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Maduro manda prender donos de rede varejista

2 de fevereiro de 2015

Empresários são acusados de fomentar "guerra econômica" contra o governo. Escassez de produtos leva venezuelanos a formar filas diante de supermercados, lojas e farmácias.

Foto: picture-alliance/dpa/S. Donaire

O governo da Venezuela anunciou neste domingo (01/02) a detenção dos donos de uma grande rede varejista do país, sem especificar o nome da empresa. Eles foram acusados de deliberadamente provocar filas e assim indispor a população contra o governo.

Segundo a imprensa local, trata-se da rede de farmácias Farmatodo, apesar de o governo mencionar uma cadeia vendedora de gêneros alimentícios. Nas últimas semanas, muitos venezuelanos têm feito filas em frente a supermercados, lojas e farmácias, devido à escassez de produtos.

Segundo presidente Nicolás Maduro, os proprietários – que ele chamou de covardes e parasitas – estavam "conspirando e irritando" a população e foram presos por "provocar o povo com uma guerra econômica". Além de medicamentos, a Farmatodo vende alimentos e produtos de higiene pessoal.

Maduro disse que uma unidade da rede reduziu o número de caixas de dez para três, enquanto ocupava os funcionários com o descarregamento de caminhões. Ele chamou esse comportamento de "tática guerrilheira". As detenções aconteceram no sábado, depois de uma operação de fiscalização do governo.

"Todos que usarem suas empresas para prejudicar o povo terão que pagar com a prisão, conforme a lei, desde já", sentenciou Maduro, que acusa grupos privados de conduzir uma "guerra econômica" para derrubar seu governo.

No mês passado, governadores de três estados venezuelanos proibiram a formação de filas durante a madrugada em frente ao comércio.

A escassez de produtos básicos de consumo, de leite a papel higiênico, tem se acirrado nas últimas semanas, levando muitos consumidores a irem aos mercados antes do amanhecer para esperar as portas serem abertas.

AS/rtr/ots

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