1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Maratona de reuniões entre autoridades europeias define futuro do Chipre

24 de março de 2013

Presidente Nikos Anastasiades discute a concessão da ajuda financeira ao país, a fim de evitar o colapso do sistema bancário. Banco Central cipriota impõe limite de 100 euros para saques em caixas eletrônicos.

Foto: AFP/Getty Images

O presidente cipriota, Nikos Anastasiades, e o ministro das Finanças do país, Michalis Sarris, viajaram a Bruxelas neste domingo (24/03) para participar de reuniões com autoridades europeias e, juntos, tentarem encontrar uma saída para evitar o colapso do sistema bancário do Chipre. Eles discutem as condições do plano alternativo que o país deverá apresentar à União Europeia (UE) para receber a ajuda financeira.

Ao longo do dia, Anastasiades encontrou-se com os presidentes da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e do Conselho Europeu, Herman van Rompuy. Ele também teve encontros com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, com o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mário Draghi, e com o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, antes de se reunir com os ministros de Finanças da zona do euro.

Segundo o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, os ministros europeus estão dispostos a conceder o empréstimo de 10 bilhões de euros ao Chipre. Porém, as condições do plano alternativo de Anastasiades devem corresponder às que foram negociadas na semana passada, disse Schäuble.

Na terça-feira passada, o Parlamento do Chipre rejeitou o pacote de resgate europeu, por ser contrário às condições impostas pela UE e pelo FMI. Após essa rejeição, o BCE deu um ultimato ao país – um plano alternativo precisa ser apresentado até segunda-feira (25/03). Caso contrário, a instituição suspenderá a assistência emergencial de liquidez aos bancos cipriotas.

Limite de saque

O novo plano proposto pelo governo de Nicósia ainda precisará ser ratificado pelo Eurogrupo. Uma das condições para a liberação do empréstimo é a criação, pelo governo do Chipre, de um fundo com 5,8 bilhões de euros para a recapitalização de suas instituições bancárias. Sem essa ajuda, os bancos cipriotas podem quebrar. Caso isso aconteça, é possível que o Chipre seja obrigado a deixar a zona do euro.

Neste domingo, o Banco Central do Chipre impôs aos correntistas dos dois maiores bancos do país um limite de saque de 100 euros por dia nos caixas eletrônicos. A medida passa a valer na madrugada de segunda e deve permanecer até a reabertura dos bancos, programada para a próxima terça-feira, ou até a confirmação da liberação do empréstimo da UE.

CN/ap/rtr/dpa
Edição: Mariana Santos

Pular a seção Mais sobre este assunto