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Maior grileiro da Amazônia pode pegar 46 anos de prisão

25 de fevereiro de 2015

Ezequiel Antônio Castanha é acusado de vários crimes ambientais, além de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Quadrilha responde por 20% da área desmatada.

Ezequiel Antonio Castanha
Foto: Reuters

Considerado o maior desmatador da Amazônia, o grileiro Ezequiel Antônio Castanha poderá pegar mais de 46 anos de prisão por vários crimes, entre eles invasão de terras públicas, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos, além de crimes ambientais.

Preso desde o último sábado (21/02), Castanha é apontado como líder da maior quadrilha de devastadores de área verde na região, responsável por 20% do desmatamento da Amazônia.

Ela atuava nos municípios paraenses de Nova Progresso, Itaituba e Altamira. Estima-se que o prejuízo ambiental causado pelos crimes dos quais é acusado alcance 540 milhões de reais.

O grileiro atuava invadindo terras da União, promovendo o desmatamento e comercializando ilegalmente os terrenos. Segundo a Polícia Federal, ele loteava as terras públicas e as negociava com pecuaristas da Amazônia e investidores das regiões Sul e Sudeste.

Lotes chegaram a ser vendidos por 20 milhões de reais. O Ibama calcula que somente a dívida do grileiro e de seu núcleo familiar possa chegar a 47 milhões de reais.

Castanha foi detido em Itaituba, no Pará, dentro da Operação Castanheira, que desarticulou a maior quadrilha de grileiros que atuava na região. A operação foi deflagrada pelo Ibama, Ministério Público Federal, Receita Federal e Polícia Federal.

MSB/abr/ots

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