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Revolta árabe

18 de fevereiro de 2011

Milhares acompanham funeral de manifestantes mortos no Barein. População do Cairo se reúne na Praça Tahir para celebrar a primeira semana sem Mubarak. Novos confrontos deixam ao menos três mortos no Iêmen.

Funeral num vilarejo xiita no Barein nesta sexta-feiraFoto: dapd

Milhares de pessoas saíram às ruas em diversos países do mundo árabe nesta sexta-feira (18/02), em mais um dia de manifestações a favor de reformas políticas e mais democracia.

No Barein, os funerais de quatro manifestantes mortos pela polícia no dia anterior foram acompanhados por parentes das vítimas e por milhares de ativistas, que gritaram palavras de ordem contra o governo da minoria sunita.

Dois dos manifestantes foram sepultados no vilarejo de Sirta, nos arredores da capital Manama. Segundo líderes oposicionistas, um terceiro funeral aconteceu também em Sirta e um quarto, num outro vilarejo xiita.

Durante um sermão, um líder religioso xiita qualificou de massacre o ataque policial contra os manifestantes. Segundo ele, a polícia agiu com a intenção de matar e não para expulsar as pessoas que ocupavam a praça central de Manama.

Em Manama houve também uma manifestação a favor do governo. Cerca de 15 mil apoiadores do rei Hamad Bin Isa Al Khalifa se reuniram nesta sexta-feira para demonstrar fidelidade à família real.

Multidão ocupa a praça Tahrir, no Cairo, para celebrar a primeira semana de queda do regimeFoto: AP

Iêmen

Ao menos três pessoas morreram durante os protestos realizados nesta sexta-feira em diversas cidades do Iêmen. Milhares de oposicionistas se reuniram na praça central da cidade de Taiz, cerca de 200 quilômetros ao sul da capital Sanaa. Em outro ponto da cidade, cerca de 10 mil apoiadores do governo também se reuniram nesta sexta-feira.

Em Taiz, a explosão de uma granada matou uma pessoa e feriu várias outras. Desconhecidos que estavam num carro teriam jogado a granada contra os oposicionistas, afirmaram testemunhas. Outra pessoa morreu em Aden, quando a polícia tentava dispersar os manifestantes.

Os oposicionistas iemenitas tentam derrubar o governo autocrático do presidente Ali Abdullah Saleh, que está há 32 anos no poder. Desde o início dos protestos, Saleh já anunciou concessões. Ele renunciou a uma nova candidatura após o fim do seu mandato, em 2013, e também disse que seu filho não concorrerá nas eleições.

Egito

No Cairo, mais de um milhão de pessoas se reuniram para uma manifestação pacífica na praça Tahrir, palco dos protestos que levaram à queda do regime do ex-presidente Hosni Mubarak.

O protesto comemorou a primeira semana do fim do governo Mubarak e serviu de alerta para o governo militar que comanda interinamente o país. "Queremos manter a pressão sobre os militares", declarou um participante à agência de notícias DPA. Também os 365 civis mortos durante as manifestações foram lembrados pelos participantes.

Jordânia

Confrontos entre opositores e apoiadores do governo jordaniano deixaram ao menos dez feridos nesta sexta-feira na capital, Amã. Segundo testemunhas, a polícia não interferiu. Centenas de fiéis protestaram contra o governo ao saírem de uma mesquita. Eles foram agredidos por apoiadores do rei Abdullah 2º.

O rei havia destituído o governo do primeiro-ministro Samir Rifai, após oposionistas protestarem durante várias semanas contra o governo e a favor de reformas.

Omã

Também no sultanato de Omã houve protestos nesta sexta-feira. Mais de 800 pessoas participaram de uma manifestação pacífica na capital, Mascate. Elas pediram mais liberdade e mais poderes para o Parlamento, além de protestar contra a corrupção.

A polícia impediu os manifestantes de avançar para a principal via da capital. Não houve registros de confrontos.

AS/rtr/dpa/afp/ap
Revisão: Roselaine Wandscheer

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