Resultado de pesquisa online deve pressionar autoridades da União Europeia a abolir mudança de horário. Muitos cidadãos têm se queixado de dificuldades para dormir, irritação e falta de concentração devido à alteração.
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Mais de 80% dos europeus são a favor de abolir a mudança dos ponteiros dos relógios no verão e no inverno, segundo pesquisa online realizada na União Europeia (UE) e divulgada por fontes da instituição nesta quarta-feira (29/08).
Cerca de 4,6 milhões de pessoas participaram da pesquisa, realizada entre 4 de julho e 26 de agosto. Três milhões dos entrevistados eram da Alemanha. A Comissão Europeia apresentará oficialmente os resultados nesta quinta-feira e ainda não quis comentá-los. No entanto, o jornal alemão Westfalenpost divulgou os resultados citando fontes de Bruxelas.
O horário de verão em sua forma atual foi introduzido na Alemanha em 1980 – e muito antes em alguns outros Estados-membros da UE – com a finalidade de economizar eletricidade. A mudança foi regulada uniformemente em todo o bloco em 2002. Todos os anos, os países-membros da UE adiantam os relógios uma hora no último domingo de março e voltam no último domingo de outubro.
Em fevereiro, o Parlamento da União Europeia pediu uma revisão do modelo atual afirmando que o horário de verão pode ter "consequência negativas para a saúde humana".
O eurodeputado alemão Peter Liese disse ao Westfalenpost que a Comissão Europeia deve tomar medidas concretas para reconsiderar a mudança de horário. "Se o resultado da pesquisa for claro, os órgãos europeus não devem ignorá-lo", disse.
Liese afirmou ainda que conta com uma proposta rápida da Comissão Europeia até o final deste verão (no Hemisfério Norte). "Assim, a lei poderia ser aprovada antes das eleições para o Parlamento Europeu em maio do ano que vem", argumentou.
Aqueles contra a mudança de horários argumentam que o horário de verão não atingiu seu propósito. A Comissão Europeia determinou que a economia de energia como resultado de mudanças de horário tem sido mínima.
Ao mesmo tempo, muitos cidadãos do bloco têm se queixado de alterações em seu biorritmo, incluindo dificuldade para dormir, irritação e falta de concentração.
Embora uma pequena cidade no Canadá tenha experimentado pela primeira vez com as mudanças sazonais do relógio em 1908, a Alemanha foi a primeira a introduzi-la nacionalmente, no auge da Primeira Guerra, em 1916. A medida foi abolida depois da guerra, apenas para ser reintroduzida durante a Segunda Guerra.
Após o conflito mundial, a Alemanha Oriental usou o chamado horário de verão duplo (Daylight Saving Time, DST), adiantando seus relógios em duas horas, em vez de uma. O raciocínio era sincronizar os relógios alemães com a hora local de Moscou. Embora controversa, a medida é usada na Alemanha desde 1980.
Muitos países no mundo não usam o sistema do DST. Dentro da UE, a Islândia não muda seu relógio, enquanto na Ásia o DST não é aplicado por países como China, Japão, Coreia do Sul, Taiwan e Índia, por exemplo. No Brasil, o DST, ou horário de verão, é adotado sem interrupções desde 1985.
PV/dpa/afp
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Na era dos smartphones, os relógios de rua perderam a importância de informar as horas – mas muitos deles permanecerão belos para sempre. Em algumas cidades europeias, vale a pena dar uma olhada para cima.
Foto: picture-alliance/Photoshot
Big Ben, Londres
A torre de relógio mais famosa da Europa fica em Londres. Big Ben (abreviatura de "Grande Benjamin", em inglês) é apenas o apelido da torre, que na verdade se chama Elizabeth Tower. Big Ben indica apenas o maior e mais pesado dos cinco sinos. A "voz do Reino Unido" badala a cada hora. Nos próximos anos, no entanto, ela deve permanecer em silêncio, porque a torre está sendo restaurada.
Foto: picture-alliance/dpa/PA Wire/V. Jones
Orloj, Praga
O Orloj, relógio astronômico da antiga prefeitura de Praga, data de 1410 e é uma obra-prima da tecnologia medieval. Diz a lenda que, depois de pronto, os olhos de seus construtores foram perfurados para que o relógio permanecesse único no mundo. Durante os próximos meses, porém, os visitantes perderão o famoso show de marionetes dos doze apóstolos, pois o Orloj também está sendo restaurado.
Foto: picture-alliance/chromorange/Bilderbox
Zytglogge, Berna
Quando se trata de relógios, os suíços não podem ficar de fora. Nenhum outro país é tão conhecido pela qualidade desse produto. É o que também comprova o ponto turístico mais conhecido de Berna: a torre do Zytglogge, ou "relógio do tempo". Ali, galos, bobos da corte e ursos dançantes divertem os passantes desde 1530. A torre propriamente dita é ainda mais antiga, tendo servido também como prisão.
Foto: picture-alliance/dpa/Sputnik/A. Filippov
Relógio astronômico, Estrasburgo
Este relógio na Catedral de Estrasburgo também foi construído por relojoeiros suíços, originalmente em 1352. Foi remontado em 1547 e restaurado em 1843. Ao meio-dia vê-se o cortejo de apóstolos, e às 12h30 quatro personagens começam a se mover. Eles passam pela figura da morte, que faz soar um sino de prata, marcando o quarto de hora e as quatro fases da vida: criança, jovem, adulto e idoso.
Foto: picture-alliance/Arco Images GmbH/G. Lenz
Relógio mundial, Berlim
O "Weltzeituhr" ou "relógio mundial" da Alexanderplatz é mais recente. Foi construído na época da Alemanha Oriental pelo designer industrial Erich John e apresentado ao público em 1969. Desde então, tem sido um popular ponto de encontro de berlinenses e turistas. No topo, encontra-se uma maquete simplificada do sistema solar. No cilindro abaixo, é possível ler a hora nos 24 fusos da Terra.
No prédio do Europa Center, em Berlim, encontra-se um relógio menos conhecido, mas não menos interessante. O cronômetro de 13 metros de altura, do ano de 1982, se estende por três andares. Aqui se pode ver como o tempo flui. O nível de líquido verde nas grandes esferas à esquerda indica as horas; nas pequenas bolas à direita, podem ser lidos os minutos.
Foto: picture-alliance/Eibner-Pressefoto
Carrilhão da prefeitura, Munique
Duas ou três vezes por dia, as personagens do carrilhão na prefeitura de Munique fazem sua grande apresentação. As figuras em tamanho real representam dois eventos da história da capital da Baviera: o casamento do duque Guilherme 5°, em 1568, e a dança dos "Fassmacher" (fabricantes de barris) após uma severa epidemia de peste. Apesar de histórico, o carrilhão é operado com energia solar.
Foto: picture-alliance/dpa/A. Warmuth
O maior cuco do mundo, Triberg
Os relógios de cuco são embaixadores da Floresta Negra, no sul da Alemanha. Não é de se admirar que o maior relógio cuco do mundo possa ser encontrado ali. E na cidade de Triberg. Só o mecanismo do relógio pesa seis toneladas! O cuco também não deixa a desejar – a cada meia hora, o pássaro de madeira de 4,5 metros de altura canta de sua janela no primeiro andar.
Foto: Stadtverwaltung Triberg
Relógio Ankeruhr, Viena
O relógio mais famoso de Viena adorna uma pequena ponte entre as duas alas do edifício Ankerhof na praça Hohe Markt. O relógio foi projetado pelo pintor Franz Matsch. Ao longo de 12 horas, atravessam a ponte doze figuras de cobre da história de Viena. Ao meio-dia, todos os personagens desfilam com acompanhamento musical – incluindo a imperatriz Maria Teresa e o compositor Joseph von Haydn.
A torre do relógio de Graz também ganhou fama. Situado na montanha do castelo (Schlossberg), ele pode ser visto de longe e é um dos cartões-postais da capital austríaca. A particularidade: aqui os ponteiros das horas e dos minutos estão trocados. Porque, originalmente, havia apenas um grande ponteiro para as horas. Mais tarde, foi adicionado um ponteiro menor para os minutos.
Foto: picture-alliance/dpa/Votava
Torre dell'orologio, Veneza
O relógio astronômico na Praça de São Marcos mostra não apenas as horas, mas também o atual signo do zodíaco e as fases lunar e solar. Até a última restauração, em 1998, o "Temperatore" – relojoeiro e vigia da torre – morava com a sua família no edifício. Desde 2006, o relógio passou a ser monitorado digitalmente.
Foto: picture-alliance/dpa/A. Engelhardt
Casa da Magia, Blois
Embora não se trate de um relógio propriamente dito, estas cabeças de dragão são muito pontuais. Elas aparecem nas janelas a cada meia hora e se movimentam assustadoramente. Atrás da fachada há um museu dedicado à história da magia. Pois, nesta casa, nasceu o famoso mágico francês Jean Eugène Robert-Houdin (1805-1871).