Fabricante belgo-brasileira AB Ibev pretende fazer oferta para comprar a concorrente britânica SABMiller. Conglomerado teria valor de mercado de cerca de 275 bilhões de dólares.
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A maior fabricante de cervejas do mundo, a belgo-brasileira, Anheuser-Busch InBev confirmou nesta quarta-feira (16/09) que pretende fazer uma oferta para adquirir a concorrente britânica SABMiller, dona das marcas Peroni, Grolsch e Pilsner Urquell.
O acordo uniria as duas maiores fabricantes de cerveja do mundo, além de ser uma das maiores aquisições da história. O novo conglomerado teria um valor de mercado de cerca de 275 bilhões de dólares. A AB InBev é líder de vendas na América Latina, enquanto a SABMiller domina a África, ambos mercados de rápida expansão.
"A intenção da AB Inbev é trabalhar com a diretoria da SABMiller por uma transação recomendada. Não há como ter certeza que essa estratégia resulte em uma oferta ou acordo", afirmou a empresa belgo-brasileira em nota.
A SABMiller confirmou o interesse da rival, mas ressaltou que ainda não recebeu nenhuma oferta. Pelas regras britânicas, a AB InBev tem até o dia 14 de outubro para apresentar uma proposta. Uma fonte próxima à cervejaria do Reino Unido disse que ainda é muito cedo para dizer se o negócio realmente será fechado, pois o grupo aguarda um passo concreto da concorrente.
Há anos especula-se sobre a fusão das duas maiores cervejarias do mundo. Após o anúncio, as ações das duas empresas dispararam na bolsa, o valor das da SABMiller aumentou 22%, enquanto as da empresa belgo-brasileira subiram 7%.
A SABMiller se tornou a segunda maior cervejaria do mundo em 2002, quando a South African Breweries adquiriu a americana Miller Bewing Co. Já a AB InBev, fabricantes das cervejas Budweiser, Stella Artois e Corona, foi criada em 2008, quando a empresa belgo-brasileira InBev comprou a americana Anheuser Busch.
O mercado mundial de cervejas é dominado por poucos fabricantes em busca de novos mercados, devido ao desaquecimento das vendas na América do Norte e na Europa, onde os consumidores passaram a dar prioridade a cervejas artesanais produzidas por empresas independentes, além de consumir mais vinho e destilados.
Em 2014, as marcas da AB InBev representaram 21,1% do mercado global, as da SABMiller ficaram com 15%.
CN/rtr/afp/ap
Dez fatos sobre a cerveja na Alemanha
Que a Alemanha é famosa pela cerveja, ninguém duvida. Mas aqui estão dez coisas que você não sabia sobre a cerveja no país e que todo bebedor deveria saber antes de virar o caneco.
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Lei de pureza é coisa do passado
A Alemanha é pelo menos tão famosa por sua obsessão pelas regras quanto por sua cerveja. O antigo Preceito de Pureza, decretado há quase 500 anos, estipula que a bebida deve conter apenas água, lúpulo, malte e levedura. Mas, ao contrário do que muitos creem, ele já não vigora mais, tendo sido anulado pela União Europeia em 1987. Apesar disso, muitos cervejeiros ainda seguem a receita tradicional.
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Artesanais em alta
Apesar de o Preceito de Pureza (Reinheisgebot) ter caído há quase três décadas, nos últimos anos as cervejas artesanais decolaram. Seu mercado cresceu sobretudo em Berlim, onde parte dos novos cervejeiros são de fora do país. O site Mixology.eu, especializado em bares, publicou em 2014 a lista das suas marcas favoritas: Schoppe Bräu, Heidenpeters, Ale Mania, BrauKunstKeller e Crew Republic.
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Campeões de consumo são outros
Embora a Alemanha produza um terço das 15 mil variedades de cerveja do mundo e ostente 1.500 cervejarias, os alemães não levam a medalha de ouro em termos de consumo. No país, cada um "só" bebe uns 110 litros (de 300 a 320 cervejas) por ano. A campeã mundial de consumo, com 140 a 150 litros per capita, é a República Tcheca – afinal, país da pilsen.
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Preste atenção onde você está
Pode-se pedir cerveja em qualquer bar na Alemanha – mas não qualquer cerveja. Muitos só oferecem a variedade local mais uma pilsen. Se você pedir "Ein Bier, bitte", o garçom não vai perguntar qual tipo, mas sim trazer uma caneca ou copo da cerveja local. Em Munique, será uma hefeweizen ou "helles"; em Colônia, uma kölsch, em Hamburgo, uma Astra, e assim por diante.
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O copo certo
Não é apenas importante pedir a cerveja certa em cada cidade: cada variedade de cerveja tem seu tipo apropriado de recipiente. A kölsch, por exemplo, vem num copo de vidro fino de 200 ml. A hefeweizen se bebe ou numa tulipa de meio-litro, abaulada no alto, ou na caneca tradicional. O copo da pilsen mais parece uma taça de vinho com uma barriguinha de cerveja.
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Cerveja não é igual a cerveja
A maioria das cervejas da Alemanha circula pelos 5% de álcool. Mas cuidado na Baviera: lá, o teor alcoólico de algumas chega a até 6%. Considerando-se que a cerveja bávara é servida em canecas de um litro, em vez dos mais usuais 300 ml, o efeito é ainda maior. E um café da manhã bávaro tradicional não dispensa cerveja.
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Cerveja... e o que quer que seja
Num país que colocou sob decreto os ingredientes da cerveja, pode-se pensar que todos são puristas. Porém mesmo o alemão mais beberrão de vez em quando mistura a sua cerveja com coisas inimagináveis em outros lugares. Cada combinação tem seu nome especial: o "radler" é com soda limonada ou Sprite; há inúmeros apelidos para a cerveja com coca-cola. E uma "russe" é metade hefeweizen, metade Sprite.
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Nem todas são loiras
Adicionar xaropes de diferentes sabores à cerveja é um costume bastante comum na vizinha Polônia, mas praticamente desconhecido na Alemanha – exceto na multicolorida Berlim. Lá se pode pedir uma "berliner weisse": cerveja clara misturada com xarope sabor framboesa ou "waldmeister"(aspérula). A bebida, servida numa taça atarracada, será vermelha ou verde, de acordo com o caso.
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Sem saco de papel
Assim como no Brasil, é comum ver na Alemanha gente bebendo nos trens, grupos de jovens indo para a festa de garrafa na mão, até mesmo idosos festejando o feriado com uma gole. Isso geralmente choca quem vem dos Estados Unidos, por exemplo, onde consumir bebidas alcoólicas em público é ilegal, e os amigos do copo têm que esconder a sua bebida numa sacola de papel pardo...
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Não jogue a garrafa fora
Também famosos por sua consciência ecológica, os alemães são ávidos recicladores. Em geral se paga um depósito por todo casco, como incentivo para que ele seja devolvido, em vez de jogado fora. Como cada garrafa plástica vale 0,25 euro e as de vidro, 0,08 euro, é preciso beber muita cerveja para fazer a viagem de volta até o supermercado valer a pena. Portanto, "prost"!