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Maioria dos alemães aprova resposta do governo à covid-19

3 de setembro de 2020

Estudo mostra que 72% dos entrevistados consideram que Berlim fez um bom trabalho em relação à pandemia. Ao mesmo tempo, 28% dizem que a crise contribuiu para a divisão da sociedade.

Angela Merkel de máscara
Segundo a pesquisa, 68% dos entrevistados se sentem mais orgulhosos da Alemanha hoje do que antes da pandemiaFoto: picture-alliance/AA/A. Hosbas

A grande maioria dos alemães, 72%, considera que o governo alemão agiu de maneira competente ao enfrentar a pandemia de covid-19, revelou um estudo divulgado nesta quarta-feira (02/09). Ao mesmo tempo, 30% dos entrevistados acham que as autoridades estão retratando a crise do coronavírus de uma maneira pior do que ela realmente é.

Conduzido pelo grupo de pesquisa apartidário More in Common, o estudo ouviu 2 mil pessoas em julho na Alemanha e as questionou como vivenciaram "pessoal, política e socialmente" a crise do coronavírus.

O estudo mostrou que a maioria dos alemães tem "orgulho" de como o país lidou com a crise. Segundo a pesquisa, 68% dos entrevistados se sentem mais orgulhosos da Alemanha hoje do que antes da pandemia.

Dos seis países analisados no estudo – Alemanha, Reino Unido, França, Polônia, Itália e Holanda –, os alemães são os mais satisfeitos com as respostas das autoridades diante da crise. Em comparação, 61% dos britânicos e franceses disseram estar decepcionados com a forma como seus governos lidaram com a pandemia.

O estudo aponta ainda que 70% dos alemães consideraram que as medidas impostas por Berlim diante da crise eram "mais democráticas do que antidemocráticas", e 69%, "mais justas do que injustas".

Segundo o estudo, os 30% que disseram que o governo estaria "exagerando na crise para avançar com seus próprios planos" representam um grupo que tem "grande afinidade" com teorias de conspiração.

O estudo também aponta para divisões na sociedade. Atualmente, a Alemanha enfrenta protestos organizados por negacionistas da covid-19, que contestam as medidas impostas para conter a pandemia, como o uso obrigatório de máscaras. Esses atos contam com a participação e são promovidos por facções de extrema direita e neonazistas.

No último sábado, depois que foi dispersado o protesto envolvendo cerca de 38 mil negacionistas em Berlim, centenas de pessoas, grande parte extremista de direita, tentaram invadir o Reichstag, prédio do Parlamento alemão. 

Muitos dos envolvidos portavam roupas e bandeiras associadas ao movimento neonazista Reichsbürger (cidadãos do Reich), que nega a legitimidade do Estado alemão pós-guerra e quer o retorno das fronteiras nacionais de 1937. O episódio provocou protestos de diversos políticos alemães, incluindo a chanceler federal alemã, Angela Merkel.

"Há um risco maior de a sociedade se separar mais do que antes do coronavírus, pois os alemães têm vivenciado e avaliado a crise de forma muito diferente", destacou o More in Common, em nota.

Segundo o estudo, 51% dos alemães disseram que se sentiram sozinhos na crise contra 49% consideram ter recebido apoio suficiente das autoridades. O levantamento mostrou ainda que 21% dos entrevistados consideram que a Alemanha está mais unida do que antes da pandemia, enquanto 28% dizem que a covid-19 dividiu ainda mais o país. Além disso, três quartos acreditam que o coronavírus "mostrou que o país consegue se manter unido numa emergência".

CN/dw/epd

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