Marinha no centro das ambições geopolíticas da China
Rodion Ebbighausen rk
25 de julho de 2017
Pela primeira vez, navios chineses participam de manobras militares no Mar Báltico. Para especialistas, expansão das forças marítimas desempenha papel-chave na busca de Pequim por maior influência internacional.
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Não existe potência mundial sem uma marinha poderosa. Esta é a perspectiva sob a qual se pode encarar a participação de três navios de guerra chineses em manobras militares conjuntas com a Rússia no Mar Báltico. Apesar de realizarem exercícios juntos há vários anos, é a primeira vez que as manobras acontecem na área, cujos litorais incluem países como Estônia, Lituânia, Letônia e Polônia – países que expressaram preocupação sobre a expansão da Rússia após a anexação da Crimeia.
Segundo dados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), um destróier, uma fragata e um navio de abastecimento do Exército de Libertação Popular da China atracaram no porto do enclave russo de Kaliningrado na última sexta-feira (21/07). Até esta quinta-feira, as embarcações participam da manobra conhecida como "cooperação marítima 2017", num esforço de, entre outros, aprofundar as relações diplomáticas sino-russas.
Nos últimos anos, a Rússia adotou uma robusta política externa tanto em relação à União Europeia quanto em relação à Otan, como mostram os conflitos na Ucrâniae também na Síria. Com os exercícios, Moscou quer demonstrar força nos locais onde há maior preocupação com mais uma expansão russa: diante do litoral do Báltico, da Polônia e da Finlândia.
O papel chinês nesse conflito entre Oriente e Ocidente, que envolve sobretudo potências europeias, pode ser explicado com base nas ambições geopolíticas da República Popular. Desde que Xi Jinping se tornou presidente da China, em 2013, o país busca maior influência no plano internacional.
Objetivos estratégicos da China
Para alcançar essa meta, a marinha desempenha um papel-chave. As forças armadas que executam guerras no mar são um instrumento decisivo para medir a influência geopolítica de um país especialmente desde 1890, quando foi publicado o livro A influência do poder marinho na História, de Alfred Thayer Mahan, antigo oficial da marinha dos EUA.
Mahan defendia a visão de que a dominação dos mares e do comércio marítimo têm influência fundamental sobre o desenvolvimento político, militar e econômico de uma nação. O controle de gargalos estratégicos – a exemplo do Estreito de Malaca, a principal passagem marítima entre o Oceano Índico e o Oceano Pacífico e por onde são transportados até 25% do comércio mundial – é crucial para desenvolver esse tipo de poder.
Em 2015, a China publicou um white paper (papel branco, ou conjunto de diretrizes formais) onde destacou o significado especial da Marinha para o futuro do país. "É necessário que a China desenvolva forças armadas marítimas que se alinhem com os interesses nacionais de segurança e de desenvolvimento do país".
Num estudo para o Congresso americano, o especialista em questões relacionadas à Marinha Ronald O'Rourke se baseou no white paper chinês, assim como em outras publicações do Exército de Libertação Popular (ELP). Ele resumiu os seguintes objetivos estratégicos da Marinha chinesa:
- caso necessário, solucionar militarmente a questão deTaiwan (ostatus atual da ilha é incerto, apesar de o país ter um governo democraticamente eleito. A China, porém, vê Taiwan como uma província separatista que deve ser reintegrada ao país).
- impor as ambições territoriais da China no Mar do Sul da China e no Mar da China Oriental, cuja soberania o país disputa com nações vizinhas;
- exercer controle militar efetivo sobre sua Zona Econômica Exclusiva de 200 milhas náuticas;
- proteger as vias comerciais e ultramarinas da China;
- fortalecer o status da República Popular da China como poder de liderança regional e mundial.
Organização de uma Marinha de Alto Mar
Enquanto os três primeiros objetivos estratégicos da lista afetam questões locais, os três últimos só podem ser concretizados com o estabelecimento de uma Marinha de Alto Mar, com capacidade para operar em águas internacionais.
Atualmente, apenas os EUA possuem recursos financeiros e de pessoal suficientes para fazê-lo sem restrições, com os pontos de apoio estratégicos e os navios necessários. Com algumas condicionantes, França e Reino Unido também têm essa capacidade. Tanto a China quanto a Rússia ainda precisam limitar suas ações aos mares diante de seus litorais.
No momento, para alcançar o objetivo de uma Marinha de Alto Mar operando globalmente, a República Popular da China investe mais recursos na Marinha do que em qualquer outra área das Forças Armadas.
"A modernização da Marinha chinesa é ampla e inclui muitos elementos", escreve O'Rourke. Não se trata apenas de comprar e modernizar navios, mas especialmente de melhorar a manutenção e a logística da Marinha, a sua doutrina militar e a capacitação de pessoal, aumentando também o treinamento.
O especialista, no entanto, faz uma ressalva: "Apesar dos grandes progressos que a China fez nos últimos anos, ainda há pontos fracos, como a cooperação da Marinha com as outras forças militares, o desvio de submarinos, a dependência de componentes estrangeiras para o funcionamento de alguns navios e a falta de exatidão quando se trata de atingir alvos de longa distância."
A China investe de forma maciça, mas a discrepância com os EUA continua grande. A assimetria fica evidente especialmente nos projetos de grande porte mais recentes da China. Desde 2012, o país possui o primeiro porta-aviões próprio, mas o navio, conhecido como Liaoning, é baseado num modelo soviético dos anos 1980. Já os EUA acabaram de apresentar o porta-aviões USS Gerald Ford, que custou 13 bilhões de dólares e é o primeiro de uma nova geração de embarcações do tipo.
Presença mundial
A reorientação da China é traduzida numa presença mundial crescente da Marinha do país, conforme escreve Yoji Koda, ex-vice-almirante japonês, num artigo para a organização sem fins lucrativos norte-americana Center for a New American Security. "Nos últimos anos, uma tendência significativa é que a Marinha chinesa opera mais e mais fora das águas onde trabalha normalmente."
Uma missão antipirataria no Golfo de Áden foi iniciada em 2008, e em 2015 a Marinha chinesa participou de uma manobra sino-russa no Mar Mediterrâneo e no Mar Negro. Navios chineses também já foram vistos com frequência no Oceano Índico, no Pacífico Central e nos litorais de países sul-americanos.
A longa lista de atividades deve ser aumentada com o estabelecimento de uma base chinesa em Djibuti, no nordeste africano. Além disso, a imprensa indiana relatou que a China planeja estacionar destacamentos da Marinha em Gawadar, no Paquistão.
Mas, segundo Koda, na verdade o desafio para as ambições chinesas é outro. "Ultimamente, a China vem mostrando uma disposição incomum de dar passos unilaterais em assuntos marítimos." Repetidamente, o país estaria desafiando as normas internacionais vigentes, definidas na Convenção das Nações Unidas para o Direito do Mar (UNCLOS, na sigla em inglês).
A China assinou e ratificou a UNCLOS. Mesmo assim, continuamente contraria as regras estabelecidas na convenção no Mar do Sul da China e no Mar da China Oriental. A República Popular reivindica grandes áreas do Mar do Sul da China, apesar de, assim, violar o direito internacional, segundo sentença pronunciada em 2016 pelo Tribunal Permanente de Arbitragem em Haia.
Liberdade de transporte marítimo
A China também costuma protestar contra manobras dos EUA "pela preservação da liberdade de transporte marítimo", segundo termos usados no jargão militar. Navios dos EUA passam por zonas marítimas que podem ser navegadas de acordo com o direito internacional, mas com as quais a China não concorda.
Em 2016, em Cingapura, o então ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, anunciou na conferência de segurança Diálogo de Shangri-La que poderia haver patrulhas da União Europeia no Mar do Sul da China, no âmbito do direito internacional, para manter os padrões internacionais vigentes.
Nesse contexto, a participação da China na manobra no Mar Báltico pode ser interpretada como uma espécie de revide. "A manobra ilustra que a China está desenvolvendo uma frota com capacidade de projeção de poder global", analisa Michael Paul, do grupo de pesquisas sobre Política de Segurança da Fundação Ciência e Política (SWP, na sigla em alemão ), com sede em Berlim. "A evolução pacífica está adquirindo um viés militar, que internacionalmente vai gerar preocupação, já que os interesses chineses estão se expandindo – a exemplo do Mar do Sul da China. E a Europa está começando a sentir essa evolução."
A principal ironia é que, para operar seus navios de guerra no Mar Báltico, a China lançou mão do direito internacional, cuja aplicação ela contesta no Mar do Sul da China.
O mês de julho em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Reuters/F. Lenoir
Morre Jeanne Moreau
A atriz francesa Jeanne Moreau morreu aos 89 anos. Moreau, que colecionou diversos prêmios internacionais, incluindo um Oscar honorário por sua contribuição para o cinema, trabalhou com diretores renomados como François Truffaut, Orson Welles, Wim Wenders, Louis Malle, Michelangelo Antonioni, Jean-Luc Godard, entre outros. (31/07)
Foto: picture-alliance/Keystone
Eleições na Venezuela
Os venezuelanos foram às urnas para eleger os representantes da Assembleia Nacional Constituinte. Cercada de tensão, a votação foi amplamente criticada por Estados Unidos, União Europeia e países da região, e denunciada pela oposição como o último passo do governo Nicolás Maduro para consumar uma ditadura. (30/07)
Foto: Reuters/C. Garcia Rawlins
Em família
Após renunciar em meio a um escândalo de corrupção, o ex-primeiro-ministro do Paquistão Nawaz Sharif indicou seu irmão, Shahbaz Sharif (foto), para substituí-lo no cargo. Enquanto a indicação não for aprovada pelo parlamento, o ex-ministro e aliado do ex-premiê, Shahid Khaqan Abassi, foi nomeado para assumir o governo interinamente. (29/07)
Foto: DW
Morre bebê britânico
O bebê britânico Charlie Gard, que sofria de uma doença congênita rara e incurável, morreu num hospital especializado em cuidados paliativos em Londres, após uma longa batalha judicial protagonizada pelos seus pais, que lutaram para poder transferir o filho aos EUA e submetê-lo a um tratamento experimental. Charlie, de 11 meses, sofria de síndrome de miopatia mitocondrial. (28/07)
Foto: picture-alliance/AP Photo/Family of Charlie Gard
Recorde de reprovação
O governo de Michel Temer foi considerado ruim ou péssimo por 70% da população, de acordo com uma pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da indústria ao Ibope. Apenas 5% dos entrevistados consideram a gestão ótima ou boa. Com o resultado, Temer alcança o pior desempenho na série histórica, iniciada em 1986, e a mesma avaliação obtida por Dilma seis meses antes do impeachment. (27/07)
Foto: Reuters/A. Machado
Nova greve geral na Venezuela
A oposição venezuelana intensificou a pressão contra o presidente Nicolás Maduro ao dar início a uma greve geral de 48 horas em todo o país. Ela foi acompanhada de protestos em várias cidades, que terminaram em confrontos violentos e ao menos uma pessoa morta. Segundo a oposição, a adesão à paralisação no primeiro dia foi de 92% em todo o território nacional. Maduro nega sucesso da greve. (26/07)
Foto: Reuters/A. Martinez Casares
Morre Barbara Sinatra
Barbara Sinatra, viúva do cantor americano Frank Sinatra, morreu aos 90 anos em sua residência em Rancho Mirage, na Califórnia. Segundo informou o jornal local "The Desert Sun", ela lutou por meses contra problemas de saúde, que não foram detalhados pela família. Quarta e última esposa de Sinatra, Barbara viveu ao lado do cantor de 1976 até a morte dele, em 1998. (25/07)
Foto: picture alliance/dpa/AP Photo
FMI eleva previsão para o Brasil em 2017
O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou a previsão de crescimento econômico do Brasil para 2017, de 0,2% para 0,3%, segundo projeção trimestral da instituição. Após contrair em 2016, a atividade econômica na América Latina deve se recuperar gradualmente nos anos de 2017 e 2018, já que alguns países – especialmente Argentina e Brasil – devem sair de suas recessões, apontou o FMI. (24/07)
Foto: Comugnero Silvana/Fotolia
Tragédia no Texas
Nove pessoas, provavelmente imigrantes que entraram nos EUA ilegalmente, foram encontradas mortas dentro de um caminhão num estacionamento em San Antonio, Texas. O caso é tratado como crime de tráfico humano. Ao todo, havia quase 40 pessoas no caminhão, 20 delas foram hospitalizadas em estado grave. Elas teriam feito a jornada sem ar condicionado, ventilação e água, num calor de 38 graus. (23/07)
Foto: picture-alliance/Zuma Press/SanAntonio Express-News/E. A. Ornelas
Comemorando o orgulho LGBT
Fantasiados de índios, salvadorenhos participam da parada Christoph Street Day, celebrada pelo 39° ano em Berlim. Desta vez, o desfile de promoção dos direitos dos homossexuais teve sabor especial, ao ser realizado dias depois da aprovação parlamentar da lei que legaliza na Alemanha o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo. (22/07)
Foto: Picture Alliance/dpa/J. Carstensen
Terremoto deixa mortos na Grécia
Um terremoto de magnitude 6,7 graus na escala Richter deixou ao menos dois mortos e 120 feridos na ilha de Kos, na Grécia. As vítimas são um turista sueco de 27 anos e um turco de 39. As vítimas em Kos estavam num bar, cujo teto desabou devido ao impacto do terremoto. O sismo também foi sentido nas costas ocidentais turcas, sobretudo na localidade de Bodrum. 21/07
Foto: picture alliance/dpa/AP/KosToday/Uncredited
Greve geral na Venezuela
Ruas de várias cidades da Venezuela amanheceram vazias e com barricadas, em resultado da greve geral convocada pela oposição para protestar contra Assembleia Constituinte agendada pelo presidente do país, Nicolás Maduro, para 30 de julho. Perto da emissora estatal VTV, manifestantes e funcionários do canal se enfrentaram e trocaram pedradas. A Brigada Militar interveio com gás lacrimogêneo. 20/07
Foto: Reuters/C. G. Rawlins
Berlim convoca embaixador da Turquia
O Ministério alemão do Exterior convocou o embaixador da Turquia para transmitir a "indignação" de Berlim com a detenção de seis ativistas dos direitos humanos, entre eles um alemão, e exigir sua imediata libertação. Em 5 de julho, a polícia turca prendeu dez ativistas durante um workshop sobre comunicação digital e segurança de dados. Quatro foram libertados após o pagamento de fiança. (19/07)
Foto: picture alliance/dpa/ N. Armer
Abuso em coral católico na Alemanha
Ao menos 547 meninos cantores do famoso coral da Catedral de Regensburg, no sul da Alemanha, foram vítimas de violência sexual ou física por professores ou religiosos. Inquérito identificou ao menos 67 casos de agressões sexuais e 500 de violência física ao longo de meio século no coral Domspatzen. Vítimas descreveram local como "inferno" e "campo de concentração". (18/07)
Foto: picture-alliance/dpa/A. Weigel
UE pune 16 pessoas por ataques na Síria
A União Europeia sancionou 16 cientistas e agentes militares ligados ao regime sírio por seus envolvimentos no desenvolvimento e uso de armas químicas contra civis no conflito na Síria. Ao todo, 255 autoridades sírias estão vetadas de entrar na União Europeia. Além disso, 67 empresas ligadas ao governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, também enfrentam sanções do bloco europeu. (17/07).
Foto: Getty Images/AFP/O. H. Kadour
Venezuela vai às urnas em plebiscito simbólico
Os venezuelanos foram às urnas para um plebiscito sobre o projeto de Assembleia Constituinte do presidente Nicolás Maduro. A consulta popular foi impulsionada pela Mesa da Unidade Democrática (MUD), coalizão de oposição ao governo, mas realizada à margem da Justiça Eleitoral. Ela acontece na sequência de três meses de protestos violentos contra o governo, que deixaram dezenas de mortos. (16/07)
Foto: Picture Alliance/AP Photo/A. Cubillos
Morre Maryam Mirzakhani aos 40 anos
A matemática iraniana Maryam Mirzakhani morreu ao 40 anos em decorrência de um câncer de mama, após 4 anos lutando contra a doença. Em 2014, tornou-se a primeira mulher a ganhar a Medalha Fields, prêmio considerado o "Nobel da matemática". Professora da Universidade de Stanford, nos EUA, Mirzakhani descobriu novas fórmulas para calcular o volume de objetos com superfícies hiperbólicas. (15/07)
Foto: picture alliance/dpa
França lembra 1 ano do atentado em Nice
Em vez da tradicional comemoração pelo Dia da Bastilha, a cidade francesa de Nice foi palco de uma cerimônia em memória das vítimas do atentado com um caminhão que matou 86 pessoas há exatamente um ano. Participaram o presidente francês, Emmanuel Macron, o prefeito de Nice, Christian Estrosi, os ex-presidentes Nicolas Sarkozy e François Hollande e o príncipe de Mônaco, Alberto 2º. (14/07)
Foto: Reuters/E. Gaillard
CCJ dá primeira vitória a Temer
A Comissão de Cidadania e Justiça (CCJ) da Câmara rejeitou, com 40 votos a 26, o parecer do relator Sergio Zveiter, favorável à denúncia contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva. Diante do resultado, a comissão teve de aprovar um novo parecer, dessa vez recomendando a rejeição da matéria. A palavra final cabe ao plenário da Câmara, que marcou a votação para 2 de agosto. (13/07)
Foto: Agência Brasil/Wilson Dias
Moro condena Lula
O juiz federal Sergio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância, condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 9 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá. Moro não pediu a prisão preventiva do petista, que poderá recorrer da decisão em liberdade. A sentença precisa ser confirmada em segunda instância. (12/07)
Foto: Abr
Senado aprova reforma trabalhista
Após muito tumulto, o Senado aprovou o texto-base da reforma trabalhista, uma das prioridades do governo Michel Temer. Com 77 senadores presentes, foram 50 votos a favor da matéria, 26 contrários e uma abstenção. A sessão chegou a ser suspensa por mais de seis horas, depois que um protesto da oposição impediu que o presidente do Senado, Eunício Oliveira, se sentasse à mesa diretora. (11/07)
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Relator dá parecer sobre denúncia
O deputado Sergio Zveiter, relator da denúncia contra o presidente Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, apresentou seu parecer sobre a questão, pedindo a aceitação da acusação contra o mandatário. O parlamentar disse que "há indícios sérios de autoria" por parte de Temer. A comissão vai agora debater e votar o relatório, antes de ação seguir para o plenário. (10/07)
Foto: Reuters/U. Marcelino
Unesco distingue Suábia e Rio de Janeiro
"Vênus de Hohle Fels" é figura icônica de sítio arqueológico da Idade do Gelo, no sul da Alemanha, recém-declarado Patrimônio Mundial da Humanidade. A honra foi compartilhada com o Cais do Valongo, área do Rio de Janeiro onde escravos chegados da África aportavam, até o século 19. (09/07)
Foto: Hilde Jensen, Universität Tübingen
Donald ou Ivanka?
No segundo e último dia da cúpula do G20 em Hamburgo, o presidente dos EUA se fez representar num dos eventos por sua filha, Ivanka Trump (na foto, saudando a chanceler federal alemã, Angela Merkel). Oficialmente ela não ocupa nenhum cargo político. Certos observadores se indignaram com o precedente. Sem se alterar, Merkel comentou que a opção estava "no campo das coisas possíveis". (08/07)
Foto: Reuters/P. Stollarz
O primeiro aperto de mão
Poucas horas antes do encontro bilateral na cúpual do G20, em Hamburgo, Trump e Putin ficaram cara a cara pela primeira vez desde que o americano assumiu a Casa Branca. Ambos trocaram sorrisos e um aperto de mão caloroso. Na reunião, Trump confrontou Putin sobre interferência russa na eleição americana. Os presidentes de EUA e Rússia também acordaram um cessar-fogo no sudoeste da Síria. (07/07)
Foto: Reuters/Courtesy of Bundesregierung/S. Kugler
Protesto violento na véspera do G20
Policiais e manifestantes entraram em confronto nas ruas de Hamburgo na véspera do encontro de cúpula do G20. Várias pessoas ficaram feridas, e inúmeras foram detidas. O protesto havia sido convocado por grupos de esquerda e começou pacífico. A violência começou quando a polícia exigiu que um grupo de black bloc tirasse suas máscaras e não foi atendida. (06/07)
Foto: Getty Images/A.Koerner
Temer apresenta defesa
Os advogados do presidente Michel Temer entregaram a defesa dele à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, que nos próximos dias analisará a denúncia apresentada contra o presidente pela Procuradoria-Geral da República. No documento de quase cem páginas, os advogados negam todas as acusações e afirmaram que elas são apenas "ilações sem provas". (05/07)
Foto: Reuters/U. Marcelino
Coreia do Norte testa míssil intercontinental
A Coreia do Norte assegurou ter sido bem-sucedida no lançamento de seu primeiro míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês). Segundo especialistas, o projétil poderia atingir o estado americano do Alasca. Os Estados Unidos pediram uma reunião de emergência do Conselho de Segurança para debater a situação. (04/07)
Foto: Getty Images/AFP/Jung Yeon-Je
Tragédia em autobahn na Alemanha
Um ônibus de viagem com 48 pessoas a bordo se chocou contra um caminhão no sudeste da Alemanha e pegou fogo. Ao menos 18 pessoas morreram. A colisão ocorreu num trecho em que o trânsito estava lento na autobahn (autoestrada) 9, perto da cidade de Münchberg, na Baviera. Cerca de 200 bombeiros, policiais e médicos foram mobilizados para o local. (03/07)
Foto: picture-alliance/dpa/B. Schackow
Olmert deixa a prisão
O ex-primeiro-ministro de Israel Ehud Olmert, de 71 anos, foi libertado depois de ter passado um ano e quatro meses na cadeia por corrupção. Ele havia sido condenado a dois anos e três meses de cadeia e obteve a liberdade antecipada por boa conduta. Olmert foi o primeiro ex-chefe de governo israelense a ser condenado e preso. (02/07)
Foto: Reuters/R. Kastro
Despedida a Helmut Kohl
Líderes internacionais prestaram as últimas homenagens ao ex-chanceler federal alemão Helmut Kohl, em cerimônia oficial realizada no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, seguida de missa fúnebre na catedral de Speyer, na Alemanha. Foi a primeira vez que a União Europeia realizou uma cerimônia que, na essência, é um funeral de Estado europeu. (1º/07)