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Manifestantes fazem ato contra Bolsonaro em Berlim

3 de julho de 2021

Protesto ocorre diante do emblemático Portão de Brandemburgo. Capital alemã é uma entre várias cidades europeias a registrar atos contra o presidente.

Demo in Berlin gegen den brasilianischen Präsident Jair Bolsonaro.
Foto: Isadora Pamplona/DW

O emblemático Portão de Brandemburgo foi palco neste sábado (03/07) de mais um ato contra o governo Jair Bolsonaro em Berlim.

Dezenas de manifestantes levaram cartazes pedindo o impeachment do presidente, fizeram críticas à gestão da pandemia pelo atual governo e denunciaram a violência contra os povos indígenas.

Cartazes lembraram também Marielle Franco, vereadora carioca assassinada, e o escândalo envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin. Os manifestantes também criticaram os militares por apoiarem o governo Bolsonaro.

Manifestantes em BerlimFoto: Isadora Pamplona/DW

É a terceira vez que a capital alemã registra um protesto contra Bolsonaro desde que, no fim de maio, os movimentos opositores decidiram voltar às ruas contra o atual governo no Brasil.

Além de Berlim, outras cidades alemãs, como Freiburg, tiveram atos contra Bolsonaro.

Manifestantes durante o protesto contra Bolsonaro na cidade alemã de FreiburgFoto: Coletivo Brasil-Alemanha pela Democracia

Ao longo do sábado, foram realizados protestos em várias cidades europeias, como Dublin, Londres, Coimbra e Viena, em apoio às manifestações nacionais convocadas por movimentos opositores. 

 

Protesto em Londres contra BolsonaroFoto: Hasan Esen/AA/picture alliance

A mobilização nacional é a terceira da série que oposicionistas têm realizado desde 29 de maio,  após um longo período de receio de organizar atos presenciais durante a pandemia. Nessa mesma data, o país superou a marca de 500 mil mortos por covid-19.

A nova rodada protestos estava  agendada  para o dia 24 de julho, mas foi adiantada  devido ao estouro de escândalos de corrupção na compra da  vacina indiana Covaxin, que envolve Bolsonaro e o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), e à acusação de pedido de propina por um então diretor do Ministério da Saúde em uma  oferta suspeita de venda de doses  da AstraZeneca.