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"Maduro está louco como uma cabra", diz Mujica

19 de maio de 2016

Ex-presidente uruguaio critica líder venezuelano, afirmando que trocas de farpas não vão resolver crise. No mais recente episódio do país caribenho, mandatário acusou secretário-geral da OEA de pertencer à CIA.

José Mujica
Foto: picture-alliance/dpa/E. Mastrascusa

O ex-presidente do Uruguai, José Mujica, afirmou nesta quarta-feira (18/05) que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, "está louco como uma cabra", fazendo referência à troca de farpas entre o mandatário venezuelano e o secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), Luis Almagro.

"Tenho grande respeito por Maduro, mas isso não impede que eu lhe diga que está louco, louco como uma cabra", disse Mujica à imprensa.

O ex-presidente uruguaio afirmou que Almagro "não é nenhum traidor nem funcionário da CIA", em defesa de seu ex-ministro do Exterior, a quem Maduro acusou de fazer parte da inteligência americana.

"Na Venezuela estão todos loucos. Todos dizem de tudo e assim não vão solucionar nada", prosseguiu o ex-mandatário. Para Mujica, o país caribenho precisa "tratar de resolver" sua crise econômica de alguma maneira, pois não se pode viver em meio à "porrada".

Desavença com a OEA

Maduro disse nesta terça-feira que Almagro é um "agente da CIA" em meio à campanha da oposição venezuelana para convocar um referendo para revogar o mandato do presidente.

Almagro, por sua vez, acusou Maduro de trair o próprio povo, afirmando que se o presidente impedir o referendo para revogar seu mandato, será "mais um ditador".

Protestos contra Maduro na Venezuela

01:13

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O secretário-geral da OEA estuda a possibilidade de ativar a Carta Democrática Interamericana (CDI) diante da grave situação na Venezuela. O governo venezuelano se opõe à medida, que considera uma interferência nos assuntos internos do país.

O artigo 20º da CDI autoriza a convocação de um Conselho Permanente quando em um Estado-membro houver "uma alteração da ordem constitucional que afete gravemente sua ordem democrática". Para que a medida seja implementada, são necessários 18 votos, que representam a maioria dos membros da OEA.

LPF/efe/dpa

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