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Manifestações em todo o mundo pedem libertação de ativistas do Greenpeace

5 de outubro de 2013

Simpatizantes da organização fizeram protestos o redor do mundo pedindo que Moscou liberte ambientalistas presos após ação contra exploração de petróleo no Ártico. Holanda lançou ação judicial contra Moscou.

Foto: picture-alliance/dpa

Simpatizantes do Greenpeace de todo o mundo reivindicaram a libertação dos 30 ativistas detidos na Rússia, neste sábado (05/10). Manifestações transcorreram em 48 países, de acordo com estimativas da organização ambientalista. Moscou desencadeou onda internacional de protestos por deter, em 19 de setembro, e ameaçar com pena rigorosa a tripulação do navio quebra-gelo Arctic Sunrise, do Greenpeace.

Da Oceânia à América

O início do dia internacional de protesto foi na Nova Zelândia. Em Hong Kong, centenas pediram a libertação dos militantes. Um pequeno grupo de ativistas se reuniu no Parque Gorky, em Moscou, portando fotos dos ativistas presos.

Na Alemanha, ocorreram protestos em 45 cidades, segundo um porta-voz dos ambientalistas. Na capital Berlim, manifestantes se reuniram ao Portão de Brandemburgo. Em Londres, cerca de mil pessoas se reuniram diante da embaixada russa, num protesto de duas horas que contou com a participação de celebridades como o ator Jude Law, o músico Paul Simon, o baixista da banda punk The Clash e o vocalista do grupo Blur, Damon Albarn.

Ministra australiana do Exterior, Julie Bishop quer julgamento justoFoto: Emanuel Dunand/AFP/Getty Images

Em Paris, uma faixa gigante amarela, pedindo liberdade aos ativistas presos na Rússia, foi baixada por um guindaste e presa no braço de uma grande estátua no centro da Place de la Republique. Cerca de 3 mil ativistas assistiram a ação. Outros mil simpatizantes do Greenpeace, alguns vestidos de piratas, se reuniram fora da representação diplomática russa em Haia, Holanda.

Também em São Paulo cerca de 100 ativistas da ONG se reuniram, exigindo em especial a libertação da bióloga brasileira Ana Paula Alminhana Maciel, que se encontra entre os ambientalistas presos. O comício final foi agendado para ocorrer em Washington.

Até 15 anos de prisão

A Justiça russa mantém sob custódia 30 ambientalistas de 18 países, após uma ação de protesto contra exploração de petróleo. Eles são acusados de "pirataria". Em 19 de setembro, o navio do grupo se aproximou de uma plataforma russa no Ártico, para chamar a atenção para os riscos ambientais da extração de petróleo na área.

Os ativistas podem ser condenados a até 15 anos de prisão. O barco quebra-gelo em que se encontravam navegava sob bandeira holandesa.

Moscou minimizou a crescente pressão internacional, alegando que os eventos em torno do Arctic Sunrise são "pura provocação". O vice-ministro do Exterior russo, Alexei Meshkov, afirmou que seu país enviou à Holanda "nos últimos seis meses, uma série de pedidos para que proibisse as ações do navio".

Ação judicial da Holanda

O governo holandês anunciou na sexta-feira uma ação judicial contra a Rússia. O ministro do Exterior Frans Timmermans afirmou, em carta a deputados em Haia, que a captura do quebra-gelo do Greenpeace é "ilegal" e que a tripulação tem que ser libertada.

Timmermans escreveu que prefere uma "solução diplomática", mas que "se não houver progresso suficiente nas próximas duas semanas", poderá ir ao Tribunal Internacional de Direito Marítimo, instância da ONU sediada em Hamburgo, Alemanha.

Ministro Frans Timmermans: Holanda pode mover ação contra MoscouFoto: Nicholas Kamm/AFP/Getty Images

Enquanto o Departamento de Estado dos EUA afirmou que observa o incidente "muito atentamente", a Austrália exigiu uma investigação sobre a detenção dos ativistas. A ministra do Exterior australiana Julie Bishop declarou, após conversar com um representante do governo russo num encontro de cúpula em Bali, que seu governo quer saber se a acusação de pirataria "muito grave" contra os ambientalistas é mesmo adequada ao caso. Ela afirmou ter pedido a Moscou um "julgamento justo".

MD/afp/lusa/dpa/rtr

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