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Ao sabor das marés

3 de setembro de 2011

Situado ao norte da Alemanha e da Holanda, entre as ilhas frísias e o Mar do Norte, o Mar Frísio atrai milhões de turistas. Para caminhar até uma ilha ou chegar de barco até outra, é preciso acompanhar o fluxo das águas.

Quando a maré baixa, é possível caminhar entre as ilhas

O Mar Frísio atrai até 10 milhões de turistas a cada ano. Formado por planícies marítimas e zonas úmidas, o mar chega a 40 quilômetros de extensão. O curioso ali são suas praias intermitentes, que o fluxo das marés inunda a cada seis horas.

As terras alagadas e zonas entremarés desse mar ao norte da Alemanha e da Holanda – com seus riachos, bancos de areia e pântanos – servem de habitat para vermes, moluscos, caranguejos e diversas espécies de aves. Trata-se de um dos maiores ecossistemas do tipo no mundo. Em 2009, o Parque Nacional do Mar Frísio e as áreas de conservação adjacentes foram reconhecidos pela Unesco como Patrimônio da Humanidade.



Ilhas Frísias

Ao pisar as Ilhas Frísias Orientais, os turistas aprendem imediatamente uma importante lição: vale a pena investir algum tempo para entrar em sintonia com o ritmo da natureza.

Juist é uma das sete Ilhas Frísias, à qual só é possível chegar quando a maré está alta. Esse é o único período em que a balsa consegue atracar no porto da ilhota. Não há carros por ali e carroças puxadas por cavalos são o principal meio de transporte local.

Para os esportistas, é fácil explorar de bicicleta a ilha comprida e estreita, com 17 quilômetros de extensão e, em alguns pontos, apenas 500 metros de largura. Ao atravessar as dunas, os ciclistas chegam ao Hammersee, o único lago de água doce nas ilhas do Mar do Norte.

A ilha é popular entre as famílias e aqueles que querem relaxar em um lugar tranquilo, mesmo nos meses de verão. Muitos dizem que a longa praia de Juist é a mais bela faixa de areia do mundo.

Zonas entremarés

Uma caminhada guiada em meio à natureza é parte indispensável de uma visita ao Patrimônio da Humanidade. O trajeto entre as ilhotas Hooge e Hallig Norderoog, por exemplo, só é possível durante algumas horas do dia, quando a maré está baixa.

A pesca também e regulada pelo fluxo das águas. "Só se pode pescar quando a maré está subindo ou descendo, e a água está circulando", diz um morador.

Uma visita ao Mar Frísio revela, ainda, faces desconhecidas da vida marítima, permitindo observar de perto a fauna de áreas que, periodicamente, viram fundo do mar. Este é o caso dos berbigões – um tipo de molusco –, que ficam enterrados na areia e vivem em média nove anos.

A parte norte do Mar Frísio abrange 4 mil quilômetros quadrados. É impossível conhecer toda a área durante uma única visita, mas alguns pontos são imperdíveis.

Um deles é o Museu Multimar Wattforum, em Tönning, que fornece um panorama sobre o Patrimônio da Humanidade, incluindo os tesouros do Mar do Norte e o ecossistema das zonas entremarés. Além disso, o museu dispõe de um enorme aquário, onde se pode observar de perto criaturas marítimas e os cardumes de peixes que são alimentados por um mergulhador.

Frísia do Norte

No distrito da Frísia do Norte, Sankt Peter Ording é um local muito frequentado pelos amantes do sol e do esporte, que encontram espaço de sobra na praia local, com 12 quilômetros de largura e dois quilômetros de extensão.

O município também é conhecido por seus pântanos, que servem de ponto de repouso para aves e de habitat para plantas de água salgada.

Por fim, as três ilhas frísias situadas mais ao norte, Sylt, Föhr e Amrum, são o destino perfeito para quem gosta de praia e de passear em meio a belas paisagens costeiras.

LPF/dw
Revisão: Augusto Valente

Sankt-Peter-Ording atrai amantes do sol e do esporte
Só é possível chegar à ilha Juist quando a maré esta altaFoto: picture-alliance / Bildagentur Huber
Em Juist, as carroças são o principal meio de transporte
Parque Nacional Hamburgisches WattenmeerFoto: picture alliance/dpa
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