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Maioria dos alemães não quer Angela Merkel de volta

26 de novembro de 2022

Quase um ano após a saída da ex-chanceler federal da política, pesquisa mostra que alemães não a querem de volta ao cargo.

Foto de Merkel. Ela usa colar de pedras e roupa azul.
Popularidade de Merkel é maior no leste da AlemanhaFoto: Fabian Sommer/dpa/picture alliance

Uma pesquisa divulgada neste sábado (26/11) mostra que a grande maioria dos alemães não quer que a ex-chanceler Angela Merkelvolte ao cargo. A pesquisa foi realizada pelo Instituto Civey para o Funke Mediengruppe.

Cerca de 71% dos entrevistados disseram que não querem Merkel, do partido União Democrata Cristã (CDU), de volta como chanceler, cargo que ocupou por 16 anos, até dezembro do ano passado.

Merkel melhor que Scholz

Apesar disso, 43% dos entrevistados disseram achar que Merkel fez um trabalho melhor do que o atual chanceler, Olaf Scholz, do Partido Social-Democrata (SPD), que assumiu o cargo em 8 de dezembro de 2021 . Por outro lado, 41% consideram o trabalho de Scholz melhor do que o de Merkel, e 16% se disseram indecisos sobre o assunto.

A popularidade de Merkel é maior no leste da Alemanha (onde a ex-chanceler nasceu) do que no oeste do país. De acordo com a pesquisa, 52% dos entrevistados no leste preferem Merkel a Scholz, enquanto no oeste do país, o índice é de 42%.

O Civey Institute entrevistou um total de 5.003 cidadãos em 24 de novembro.

Scholz assumiu o cargo em dezembro de 2021Foto: Dita Alangkara/dpa/picture alliance

O fim da era Merkel

Angela Merkel deixou o posto de chanceler federal após 16 anos e 16 dias. Com isso, ela se tornou a terceira mais longeva chanceler do país, atrás apenas do seu antigo padrinho político Helmut Kohl, que permaneceu 16 anos e 26 dias, e Otto von Bismarck, o primeiro chanceler do Império Alemão, que ocupou o posto por quase 23 anos. 

Merkel anunciou que não concorreria à reeleição três anos atrás. Ainda que mais enfraquecida no seu quarto e último mandato, ela se tornou a primeira chanceler federal da Alemanha moderna que deixou o poder nos seus próprios termos, e não como resultado de uma derrota eleitoral ou maquinação interna da sua sigla, como havia ocorrido com todos os seus antecessores no período pós-guerra.

O pleito de 2021 marcou a primeira vez na Alemanha moderna que um chanceler no cargo decidiu não concorrer à reeleição.

le (DPA, DW)

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