Pesquisa revela que maias produziam e armazenavam sal há mais de mil anos. Produto era usado na conservação de peixes e carnes.
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Os maias não somente produziam e armazenam sal há mais de mil anos, como também o usavam como moeda na troca por outros produtos, afirmou um estudo publicado nesta segunda-feira (08/10).
De acordo com o estudo, os maias utilizavam o método tradicional de ferver a salmoura em salinas de madeira para obter o sal. Essa técnica foi aplicada em diversas partes do mundo antigo e em períodos posteriores.
O sal era utilizado pelos maias na conservação de alimentos, principalmente de carne e peixe. Segundo Heather McKillop, uma das autoras da pesquisa, marcas microscópicas descobertas em ferramentas encontradas em Belize indicam esse uso.
Publicado na revista especializada PNAS, o estudo de pesquisadores da Universidade da Louisiana (LSU) analisou restos de ferramentas de pedras encontradas em Belize. A descoberta de restos de mais de 4 mil postes de madeira num local chamado Salinas de Paynes Creek indicou a maneira como os maias produziam e utilizavam o sal.
O sal era produzido tanto para o consumo local, quanto para a troca por outros produtos. Neste caso, eram feitos blocos do mineral para facilitar as transações. Além do sal, os maias utilizavam também tecidos e cacau como moeda.
Para a troca, os maias desta região viajavam em canoas ao longo da costa ou por rios para chegar aos mercados das grandes cidades da época, como Caracol e Tikal, e de outras comunidades.
CN/efe/ots
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Em 1992, os restos mortais de duas crianças foram descobertos sob uma catedral de Frankfurt. Agora, arqueólogos dizem que elas podem ter tido ligações familiares até com Carlos Magno.
Foto: Archäologisches Museum Frankfurt
Novas descobertas
Localizada em Frankfurt, a catedral de São Bartolomeu ganhou mais uma marca para seus 1.300 anos de história. Uma equipe de arqueólogos revelou que uma tumba misteriosa, foco de mais de 20 anos de pesquisa, continha não apenas uma, mas duas crianças. Acredita-se que elas tenham raízes nobres. Os pesquisadores também revisaram o ano da morte de 850 para antes de 730.
Foto: Archäologisches Museum Frankfurt
Anéis de ouro
Em 1992, uma escavação feita embaixo da catedral levou à descoberta dos restos mortais de uma menina. Ela estava coberta com joias de ouro, com estes anéis nos dedos. A decoração do túmulo tem origens na Dinastia Merovíngia, um grupo de tribos da Francônia que conquistou partes do norte da França e preparou o caminho para o Cristianismo no que são hoje os estados alemães de Hessen e Turíngia.
Foto: Archäologisches Museum Frankfurt
Eixo central
Os arqueólogos acreditavam que a garota havia sido sepultada por volta do ano 850 porque o túmulo se encontrava paralelo ao eixo central da catedral (em vermelho). Porém, uma análise aprofundada levou à descoberta de que não só a data do sepultamento era anterior ao que se pensava, mas de que a menina não estava sozinha na tumba.
Foto: Archäologisches Museum Frankfurt
Raízes escandinavas?
A sepultura também continha cinzas. Primeiramente, os arqueólogos não perceberam que os restos mortais eram de outra criança, que teria cerca de quatro anos de idade. A presença de garras de urso, bem como de ossadas de outros animais, remete a uma tradição pagã trazida possivelmente no século 11 por colonizadores escandinavos.
Foto: Archäologisches Museum Frankfurt
Detalhes de vidro e ouro
Sinais da influência escandinava também aparecem no colar encontrado no túmulo da garota, cujo medalhão central tem origem no norte europeu. Os pesquisadores ainda não identificaram a ligação entra as duas crianças, mas, devido ao destaque que o túmulo possui na base da igreja, acreditam que ambas foram reverenciadas pelos locais por séculos após a morte.
Foto: Archäologisches Museum Frankfurt
Transição religiosa
Uma cruz decorada a ouro que adorna o manto das crianças indica que houve ali um funeral cristão. Com a presença de antigos rituais pagãs alemães, o túmulo ilustra uma época em que a região do Baixo Reno passava por uma transição religiosa.
Foto: Archäologisches Museum Frankfurt
Conexão com Carlos Magno?
Segundo os pesquisadores, se a menina pertencia à nobreza, ela teria ligações com a poderosa família Hedenen, de onde veio a quarta esposa de Carlos Magno (742-814), Fastrada. Na mesma catedral, em 794, foi realizado o Conselho de Frankfurt, o mais importante reunindo bispos do Ocidente, organizado por Carlos Magno. Nele, foram definidas as bases teóricas para o Sacro Império Romano-Germânico.