Mais de 3 mil grávidas infectadas com zika na Colômbia
6 de fevereiro de 2016
Ao todo, há 25.645 pessoas infectadas com o vírus, entre as quais 3.177 grávidas. Presidente colombiano projeta 600 mil infecções. Até então, porém, não existe registro de casos de microcefalia ligados ao zika no país.
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Mais de 3.100 colombianas grávidas estão infectadas com o vírus zika, comunicou o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, neste sábado (06/02), no momento em que a doença continua sua rápida expansão na América Latina.
O vírus tem sido associado ao nascimento de bebês com microcefalia e a casos de Síndrome de Guillain-Barré. Ainda na existe vacina ou tratamento contra a infecção.
Ao todo, há 25.645 pessoas infectadas com o vírus zika na Colômbia, entre as quais 3.177 mulheres grávidas, afirmou Santos durante pronunciamento transmitido em rede nacional ao lado de autoridades de saúde. Segundo Santos, não existe até agora registro de qualquer caso de microcefalia ligado ao zika no país.
"A projeção é que podemos acabar tendo 600 mil casos", disse Santos, acrescentando que poderia haver até mil casos da Síndrome de Guillain-Barré, uma condição rara e grave que pode causar paralisia e que alguns governos têm relacionado à infecção por zika.
O governo está trabalhando em todo o país para combater os mosquitos transmissores com fumigação e ajudando as famílias a livrar suas casas de água estagnada, acrescentou o presidente.
O ministro da Saúde da Colômbia, Alejandro Gaviria, afirmou ainda acreditar que três mortes estão relacionadas ao vírus zika.
A província de Norte de Santander registrou cerca de 5 mil casos do vírus zika, mas do que qualquer outro país, segundo um boletim epidemiológico do Instituto Nacional de Saúde. Norte de Santander, localizado ao longo da fronteira com a Venezuela, registrou também o maior número de mulheres grávidas com zika – quase 31% do total dos casos.
Segundo o mesmo boletim, a região caribenha do país, que inclui os populares destinos turísticos de Cartagena e Santa Marta, registrou mais de 11 mil casos do vírus zika.
O governo colombiano comunicou que as mulheres grávidas infectadas com o zika são elegíveis para acessarem o bastante restrito serviço de aborto. Na sexta-feira, a ONU havia defendido que países latino-americanos autorizem o direito ao aborto em casos de infecção em gestantes – tema delicado na América Latina, onde a Igreja Católica e igrejas neopentecostais têm forte influência.
O governo colombiano recomendou também que as mulheres adiem a gravidez por seis a oito meses. Casos não notificados e os pacientes sem sintomas da infecção podem significar que há entre 80 mil e 100 mil infectados por zika atualmente na Colômbia, de acordo com o governo.
Estima-se que 80% das pessoas infectadas com o vírus zika não apresentam sintomas, como dores no corpo, febre amena e erupções cutâneas. No começo do mês, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou estado de emergência internacional por microcefalia.
PV/lusa/rtr
Os 10 vírus mais perigosos do mundo
Embora a covid-19 seja muito contagiosa, sua taxa de mortalidade é relativamente baixa em comparação com esses dez vírus.
Foto: picture-alliance/dpa
Vírus de Marburg
O vírus mais perigoso do mundo é o Marburg. Ele leva o nome de uma pequena cidade alemã às margens do rio Lahn, onde o vírus foi documentado pela primeira vez. O Marburg provoca febre hemorrágica e, assim como o ebola, causa convulsões e sangramentos das mucosas, da pele e dos órgãos. A taxa de mortalidade do vírus chega a 88%.
Foto: Bernhard-Nocht-Institut
Ebola
O vírus do ebola foi descoberto em 1976 na República Democrática do Congo por uma equipe de pesquisadores belgas. A doença foi batizada com o nome do rio que passa pelo vilarejo onde ela foi identificada pela primeira vez. Ele pode ocorrer em cinco cepas distintas, denominadas de acordo com países e regiões na África: Zaire, Sudão, Bundibugyo, Reston, Floresta de Tai. A cepa Zaire é a mais fatal.
Foto: Reuters
Hantavírus
O hantavírus descreve uma ampla variedade de vírus. Assim como o ebola, ele também leva o nome de um rio – neste caso, onde soldados americanos foram os primeiros a se infectarem com a doença durante a Guerra da Coreia, em 1950. Os sinais são doenças pulmonares, febre e insuficiência renal.
Foto: REUTERS
Gripe aviária
Com uma taxa de mortalidade de 70%, o agente causador da gripe aviária espalhou medo durante meses. Mas o risco real de alguém se infectar com o vírus H5NI é muito baixo. Os seres humanos podem ser contaminados somente através do contato muito próximo com as aves. Por esse motivo, a maioria dos casos ocorre na Ásia, onde pessoas e galinhas às vezes vivem juntas em espaço pequeno.
Foto: AP
Febre de Lassa
Uma enfermeira na Nigéria foi a primeira pessoa a se infectar com o vírus Lassa. A doença é transmitida aos humanos através do contato com excrementos de roedores. A febre de Lassa ocorre de forma endêmica na África Ocidental, como é o caso, atualmente, mais uma vez na Nigéria. Pesquisadores acreditam que 15% dos roedores dali sejam portadores do vírus.
Foto: picture-alliance/dpa
Junin
O vírus Junin é associado à febre hemorrágica argentina. As pessoas infectadas apresentam inflamações nos tecidos, hemorragia e sépsis, uma inflamação geral do organismo. O problema é que os sintomas parecem ser tão comuns que a doença raramente é detectada ou identificada à primeira vista.
Crimeia-Congo
O vírus da febre hemorrágica Crimeia-Congo é transmitido por carrapatos. Ele é semelhante ao ebola e ao Marburg na forma como se desenvolve. Durante os primeiros dias de infecção, os doentes apresentam sangramentos na face, na boca e na faringe.
Foto: picture-alliance/dpa
Machupo
O vírus Machupo está associado à febre hemorrágica boliviana. A infecção causa febre alta, acompanhada de fortes sangramentos. Ele desenvolve-se de maneira semelhante ao vírus Junin. O Machupo pode ser transmitido de humano para humano, e é encontrado com frequência em roedores.
Foto: picture-alliance/dpa/Marks
Doença da floresta de Kyasanur
Cientistas descobriram o vírus da floresta de Kyasanur na costa sudoeste da Índia em 1955. Ele é transmitido por carrapatos, mas supõe-se que ratos, aves e suínos também possam ser hospedeiros. As pessoas infectadas apresentam febre alta, fortes dores de cabeça e musculares, que podem causar hemorragias.
Dengue
A dengue é uma ameaça constante. Transmitida pelo mosquito aedes aegypti, a doença afeta entre 50 e 100 milhões de pessoas por ano em todo o mundo. O vírus representa um problema para os dois bilhões de habitantes que vivem nas áreas ameaçadas, como Tailândia, Índia e Brasil.