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Maior massacre a tiros da história do Texas deixa 26 mortos

6 de novembro de 2017

Ex-militar com histórico de violência abre fogo em igreja antes de ser confrontado por um cidadão armado. Trump atribui o ocorrido a indivíduo com "problemas mentais" e não a controvérsia em torno das leis de armas.

Atirador no Texas matou duas pessoas em frente à igreja e outras 23 na parte interna. Uma das vítimas morreu no hospital
Atirador no Texas matou duas pessoas em frente à igreja e outras 23 na parte interna. Uma das vítimas morreu no hospitalFoto: picture-alliance/AP Photo/Austin American-Statesman/J. Janner

Um atirador matou ao menos 26 pessoas neste domingo (05/11) numa igreja batista em Sutherland Springs, no estado americano do Texas. O governador Greg Abbott afirmou se tratar do "maior massacre a tiros na história do estado".

As vítimas tinham idade entre cinco e 72 anos. As autoridades informaram que cerca de 20 pessoas foram transportadas paras hospitais na região com ferimentos que iam de leves a graves.

Leia também:"Lobby das armas tem grande poder no governo Trump"  

O suspeito foi identificado como Devin Kelley, de 26 anos, ex-integrante da Força Aérea americana. Ele trabalhou no departamento de logística de uma base militar no Novo México entre 2010 e 2014, quando foi afastado da corporação por má conduta, após agressões à esposa e ao filho. Ele chegou a passar 12 meses em confinamento.

A arma utilizada no ataque deste domingo foi um fuzil AR-15. A imprensa local afirma que a polícia realizou buscas na residência do suposto atirador em busca de explosivos. O motivo do ataque ainda não foi esclarecido.

A polícia informou que o atirador foi visto num posto de gasolina próximo à igreja trajando roupas pretas e portando equipamentos militares, antes de atravessar a rua e abrir fogo do lado de fora do templo. Ele matou duas pessoas antes de entrar no local e vitimar outras 23 na parte interna. Uma das vítimas morreu mais tarde no hospital.

As autoridades ainda não divulgaram a identidade das vítimas, mas o pastor da Primeira Igreja Batista Frank Pomeroy disse que sua filha de 14 anos, Annabelle, estava entre os mortos. Ele e a esposa estavam fora da cidade durante o ataque.

Segundo a polícia, um morador armado com um fuzil conseguiu interromper o massacre na igreja ao confrontar o atirador, que fugiu do local de carro. O morador perseguiu o suspeito, que mais tarde foi encontrado morto pela polícia. Não foi esclarecido se ele se suicidou ou se foi morto pelo homem que o perseguia.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atribuiu o massacre a um "problema de saúde mental" e não às controversas leis de porte de armas nos EUA, consideradas pelos críticos como demasiadamente permissivas. Ele disse que, segundo os relatos preliminares, o atirador era "um indivíduo bastante transtornado, [com] muitos problemas".

"Temos muitos problemas de saúde mental em nosso país, assim como ocorre em outros países. Mas esta não é uma situação causada pelas armas", disse o presidente. "Felizmente, outra pessoa tinha uma arma que atirava na direção oposta. É um problema de saúde mental do mais alto nível. É um acontecimento muito, muito triste."

RC/dpa/rtr/ap  

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