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Mais de um milhão de britânicos rejeitam visita de Trump

30 de janeiro de 2017

Abaixo-assinado pede que Reino Unido cancele encontro entre presidente americano e rainha Elizabeth 2ª. Assinaturas foram colhidas em poucas horas, depois de Trump ordenar veto a cidadãos de países muçulmanos.

Bandeiras dos EUA e do Reino Unido
Foto: Getty Images/M. Lloyd

Um abaixo-assinado que pede o cancelamento de uma planejada visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Reino Unido superou a marca de um milhão de assinaturas nesta segunda-feira (30/01).

"Trump não deveria ser convidado para uma visita de Estado oficial, porque isso causaria constrangimento à rainha", diz o documento. "A misogonia e vulgaridade de Donald Trump o desqualificam para ser recebido pela monarca", prossegue o texto.

O abaixo-assinado será debatido no Parlamento britânico por ter ultrapassado a marca de 100 mil assinaturas. O número foi alcançado em poucas horas no fim de semana, repercutindo um veto temporário a cidadãos de sete países de maioria muçulmana assinado por Trump na sexta-feira. Petições parlamentares podem ser assinadas por qualquer pessoa com residência no Reino Unido.

Partidos da oposição britânica também pediram que o governo britânico não receba o líder americano. A Anistia Internacional convocou para esta segunda-feira manifestações contra a política migratória de Trump em nove cidades do Reino Unido, incluindo Londres, Manchester e Liverpool.

"Aliado importante"

Durante reunião com o presidente americano em Washington na última sexta-feira, a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, convidou Trump para visitar Londres até o fim deste ano e ser recebido pela rainha Elizabeth 2ª.

Apesar das críticas da população, um porta-voz do governo de May disse que o convite foi "feito e aceito" por Trump e que não será cancelado.

Segundo fontes do governo britânico, cancelar a visita seria um "gesto populista". Os Estados Unidos são um "aliado importante" e é preciso "pensar a longo prazo", disseram.

Entre os assuntos discutidos por Trump e May na Casa Brasca esteve a negociação de um acordo comercial depois que o Reino Unido deixar a União Europeia. 

No mesmo dia, Trump vetou a entrada nos EUA e concessão de vistos para cidadãos com passaportes da Líbia, Sudão, Iraque, Somália, Síria, Iêmen e Irã por um período de 90 dias. Além disso, o republicano suspendeu a entrada de refugiados nos Estados Unidos por 120 dias.

KG/afp/efe/lusa

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