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Energia do sol

21 de agosto de 2009

Mais de meio milhão de painéis solares formam a nova usina de energia renovável. País comemora também a inauguração de outra usina solar, que produz eletricidade com ajuda de espelhos.

Usina solar de LieberoseFoto: AP

Uma antiga área militar no leste da Alemanha foi transformada na maior usina solar do país: no parque de Lieberose, no estado de Brandemburgo, será gerada eletricidade numa área equivalente a 210 campos de futebol.

Até o final do ano, serão instalados ali 560 mil painéis fotovoltaicos. Apesar de a usina ainda estar em processo de finalização, a planta foi inaugurada nesta quinta-feira (20/08). Mais de 160 milhões de euros foram investidos no projeto.

A região, antigamente contaminada com restos de munição, foi preparada especialmente para receber o parque solar. O local era o maior centro de treinamento militar do exército soviético na Alemanha.

Com 700 mil coletores de energia solar, a usina de Lieberose terá capacidade de geração de 53 megawatts, eletricidade suficiente para abastecer 15 mil residências. O projeto que produzirá energia limpa deve evitar que sejam despejadas na atmosfera 35 mil toneladas de CO2.

Outro ponto de vista

Embora essa seja a segunda maior usina solar do mundo, a primeira fica na Espanha, a eletricidade produzida fica abaixo da capacidade média de uma usina termelétrica, que pode gerar até 700 megawatts.

Ambientalistas criticam que a área, de 162 hectares, pode impactar o ecossistema local. Matthias Platzeck, governador do estado, rebateu dizendo que, depois de 20 anos de exploração da usina, a área será devolvida à natureza.

Torre de 60 metros de alturaFoto: picture-alliance/ dpa

Sol, torre e espelhos

A 700 quilômetros de Lieberose, já no estado da Renânia do Norte-Vestfália, a cidade de Jülich inaugurou também na quinta-feira (20/08) um pólo de geração de energia solar. O complexo é formado por uma torre de 60 metros de altura, tendo a sua frente 2.153 espelhos móveis. Todo o complexo ocupa oito hectares.

No solo, os espelhos seguem a radiação solar e a refletem para a torre. Ao receber toda a concentração de luz e calor por meio de receptores, a água canalizada no interior da torre é aquecida até cerca de 700ºC, se transforma em vapor e movimenta as turbinas que geram eletricidade. A energia produzida pela nova planta, cujo projeto custou 22 milhões de euros, será suficiente para abastecer 350 casas.

Segundo especialistas do DLR, centro alemão dedicado à pesquisa e ao desenvolvimento nas áreas da aeronáutica espacial, transportes e energia, o modelo servirá de referência comercial para futuras usinas no sul da Europa e no norte da África.

"Claro que em Jülich o sol não brilha tanto quanto no deserto do norte africano, mas essa é uma tentativa de unir tecnologia e desenvolvimento em conexão com a pesquisa, que acaba sendo mais importante do que a operação em si", analisa Hans Müller-Steinhagen, do DLR.

NP/dpa/afp

Revisão: Roselaine Wandscheer

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