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Maioria dos europeus defende distribuição de refugiados

16 de fevereiro de 2016

Pesquisa aponta que cidadãos do bloco querem preservar livre circulação entre países-membros e dividir responsabilidade por migrantes. Ao mesmo tempo, maioria teme consequências para sistema de bem-estar social.

Foto: picture-alliance/dpa/S. Hoppe

Um estudo divulgado nesta terça-feira (16/02) indica que a maioria dos europeus é favorável a uma distribuição justa dos refugiados entre os 28 países da União Europeia (UE) e de uma política migratória e de asilo comum aos Estados do continente.

O levantamento realizado pela Fundação Bertelsmann foi divulgado às vésperas da reunião de cúpula da EU, na qual a crise dos refugiados será debatida pelos líderes dos países do bloco.

De acordo com a pesquisa, dos 11,5 mil entrevistados em todos os Estados-membros, apenas 22% acreditam que a política migratória deveria ficar a cargo do próprio país.

A segunda edição da pesquisa "Europinions", que analisou a opinião dos cidadãos da UE sobre as políticas migratórias e de asilo, aponta que 87% dos entrevistados são favoráveis a medidas comuns de segurança das fronteiras externas do bloco.

Segundo o estudo, 79% defendem uma distribuição justa dos refugiados entre todos os Estados-membros da UE, enquanto a mesma porcentagem dos entrevistados deseja que a livre circulação entre os países do bloco seja preservada.

Além disso, 69% acham justo que os países que não aceitarem sua parcela de responsabilidade recebam menos dinheiro dos cofres europeus.

Apesar de os índices de aprovação de políticas de asilo e migratória comuns atingirem números bastante altos, não é possível afirmar que os europeus, de modo geral, vejam positivamente a chegada dos refugiados a seus países.

Nesse ponto, a pesquisa mostra uma divisão maior nas opiniões dos europeus: 50% afirmam que às vezes se sentem como estrangeiros em seu próprio país, e 58% temem consequências negativas para o sistema de bem-estar social.

Além disso, 54% dos cidadãos europeus acreditam que os critérios da UE para a concessão de asilo não devem ser demasiadamente generosos.

Países do leste se contrapõem a Merkel

Antes da reunião de cúpula da UE, marcada para esta quinta e sexta-feira, líderes de países do leste europeu ressaltaram a importância de fazer frente às políticas da chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel.

Os países do chamado grupo Visegrad – Polônia, Hungria, República Tcheca e Eslováquia – alertaram nesta segunda-feira, durante uma reunião em Praga, sobre a possibilidade de fechar a chamada rota dos Bálcãs, na fronteira com a Grécia. A Macedônia também participou da reunião.

Ao jornal alemão Stuttgarter Zeitung, Merkel afirmou que "apenas a Macedônia, que não é membro da UE, pode erguer uma cerca sem se preocupar com as consequências que isso pode acarretar à Grécia – essa não seria uma conduta europeia e não irá resolver nossos problemas".

Os quatro países do grupo Visegrad desejam apoiar a Macedônia e a Bulgária, através do envio das forças armadas, guardas de fronteira e cercas de arame farpado. A Grécia, país que recebeu milhares de refugiados nos últimos meses, não foi convidada a participar do encontro.

RC/dpa/dw

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