida", afirmou, em entrevista coletiva, Richard Ferrand, secretário-geral do movimento Em Marcha. As escolhas marcam "o retorno definitivo dos cidadãos ao coração da nossa vida política", acrescentou ele.
A média de idade dos candidatos é de 46 anos, enquanto a da legislatura atual é de 60 anos. O integrante mais novo da lista tem 24 anos, e o mais velho, 72.
O movimento foi criado há pouco mais de um ano e não conta com a presença de nenhum parlamentar. Foram recebidas mais de 19 mil inscrições de candidatura e realizadas entrevistas por telefone com 1.700 pessoas.
KG/dpa/rtr
As marcantes primeiras-damas francesas
Yvonne de Gaulle, Danielle Mitterand, Carla Bruni. Mulheres de diferentes personalidades já desempenharam o papel de "Première dame" na França, deixando marcas na cultura e na sociedade do país.
Foto: Reuters/B. Tessier
Brigitte Macron, de professora a primeira-dama
Emmanuel Macron quer que sua esposa tenha "um lugar e um papel" no Palácio do Eliseu. Casa com o recém-eleito presidente da França desde 2007, ela tem três filhos do matrimônio anterior. Questionado sobre a diferença de idade (ela é 24 anos mais velha que ele), ele responde: "Se eu fosse 20 anos mais velho, ninguém iria questionar nossa relação."
Foto: picture-alliance/Anadolu Agency/A. de Russe
Hollande e o triângulo amoroso
Quando festejou a vitória, em 2012, François Hollande ainda estava ao lado da jornalista e apresentadora Valerie Trierweiler (esq.), que assumiu o papel de primeira-dama. A relação teve um fim abrupto em 2014, quando a revista "Closer" tornou pública a relação de Hollande com a triz Julie Gayet. Trierweiler acabou escrevendo um livro sobre o caso.
Carla Bruni, modelo e cantora no Eliseu
Antes de se tornar cantora, a italiana Carla Bruni era conhecida como modelo. Em 2002, seu álbum de estreia, "Quelqu'un m'a dit", também fez sucesso fora da França, onde mora desde 1975. Em 2008, ela se casou com o presidente Nicolas Sarkozy, mas viveu retraída como primeira-dama. Hoje, aos 49 anos, Carla Bruni continua sendo admirada por seu estilo.
Foto: picture-alliance/dpa/D. Karmann
Bernadette Chirac continuou carreira política
De 1995 a 2007, Bernadette Chirac, casada com Jacques Chirac, foi a primeira-dama da França. Ao mesmo tempo, ela seguiu com a própria carreira política: desde 1971, ocupou vários cargos no departamento de Corrèze, no centro da França. Além disso, ela preside várias organizações de caridade, como a Pieces Jaunes, que auxilia crianças doentes.
Foto: picture-alliance/dpa/L. Dieffembacq
Danielle Mitterrand e o apoio ao socialismo
A primeira primeira-dama do Partido Socialista foi uma prova de que não existe um modelo tradicional de esposas de presidentes. Danielle Mitterrand (na foto à direita) engajou-se pelos problemas da esquerda em todo o mundo, apoiou os zapatistas no México (foto) e minorias étnicas, como os curdos e os tibetanos, e advertiu sobre os perigos de um capitalismo desenfreado.
Foto: picture-alliance/dpa/
Claude Pompidou, a discreta
Enquanto foi primeira-dama, de 1969 a 1974, Claude Pompidou preferiu se manter nos bastidores. Ela se dedicou à caridade, criando uma fundação para crianças portadoras de necessidades especiais, pacientes hospitalizados e pessoas idosas. E, se não fosse ela, não existiria o famoso Centro Pompidou e sua coleção de arte moderna.
Foto: picture-alliance/AP Photo
Yvonne de Gaulle, a católica devota
A esposa do general De Gaulle era muito católica. Ela se dedicou de forma apaixonada ao tema "família". Era estritamente contra a prostituição, o divórcio e a minissaia, que até quis que o marido proibisse. Seu matrimônio resistiu, e se diz que Charles de Gaulle foi o único presidente francês sem casos extraconjugais.
Foto: picture-alliance/Zuma Press
Cecile Carnot e as festas
Primeira-dama francesa de 1887 a 1894, Cecile Carnot gostava de festas no Palácio do Eliseu. Ela e o marido mandaram instalar luz elétrica no local, o que impulsionou as festas e os bailes no Eliseu e seus jardins. A primeira-dama criou uma tradição que existe até hoje: uma grande festa de Natal para crianças carentes e os funcionários do palácio.