Mais de 72 horas depois de proclamar Maduro como “vencedor”, regime chavista segue sonegando divulgação de contagem total e atas eleitorais. Maduro culpa “uma batalha cibernética nunca antes vista”.
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Mais de 72 horas depois de declarar Nicolás Maduro como “vencedor”, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela seguia no final da manhã desta quinta-feira (01/08) sem divulgar os resultados completos da eleição presidencial no país, realizadas no último domingo.
Paralelamente, o CNE também cancelou uma coletiva de imprensa prevista nesta quinta-feira pela manhã.
A demora do regime em divulgar os resultados e as atas da votação, considerando que o sistema de votação da Venezuela é eletrônico, vem sendo encarada por países vizinhos e pela oposição como um sinal de que o regime não quer admitir uma derrota e está tentando ganhar tempo para fraudar o pleito com a fabricação de números.
Regime segue sonegando resultados completos
Até o momento, tudo o que o regime anunciou sobre as eleições foi a leitura, na madrugada de segunda-feira, de uma simples folha de papel com números arredondados pelo presidente do CNE, Elvis Amoroso, um aliado de Nicolás Maduro.
Na ocasião, diante das câmeras, Amoroso anunciou que seu padrinho político havia vencido o pleito com 51,2% dos votos, quando a contagem estava supostamente em 80%, e que o resultado era irreversível.
E tem sido apenas isso mais 72 horas depois. Na tarde de quinta-feira, o site do CNE seguia fora do ar, e o regime ainda não havia disponibilizado todas as atas da eleição. Não se sabe nem mesmo se a contagem total foi de fato completada.
Os dados vagos divulgados até agora pelo regime provocaram imediatamente desconfiança entre boa parte da comunidade internacional e acusações de fraude.
A oposição, que montou uma enorme operação para fotografar o máximo de boletins de urna e atas possíveis durante o pleito, afirma que tem como provar que seu candidato, Edmundo González, teve mais que o dobro de votos que Maduro.
Na quarta-feira, Maduro, ao ser questionado por um jornalista sobre a demora da divulgação dos dados detalhados, culpou a ação de supostos hackers e disse que o CNE está em meio “uma batalha cibernética nunca antes vista”.
Paralelamente, Maduro também pediu para que o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) audite as eleições. O anúncio foi fortemente criticado por observadores, já que passa longe de uma avaliação independente, considerando que a corte é fortemente aparelhado pelo regime de Maduro. Recentemente, o TSJ, a mais alta corte do país, barrou candidatos da oposição no pleito presidencial. Em 2017, o TSJ ainda teve papel central em cassar os poderes da Assembleia Nacional, à época controlada pela oposição.
Brasil assume embaixadas de dois países na Venezuela
Após expulsão de diplomatas pelo regime de Maduro, Itamaraty vai ser responsável pelas representações do Peru e Argentina – e proteção de opositores abrigados na representação nesta última. Regime segue sonegando divulgação de resultados completos.
A pedido dos governos do Peru e da Argentina, o Brasil assumirá as embaixadas da Argentina e do Peru em Caracas, após o regime de Nicolás Maduro ordenar a expulsão de diplomatas desses países, que assumiram posições críticas em relação à divulgação do resultado da eleição presidencial venezuelana.
Nesta quinta-feira (01/08), a bandeira brasileira foi hasteada na representação argentina em Caracas. Na prática, o Brasil ficará responsável por atender os interesses diplomáticos desses dois países, incluindo a proteção dos prédios e de cidadãos. E, crucialmente, o Brasil também ficará responsável pelos cuidados de seis opositores venezuelanos que procuraram proteção na embaixada argentina. Nos últimos dias, agentes do regime chavista cercaram a sede da embaixada e chegaram a cortar a luz do prédio.
Além da Argentina e Peru, o regime chavista também expulsou o corpo de diplomático do Chile, Costa Rica, Panamá, República Dominicana e Uruguai.
Nesta quinta-feira, presidente da Argentina, Javier Milei, agradeceu publicamente o governo brasileiro em mensagem na rede X. "Agradeço imensamente a disposição do Brasil em assumir a custódia da embaixada argentina na Venezuela. Os laços de amizade que unem a Argentina ao Brasil são muito fortes e históricos."
"Durante todo esse processo eleitoral, o regime venezuelano aplicou seu esquema repressivo, complementado por ações destinadas a distorcer completamente o resultado eleitoral, tornando-o vulnerável para a manipulação mais aberrante", prossegue a organização. "O manual completo da manipulação fraudulenta do resultado eleitoral foi aplicado na Venezuela na noite de domingo, em muitos casos de forma muito rudimentar.
Oposição diz que tem como provar que venceu
A líder oposicionista María Corina Machado garantiu na segunda-feira que a oposição tem meios para provar a "vitória esmagadora" de Edmundo González Urrutia nas eleições presidenciais.
"Temos 73,2% das atas e, com este resultado, o nosso presidente eleito é Edmundo González Urrutia [...] A diferença foi tão grande, tão grande, a diferença foi esmagadora, a diferença estava em todos os estados da Venezuela", frisou a ex-deputada, ao lado de González, líder da Plataforma Unitária Democrática (PUD), o maior bloco da oposição.
Machado indicou que, de acordo com 73,2% das atas, Maduro obteve 2.759.256 votos, enquanto González, 6.275.182. A oposicionista explicou que todas essas atas foram verificadas e digitalizadas. Elas já foram disponibilizadas num portal de internet criado pela oposição.
Nesta quinta-feira, um estudo conduzido por pesquisadores brasileiros e estrangeiros a partir dessas atas também indicou que González venceu a eleição presidencial com 66,1% dos votos contra 31,3% de Maduro. O levantamento mostra inclusive que a oposição avançou sobre antigos redutos políticos do chavismo.
Protestos, repressão e mortes
Protestos se espalharam por toda a Venezuela desde que o CNE declarou Maduro, há 11 anos no poder, como o vencedor do pleito. A polícia do regime vem reagindo com violência contra os manifestantes. Vídeos registraram várias estátuas que representam Hugo Chávez – o antecessor e padrinho político de Maduro – sendo derrubadas e vandalizadas pelo país.
Pelo menos 11 pessoas foram mortas no país desde que a eleição terminou, de acordo com o grupo de direitos humanos venezuelano Foro Penal. Prisões de oposicionistas também foram registradas em várias cidades.
O país já foi palco de grandes ondas de protestos em 2013, 2014, 2017 e 2019, que tiveram como gatilho tanto a ruína econômica que aflige a Venezuela quanto acusações de manipulação de resultados eleitorais. Em todos os casos, o regime reagiu com violência, e a repressão deixou dezenas de mortes.
Na terça-feira, Maduro e seu principal aliado legislativo, Jorge Rodriguez, chefe do Congresso, acusaram González e a líder da oposição, María Corina Machado, de fomentar a violência. Em um discurso transmitido pela televisão estatal, ele declarou que os manifestantes da oposição haviam agredido civis e iniciado incêndios, exigindo que González respondesse por eles.
Rodriguez foi ainda mais direto ao insistir que ambas as figuras da oposição deveriam ser presas pelos crimes dos manifestantes: "Seus chefes deveriam ir para a prisão", disse ele aos legisladores, acusando González de liderar uma "conspiração fascista".
Em uma coletiva de imprensa a jornalistas de diferentes países, Maduro partiu para a ofensiva e culpou a tensa situação e o isolamento diplomático da Venezuela a grupos conspiracionistas de ultradireita, que ele conceituou como inimigos políticos "perversos e macabros".
Reação internacional
O resultado oficial divulgado pelo CNE só foi reconhecido na maioria por países aliados de Maduro, incluindo ditaduras ou regimes que encenam eleições de fachada regularmente. Maduro recebeu felicitações da China, Rússia, Irã, Nicarágua, Cuba e Belarus.
Já o Chile, Argentina, Estados Unidos, Espanha, Uruguai, Paraguai, Costa Rica foram críticos e sinalizaram suspeitas de fraudes no processo. A União Europeia pediu "total transparência".
O subsecretário de Estado dos EUA para o Hemisfério Ocidental, Brian Nichols, afirmou na quarta-feira que estava claro que Edmundo González havia recebido mais votos do que Nicolás Maduro, na declaração mais contundente vinda de uma autoridade de Washington até o momento. "Está claro que Edmundo González Urrutia derrotou Nicolás Maduro por milhões de votos", disse Nichols, durante reunião na Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington.
Já o governo do Peru foi mais longe, e anunciou na terça-feira que reconhece González como presidente eleito da Venezuela.
Ministros das Relações Exteriores do G7 também aprovaram uma declaração na quarta-feira expressando solidariedade ao povo venezuelano e preocupação com os resultados das eleições. Na declaração, os ministros pediram aos "representantes venezuelanos a publicação dos resultados detalhados das eleições com total transparência" e "que compartilhem imediatamente todas as informações com a oposição e observadores independentes".
O regime chavista reagiu à pressão externa ordenando a expulsão de diplomatas de sete países latino-americanos, incluindo o Chile.
O Brasil, por sua vez, após horas de silêncio, tem evitado felicitar Maduro, esperando mais dados sobre a votação. Em nota, o Itamaraty disse aguardar "a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral de dados desagregados por mesa de votação, passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito".
O presidente Lula, por sua vez, também cobrou a divulgação das atas eleitorais, mas ao mesmo tempo disse não ver "nada anormal" na tensão sobre os resultados no país vizinho e sugeriu que, em caso de disparidade nas atas, que a oposição procure a Justiça e espere. Na terça-feira, Lula ainda conversou com o presidente dos EUA, Joe Biden, sobre a crise Venezuela. Após a ligação, os dois países divulgaram notas reafirmando a importância da divulgação de dados completos do pleito pelo regime chavista. México e Colômbia também tem adotado uma linha similar ao Brasil.
OEA e ONG denunciam manipulação
Na terça-feira, uma das ONGs que atuou como observadora eleitoral independente nas eleições presidenciais da Venezuela, o Centro Carter afirmou que o pleito "não pode ser considerado democrático"e apontou "grave violação dos princípios eleitorais" na forma como as autoridades do país têm conduzido o processo e a divulgação do resultado.
O Centro Carter, uma ONG especializada em monitoramento eleitoral fundada pelo ex-presidente americano Jimmy Carter, teve papel de destaque em atestar a lisura de outros pleitos realizados sob o regime chavista, como o referendo de 2004 e as presidenciais de 2006. Em 2012, o americano elogiou publicamente o sistema de votação eletrônico do país.
O Departamento de Observação Eleitoral da Organização dos Estados Americanos (OEA) declarou também que não tinha como reconhecer o resultado anunciado pelo CNE venezuelano, e apontou que o regime chavista aplicou todo o "manual da manipulação fraudulenta" para distorcer o resultado real.
Na quarta-feira, após abstenções do Brasil e da Colômbia, o Conselho Permanente da OEA rejeitou uma resolução que exigia maior transparência do regime venezuelano. Formada por 34 nações, a reunião extraordinária terminou com 17 votos favoráveis — um a menos do necessário para aprovação — além de 11 abstenções e cinco ausências.
Apesar da falta de consenso, o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, dirigiu palavras duras contra Maduro na quarta-feira e disse que pretende pedir um mandado de prisão contra o autocrata venezuelano ao Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia.
"Maduro prometeu um banho de sangue, e ficamos indignados ao ouvir isso e ainda mais indignados agora que ele está fazendo isso. Existe premeditação, traição, impulso brutal, ferocidade, vantagem superior. É hora de apresentar acusações e um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional contra os principais perpetradores, incluindo Maduro. É hora de Justiça. Vamos solicitar o indiciamento dessas acusações. Por um hemisfério livre de crimes contra a humanidade", disse Almagro durante a reunião do Conselho Permanente da OEA.
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Eleições marcadas por arbitrariedades
O pleito presidencial deste ano na Venezuela foi visto como um dos mais importantes dos últimos anos, devido à insatisfação de grande parte dos venezuelanos com os rumos políticos, econômicos e sociais do país. A eleição do último domingo havia sido negociada e assinada entre a oposição e o regime em 18 de outubro de 2023, em Barbados, no Caribe, após mediação da Noruega e aval do Brasil.
O acordo previa não apenas eleições livres e justas em 2024, mas também a libertação de presos políticos, o que, em troca, renderia o alívio de algumas sanções impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia .
O regime chavista, no entanto, não demorou para começar a barrar candidatos oposicionistas, prender dissidentes e ameaçar o eleitorado rival. A líder da oposição, María Corina Machado, foi impedida de concorrer pela Justiça Eleitoral e, depois, pelo Supremo do país, ambos controlados pelo regime de Maduro. Corina Yoris, sua primeira substituta, também não conseguiu se registrar.
De última hora, a oposição se organizou em torno do diplomata aposentado Edmundo González Urrutia, 74 anos, um nome praticamente desconhecido, mas que acabou sendo aceito pelo regime para concorrer.
Em comícios da oposição, policiais e membros de coletivos chavistas frequentemente bloquearam acessos para dificultar a participação ou intimidar oposicionistas.
Em março, Maduro também classificou de "terrorista" o partido de María Corina, o Vem Venezuela (VV). Na sequência, sete membros do VV foram presos. Maduro também lançou várias ameaças, chegando a prever que a Venezuela seria palco de um "banho de sangue", caso o chavismo saísse derrotado.
O regime ainda impôs uma série de regras para o votos de venezuelanos que moram no exterior, que foram encaradas como uma tática para dificultar a participação da imensa diáspora do país: no final, menos de 1% dos 7,7 milhões de venezuelanos que vivem fora do país foram habilitados a votar.
O mês de julho em imagens
O mês de julho em imagens
Foto: Evan Vucci/AP Photos/picture alliance
Líder do Hamas é morto no Irã
O Hamas e a Guarda Revolucionária Iraniana confirmaram que Ismail Haniyeh, um dos principais líderes do grupo radical islâmico no exílio, foi morto na capital iraniana, Teerã. O assassinato ocorreu em um momento extremamente delicado, aumentando temores de uma guerra generalizada na região. O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, prometeu vingança a Israel. (31/07).
Foto: Iran's Presidency/WANA/REUTERS
Israel lança ataque contra Hezbollah em Beirute
Uma explosão foi registrada em Beirute, capital do Líbano. Pouco depois, Israel confirmou ter lançado um "ataque direcionado" contra um um comandante do grupo Hezbollah, supostamente responsável por um ataque que provocou a morte de 12 crianças israelenses. O alvo seria Fuad Shukr, um veterano do Hezbollah. Israel afirma que o bombardeio foi bem-sucedido e que Shukr está morto. (30/07)
Foto: ANWAR AMRO/AFP/Getty Images
Maduro é declarado vencedor após contagem de votos nebulosa
Sem divulgar dados completos, o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, um órgão fortemente controlado pelo regime chavista, declarou que Nicolás Maduro, no poder desde 2013, conquistou um terceiro mandato de seis anos como presidente. O anúncio foi imediatamente visto com ceticismo por parte da comunidade internacional e levantou acusações de fraude pela oposição. (29/07)
Foto: Fausto Torrealba/REUTERS
Israel à beira de guerra total contra o Hezbollah após ataque a vilarejo druso matar 12
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, advertiu que a milícia terrorista libanesa Hezbollah "pagará um alto preço" após um ataque no dia anterior matar 12 civis crianças e adolescentes israelenses e ferir outros 30 na cidade de Majdal Shams, nas Colinas de Golã, uma região ocupada por Israel desde 1967. (28/07)
Foto: picture alliance/dpa
Compositor Wolfgang Rihm morre aos 72 anos
Um dos mais tocados compositores da música contemporânea europeia, alemão deixa mais de 500 obras, entre elas óperas e músicas para orquestra e de câmara. Entre seus trabalhos mais famosos estão "Dionysos", "Jakob Lenz", "Proserpina", "Das Gehege" e "Die Hamletmaschine". (27/07)
Foto: Uli Deck/dpa/picture alliance
É dada a largada dos Jogos Olímpicos de Paris
Sob chuva e após sabotagem à rede ferroviária, abertura do evento esportivo transcorreu sem maiores incidentes e encantou público, que assistiu a um espetáculo tendo como cenário o rio Sena, a torre Eiffel e o Trocadéro. É a primeira vez que a abertura do evento esportivo ocorre fora de um estádio. (26/07)
Foto: Cheng Min-Pool/Getty Images
Humanidade sofre "epidemia de calor extremo", alerta ONU
Embora muitas vezes menos visível que outros efeitos devastadores da mudança climática, como tempestades ou inundações, o calor intenso é mais mortal: ceifou cerca de 489 mil vidas a cada ano entre 2000 e 2019, segundo a entidade. Apelo é por ações de mitigação, melhores sistemas de alerta e contenção do aquecimento global – algo que não ocorrerá sem a redução das emissões de carbono. (25/07)
Foto: ETIENNE LAURENT/AFP/Getty Images
Maduro provoca Lula às vésperas das eleições na Venezuela
"Quem se assustou que tome chá de camomila", disse Nicolás Maduro, ditador venezuelano, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestar preocupação com ameaça do autocrata de que país será palco de "banho de sangue" em caso de derrota do chavismo nas eleições. (24/07)
Foto: Gustavo Moreno/AP Photo/picture alliance
Deslizamento de terra causa centenas de mortes no sul da Etiópia
Segundo país mais populoso da África, com cerca de 120 milhões de habitantes, Etiópia é altamente vulnerável a catástrofes climáticas, incluindo inundações e secas. Dois deslizamentos de terra ocorridos após fortes chuvas deixaram centenas de mortos no distrito de Gofa, no sul do país. Maior parte das vítimas estava no local para ajudar os afetados pelo primeiro deslizamento. (23/07)
Foto: Gofa Zone Government Communication Affairs Department
Arrecadação recorde após Kamala ser cotada para disputa presidencial
Campanha democrata arrecada mais de 81 milhões de dólares (R$ 450 milhões) nas primeiras 24 horas após a desistência de Joe Biden da corrida eleitoral no domingo, o maior volume diário de doação desde as eleições de 2020. A atual vice presidente, Kamala Harris, é a favorita a conquistar a nomeação do partido para concorrer contra Donald Trump. (22/07)
Foto: Susan Walsh/AP Photo/picture alliance
Biden desiste de candidatura e endossa vice Kamala Harris
O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou que desistiu de disputar a reeleição e declarou que apoia que sua vice, Kamala Harris, assuma a cabeça da chapa como candidata democrata à Presidência. A desistência ocorre após semanas de pressão sobre o presidente de 81 anos, que vinha sendo instado a desistir após um desempenho desastroso contra o rival Donald Trump num debate em junho. (21/07)
Foto: Susan Walsh/AP/dpa/picture alliance
Scholz exalta militares que tentaram matar Hitler há 80 anos
Membros da classe política alemã, incluindo o chanceler federal Olaf Scholz, participaram de uma cerimônia que marcou o 80º aniversário da tentativa de assassinato de Adolf Hitler por oficiais do exército alemão. "A tentativa de golpe em 20 de julho de 1944 fracassou. Mas os objetivos unificadores da resistência não falharam", disse Scholz durante a cerimônia comemorativa em Berlim. (20/07)
Foto: Hannes P Albert/dpa/picture alliance
Apagão cibernético paralisa setores essenciais ao redor do mundo
Falha em software da empresa global de cibersegurança Crowdstrike levou ao colapso do sistema operacional Windows. Aviões tiveram que pousar às pressas, aeroportos e estações de trens paralisaram, hospitais cancelaram atendimentos e até mesmo emissoras de TV saíram do ar. Recuperação pode levar semanas, e computadores afetados podem ter que ser consertados manualmente. (19/07)
Foto: Bodo Marks/dpa/picture alliance
Ursula von der Leyen é reeleita presidente da Comissão Europeia
Com 401 votos favoráveis, novo Parlamento Europeu deu à alemã um segundo mandato de cinco anos no órgão executivo da UE – ela precisava de ao menos 361 votos. Bloco tem pela frente crises que vão desde a guerra na Ucrânia até mudanças climáticas, migração, falta de moradia e alta no custo de vida. Von der Leyen prometeu reduzir emissões de carbono e reforçar a segurança nas fronteiras. (18/07)
Foto: Johanna Geron/REUTERS
O 10° aniversário da derrubada do voo MH17 na Ucrânia
Em cerimônia no monumento ao MH17 no povoado de Vijfhuizen, na Holanda, familiares e autoridades lembraram as 298 vítimas do voo da Malaysian Airlines, que foi abatido sobre a Ucrânia em 17 de julho de 2014 por um míssil de fabricação russa disparado de território controlado por rebeldes e tropas ligadas ao Kremlin. (17/07)
Foto: Sem van der Wal/ANP/picture alliance
Roberta Metsola é reeleita presidente do Parlamento Europeu
A eurodeputada maltesa de centro-direita Roberta Metsola foi reeleita para a exercer por mais dois anos e meio a presidência do Parlamento Europeu. Representante do Partido Popular Europeu (PPE), ela foi reconduzida ao cargo por 562 dos 623 parlamentares que participaram da votação, a maior margem de vitória já registrada para um presidente do Parlamento. (16/07)
Foto: Jean-Francois Badias/AP/picture alliance
Trump é candidato oficial
A decisão foi rápida: em sua convenção nacional em Milwaukee, Wisconsin, o Partido Republicano a candidatura do ex-presidente Donald Trump na eleição presidencial de novembro. Como vice, ele escolheu o senador do Ohio J.D.Vance. (15/07)
Foto: Ines Pohl/DW
Trump passa bem após atentado em comício na Pensilvânia
Candidato republicano à Casa Branca, ex-presidente sobreviveu a uma tentativa de assassinato enquanto discursava a apoiadores no dia anterior. A ação durou segundos, e Trump foi escoltado às pressas for agentes do Serviço Secreto, com a orelha ferida por uma bala. Além do suspeito, uma pessoa que acompanhava o evento da plateia foi morta. Outras duas estão gravemente feridas. (14/07)
Foto: Evan Vucci/AP Photo/picture alliance
A 13 dias de início dos Jogos, ministra francesa dos Esportes nada no Rio Sena
Ao lado do triatleta triatleta paralímpico Alexis Hanquinquant, Amélie Oudéa-Castéra quis mostrar que as águas do rio parisiense estão prontas para acolher as provas de natação. Ao custo de 1,4 bilhão de euros, a descontaminação das águas do Sena era um dos principais pontos de dúvida da competição, já que chuvas recorrentes nos últimos meses comprometeram a qualidade da água. (13/07)
Foto: Ministry Of Sport, Olympic And Paraolympic Games/AP/picture alliance
Selo azul no X de Elon Musk viola regras da UE, diz bloco
Rede social do bilionário viola regras para conteúdo digital, aponta relatório preliminar da Comissão Europeia. Órgão alega que comercialização do "selo azul" na plataforma outrora conhecida como Twitter "afeta negativamente a capacidade que os usuários têm de tomar decisões livres e informadas sobre a autenticidade das contas e do conteúdo com o qual interagem". (12/07)
Foto: Alain Jocard/AFP [M]
Envio de mísseis americanos à Alemanha irrita Rússia
Reagindo ao anúncio de que a Alemanha abrigará bases de mísseis americanos de longo alcance a partir de 2026, a Rússia disse que avalia medidas para frear a "séria ameaça à segurança" do país por parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). "Essa decisão foi preparada por muito tempo e não é uma surpresa", afirmou o chanceler alemão, Olaf Scholz. (11/07)
Foto: Evan Vucci/AP Photo/picture alliance
Perigo de vida no Vale da Morte
O Death Valley, no deserto do leste da Califórnia e condado de Nevada, já é considerado o local mais quente do planeta. Em meio à atual onda de calor, então, as temperaturas nesse parque nacional americano têm ultrapassado diariamente os 50ºC. As autoridades dos EUA expediram alertas aos visitantes. (10/07)
Foto: Mario Tama/Getty Images
Rússia condena artistas de teatro à prisão
Em nova ofensiva contra liberdade artística, regime russo considerou que peça teatral "Finist", escrita cinco anos atrás e encenada em 2020, sobre o destino de "noivas do Estado Islâmico", é "apologia do terrorismo" e sentenciou diretora Zhenya Berkovich e dramaturga Svetlana Petriychuk a seis anos de prisão. (09/07)
Uma série de bombardeios russos na Ucrânia deixou mais de 35 mortos em vários pontos do país e atingiu dois hospitais, um deles em Kiev, especializado no atendimento de crianças. Os ataques geraram condenação internacional e levaram à convocação de uma reunião emergencial do Conselho de Segurança da ONU, agendada para o dia seguinte. (08/07)
Foto: Efrem Lukatsky/AP Photo/picture alliance
Esquerda e centro conseguem frear ultradireita na França
A esquerda e o centro conseguiram frear o que parecia uma ascensão implacável da ultradireita francesa no segundo turno da eleição legislativa francesa. A aliança de esquerda Nova Frente Popular (NFP) e a coligação de centro Juntos, do presidente Emmanuel Macron, conseguiram formar as maiores bancadas de deputados, ficando à frente da ultradireitista Reunião Nacional (RN). (07/07)
Foto: Christophe Ena/AP/picture alliance
Reforma vence pleito presidencial do Irã
O reformista Masud Pezeshkian se impôs no segundo turno do pleito presidencial do Irã, que teve uma participação nas urnas de 49,9 %. Ele obteve 53,6 % dos votos, contra 44,3 % para o ultraconservador Saeed Jalili. Em seus primeiros comentários após o resultado eleitoral, o presidente eleito definiu a votação como o início de uma "parceria" com o povo iraniano. (06/07)
Foto: Vahid Salemi/AP/picture alliance
Após 14 anos com conservadores no poder, Reino Unido tem premiê trabalhista
Consagrado com uma maioria esmagadora na eleição legislativa antecipada, Keir Starmer, 61, é o sétimo primeiro-ministro do Partido Trabalhista. Ele substitui o conservador Rishi Sunak, que ficou menos de dois anos no cargo. O Partido Conservador perdeu as eleições ao conquistar apenas 121 assentos na Câmara dos Comuns (baixa), contra 412 do Trabalhista. (05/07)
Foto: JUSTIN TALLIS/AFP/Getty Images
Bolsonaro vira alvo da PF em duas frentes
Não foi uma quinta-feira fácil para o ex-presidente. Primeiro, a PF deflagrou a segunda fase da Operação Venire, que apura inserção de dados falsos nos registros de vacinação contra a covid-19 e uma suposta fraude nos cartões de vacinação de sua família. Mais tarde, saiu a notícia de que ele foi indiciado no caso das joias sauditas por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. (04/07)
Foto: Eraldo Peres/AP/picture alliance
Furacão Beryl avança pelo Caribe
O furacão Beryl, de categoria 4, atingiu com força a costa sul da Jamaica após deixar um rastro de destruição em outras regiões do Caribe, com ao menos sete mortos. Serviços meteorológicos registraram ventos de até 220 quilômetros por hora. O governo impôs um toque de recolher em todo país e pediu que a população de 2,8 milhões obedeça possíveis ordens de evacuação. (03/07)
Foto: Curlan Chrissey Campbell/Reuters
Tumulto em cerimônia hindu na Índia deixa mais de 100 mortos
Mais de uma centena de pessoas, incluindo mulheres e crianças, morreram após um tumulto ocorrido ao final de uma cerimônia religiosa hindu no norte da Índia. Forte calor e falta de ar no local do evento podem ter contribuído para a tragédia. Pessoas que participaram da cerimônia disseram que cerca de 50 mil devotos estavam presentes no local. (02/07)
Foto: Manoj Aligadi/AP/picture alliance
Suprema Corte dos EUA diz que Trump tem imunidade contra processos criminais em ações oficiais como presidente
A Suprema Corte dos EUA decidiu que o ex-presidente Donald Trump tem direito a blindagem parcial contra acusações criminais. A corte entendeu que ex-chefes de Estado têm imunidade contra processos por ações tomadas como presidente, mas que o mesmo não se aplica a atos como pessoa física. Assim, diminui a chance de que seja julgado em três processos antes das eleições, em 5 de novembro. (01/07)