Martin Schulz, a possível pedra no caminho de Merkel
Kate Brady
24 de novembro de 2016
Com a nova candidatura da chefe de governo alemã, social-democratas precisam mais do que nunca de um oponente forte em 2017. A resposta pode ser o presidente do Parlamento Europeu, que retorna à política nacional.
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No que classificou de uma "decisão difícil", o político social-democrata alemão Martin Schulz anunciou nesta quinta-feira (24/11) que não vai se candidatar a um terceiro mandato de presidente do Parlamento Europeu. Em vez disso, pretende concorrer no Bundestag (parlamento) para representar seu estado natal, a Renânia do Norte-Vestfália.
Aludindo aos próprios esforços para aumentar a visibilidade e credibilidade da política da União Europeia, Schulz afirmou ter alcançado muito em seus cinco anos no cargo. Ao deixar Bruxelas, ele pretende seguir estreitamente ligado ao projeto europeu, mesmo que somente a partir de Berlim: "Quero dar minha contribuição para fechar as lacunas entre os países."
Leia a cobertura completa sobre aeleição na Alemanha em 2017
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, reagiu à notícia declarando-se "desapontado" com a partida de Schulz da política da UE. Antes ele expressara o desejo de que o político social-democrata permanecesse à frente do Parlamento, embora teoricamente seu mandato se encerre no início do próximo ano.
Segundo acerto interno com o grupo conservador, o Partido Popular Europeu (PPE), um democrata-cristão deverá assumir a presidência do órgão legislativo na segunda metade da legislatura. Ainda assim, houve repetidas especulações sobre a possibilidade de contornar o acordo, permitindo a Schulz se manter no cargo.
Entre a Chancelaria Federal e o Ministério do Exterior
A guinada de Schulz, de Bruxelas para Berlim, já era esperada, até certo ponto, após a especulação midiática sobre uma eventual candidatura sua pelo Partido Social-Democrata (SPD) ao cargo de chanceler federal, nas próximas eleições gerais. Ao falar nesta quinta-feira na capital belga, contudo, o político não fez qualquer alusão à possibilidade de enfrentar a chanceler Angela Merkel em 2017.
Desde o domingo, quando a chefe de governo democrata-cristã anunciou a intenção de se candidatar a um quarto mandato, os olhos da política nacional estão voltados para o SPD. No entanto a legenda só deverá apresentar seu candidato no fim de janeiro.
Analistas também sugerem que Schulz poderia aspirar ao posto de ministro do Exterior. Os apoiadores de Schulz sustentam que ele preencheria bem a função, graças a sua experiência na arena europeia. O atual chefe da pasta, Frank-Walter Steinmeier, deve concordar em ceder o cargo, pois é cotado para ser o próximo presidente alemão.
Da província alemã para Bruxelas
Nascido em 1955 na localidade de Hehlrath, próxima às fronteiras da Alemanha com a Bélgica e a Holanda, no mínimo geográfica e linguisticamente Martin Schulz já parecia predestinado a atuar no topo da política da União Europeia. Fluente em alemão, holandês e francês, ele também fala inglês, espanhol e italiano, além do dialeto renano.
Depois que uma lesão no joelho dissipou seus sonhos de se tornar futebolista profissional, ele se voltou para o álcool. Com a ajuda do irmão, porém, conseguiu superar a dependência.
Tendo entrado para o Partido Social-Democrata (SPD) aos 19 anos de idade, aos 31 Schulz era eleito o mais jovem prefeito da Renânia do Norte-Vestfália, posto que manteve por mais de uma década.
Em 1994 entrou para o Parlamento Europeu. Galgando rapidamente a hierarquia de Bruxelas, em 2000 assumia a liderança da bancada social-democrata alemã e, nove anos mais tarde, tornava-se presidente da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (S&D).
Em janeiro de 2012, Schulz foi eleito presidente do Parlamento Europeu, para um mandato de dois anos e meio. Em julho de 2014, consagrava-se como primeiro líder na história do órgão a ser reeleito.
Na mira do populismo de direita
Armado com seus ideais europeus, Schulz retorna agora para a política alemã. Social-democrata convicto, ele declarou certa vez, em entrevista à DW: "Minha cor favorita é vermelho. Eu pertenço aos vermelhos, essa é a minha vida." Caso opte por concorrer à chefia de governo pelo SPD, é provável que precise primeiro competir com o líder do partido e vice-chanceler, Sigmar Gabriel, igualmente cotado para a disputa.
De acordo com uma pesquisa de opinião divulgada nesta quinta-feira, Schulz tem maiores chances de suceder Merkel no próximo ano: cerca de 42% dos entrevistados optaram por ele, contra 35% para Sigmar Gabriel. Entre os adeptos do SPD, a situação é ainda mais definida, com 54% para 41%.
Assim como grande parte da Europa Ocidental, a Alemanha atravessa atualmente uma ascensão do euroceticismo e do populismo de direita. A figura na linha de frente do sentimento anti-UE é a líder da legenda Alternativa para a Alemanha (AfD), Frauke Petry.
Em seguida ao anúncio de Merkel de que concorrerá pela União Democrata Cristã (CDU) à reeleição em 2017, Petry comentou, sarcasticamente, que seu partido gostaria muito de ver Schulz como candidato principal da SPD, mas só por ele ser responsável pelo fracasso da UE "como nenhum outro alemão". Juntos como "casal de sonhos da grande coalizão de governo", Merkel e Schulz encarnam a derrota da Alemanha, afirmou a líder ultradireitista.
Paladino da causa europeia
Em diversas ocasiões, Schulz expressou sua decepção com o avanço do euroceticismo, em especial após os chocantes resultados do referendo sobre o Brexit, em que 52% do eleitorado britânico se manifestou a favor da saída do Reino Unido da UE.
Ao se dirigir ao Parlamento Europeu nesta quinta-feira, o presidente descreveu a integração europeia como "o maior projeto civilizatório dos séculos passados". Antes da existência da União Europeia, no tempo da Primeira Guerra Mundial, seus parentes estariam atirando uns nos outros, por viver em diferentes países, observou Schulz.
"Muitas vezes não nos damos conta do que herdamos, como geração do pós-Guerra", comentara numa ocasião anterior. "Tenho vivido uma vida em liberdade, com oportunidades com que os meus pais nem sonhavam. E isso não vale nada?"
O mês de novembro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: picture-alliance/abaca/A. Izgi
Homenagens comoventes à Chapecoense
Dezenas de milhares de pessoas lotaram os estádios Atanasio Girardot, em Medellín, na Colômbia, e Arena Condá, na cidade catarinense de Chapecó, para homenagear os 71 mortos na tragédia com o voo da Chapecoense, na véspera. As cerimônias se realizaram no mesmo horário em que ocorreria o primeiro jogo da decisão da Copa Sul-Americana de 2016, contra o clube colombiano Atlético Nacional. (30/11)
Foto: picture alliance/dpa/M. D. Castaneda
Mundo do esporte em luto
A queda de um avião que transportava o time da Chapecoense deixou 71 mortos, entre jogadores, equipe técnica e jornalistas. A aeronave caiu numa região montanhosa nas proximidades de Medellín, na Colômbia. Seis sobreviveram. Autoridades investigam uma possível falha elétrica, mas a causa não foi inicialmente confirmada. A tragédia aérea é a maior envolvendo um time de futebol da história. (29/11)
Foto: Getty Images/AFP//R. Arboleda
Papa se encontra com Stephen Hawking
O físico Stephen Hawking, um ateu declarado, foi ao Vaticano para participar de um evento de quatro dias que tem como objetivo discutir ciência e sustentabilidade. Durante o simpósio, o cientista se encontrou com Papa Francisco, que concedeu uma benção ao britânico e lhe agradeceu pela colaboração constante com a Pontifícia Academia de Ciências. (28/11)
Foto: REUTERS
Fillon é o candidato conservador
O ex-primeiro-ministro François Fillon, de 62 anos, venceu as prévias que definiam o candidato da centro-direita francesa na eleição presidencial de 2017. Fillon obteve cerca de 67% dos votos, contra cerca de 33% do seu rival no segundo turno, o ex-primeiro-ministro e atual prefeito de Bordeaux, Alain Juppé. Pesquisas indicam que Fillon tem boas chances de vencer a eleição de 2017. (27/11)
Foto: Reuters/P. Wojazer
Morre Fidel Castro
O histórico líder cubano Fidel Castro morreu aos 90 anos, informou seu irmão, o presidente Raúl Castro, num discurso transmitido pela televisão. O presidente acrescentou que o corpo de Fidel será cremado, segundo sua vontade expressa. Como cabeça da Revolução Cubana, Fidel foi uma das personalidades mais carismáticas e controversas do século 20 e era a última grande figura do comunismo. (26/11)
Foto: Getty Images/AFP/Y. Lage
Temer perde seu sexto ministro
O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, enviou sua carta de demissão ao presidente Michel Temer, e a exoneração foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União. A renúncia ocorre em meio a uma crise política no gabinete de Temer, depois que o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, acusou Geddel de tê-lo pressionado para atender a um interesse pessoal. (25/11)
Foto: Valter Campanato/Agencia Brasil
Novo acordo de paz na Colômbia
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e o chefe máximo das Farc, Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko, assinaram em Bogotá o novo acordo de paz para encerrar 52 anos de um conflito armado que deixou ao menos 220 mil mortos. O texto, que não tem o apoio da oposição, passará agora para o Congresso para ser aprovado e entrar em vigor. O governo descartou um novo plebiscito. (24/11)
Foto: Getty Images/AFP/L. Robayo
Forças iraquianas isolam EI em Mossul
Forças do Iraque afirmaram ter bloqueado a última rota de abastecimento do grupo extremista "Estado Islâmico" (EI) em direção a Mossul, fechando o cerco na segunda maior cidade iraquiana. A informação foi confirmada por fontes peshmergas, que junto com outras tropas se aproximam da localidade, sitiada pelo EI há dois anos. A ofensiva iraquiana para retomar Mossul teve início em outubro. (23/11)
Foto: Reuters/M. Salem
Obama entrega Medalhas da Liberdade
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, realizou na Casa Branca sua última cerimônia de entrega da Medalha da Liberdade, maior distinção civil no país, homenageando 21 artistas, esportistas e cientistas. Entre eles estiveram os atores Tom Hanks e Robert De Niro, os cantores Bruce Springsteen e Diana Ross, a lenda do basquete Michael Jordan e o casal Melinda e Bill Gates (foto). (22/11)
Foto: Reuters/C. Barria
Novo forte terremoto no Japão
Um poderoso terremoto voltou a atingir a região de Fukushima, no nordeste japonês, provocando uma série de pequenos tsunamis e forçando a evacuação da população. No porto de Sendai, em Miyagi, as ondas chegaram a 1,4 metro de altura. A Agência Meteorológica do Japão (JMA) estimou a magnitude do tremor em 7,4 na escala Richter. Não houve inicialmente registros de vítimas. (21/11)
Foto: Reuters/Kyodo
Soldados iraquianos combatem EI em Mossul
Tropas do Iraque enfrentam forte resistência de militantes do "Estado Islâmico" (EI), ao tentarem avançar nos setores mais a leste de Mossul, Os soldados retomaram os distritos de Muharabeen e Ulama, após libertarem a vizinhança adjacente de Tahrir. Grossas colunas de fumaça negra foram vistas saindo das duas áreas, enquanto dezenas de civis fugiam para setores controlados pelo governo. (18/11)
Foto: Reuters/G. Tomasevic
Alemanha compra casa de Thomas Mann
A Alemanha comprou a casa onde o escritor Thomas Mann morou em Los Angeles, durante o seu exílio nos anos do regime nazista, anunciou o Ministério alemão do Exterior. Na casa no oeste da cidade, Mann completou algumas obras como "Doutor Fausto". Ele viveu na propriedade entre 1941 e 1952 com a esposa e a filha. A casa será transformada em espaço para intercâmbio cultural. (18/11)
Foto: Imago/PEMAX
Prisão de Sérgio Cabral
O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral foi preso num desmembramento da Operação Lava Jato. O peemedebista é suspeito de envolvimento no desvio de recursos públicos federais em obras realizadas pelo governo estadual. O prejuízo é estimado em mais de 220 milhões de reais. (17/11)
Foto: Imago/Fotoarena
Obama em Berlim
O presidente americano, Barack Obama, desembarcou em Berlim, onde se encontrará com a chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, e outros líderes europeus, nos próximos dois dias. Obama foi recebido com honras militares por representantes do governo alemão. Esta é a sétima visita do líder à Alemanha e a última viagem oficial de Obama à Europa antes de deixar o cargo. (16/11)
Foto: Reuters/F. Bensch
Megaoperação na Alemanha
A polícia alemã deflagrou buscas em cerca de 200 casas e escritórios suspeitos de servirem de apoio para o "Estado Islâmico" (EI). A operação teve foco no grupo radical salafista "A Religião Verdadeira”, que foi declarado ilegal no país, e ocorreu em mais de dez estados. Grupo é acusado de recrutar combatentes para os jihadistas. (15/11)
Foto: picture-alliance/dpa/W. Kastl
Ano mais quente já registrado
O ano de 2016 será "muito provavelmente" o mais quente de que se tem registro, alertou a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Segundo a agência de ONU, as temperaturas médias deste ano ficarão 1,2 grau Celsius acima dos níveis pré-Revolução Industrial e 0,88 grau acima do período 1961-1990. (14/11)
Foto: picture-alliance/dpa/J. Stratenschulte
Lewis Hamilton vence em Interlagos
O piloto britânico Lewis Hamilton (Mercedes) venceu o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, e adiou a decisão do título para a última prova do Mundial, bastando ao alemão Nico Rosberg um terceiro lugar para ser campeão. Rosberg, também da Mercedes e que persegue o primeiro título mundial, foi segundo no circuito de Interlagos. Devido à forte chuva, a corrida foi marcada por acidentes. (13/11)
Foto: Picture-Alliance/AP Photo/N. Antoine
Manifestação contra Erdogan em Colônia
Segundo dados da polícia, por volta de 25 mil pessoas protestaram na metrópole renana contra o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan. Na manifestação sob o lema "Pela democracia, paz e liberdade" participaram principalmente alevitas e curdos. À margem dos protestos, houve confrontos entre policiais e manifestantes. (12/11)
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Meissner
Morre Leonard Cohen
O cantor e compositor canadense Leonard Cohen morreu aos 82 anos. Conhecido por intensas letras, com temas que vão de amor e ódio a espiritualidade e depressão, Cohen tinha uma voz profunda, que era acompanhada por marcantes padrões de guitarra. Autor da famosa canção "Hallelujah", ele iniciou a carreira nos anos 1960 e lançou em outubro seu 14° e último álbum, "You want it darker". (11/11)
Foto: picture-alliance/dpa/R. Haid
Primeiro encontro entre Obama e Trump
Dois dias após a eleição presidencial, o presidente americano, Barack Obama, se reuniu pela primeira vez com seu sucessor no cargo, Donald Trump, para transição de governo. Democrata e republicano deixaram de lado diferenças e debateram política externa e interna. Atual líder classificou reunião como excelente e abrangente. Magnata afirmou que encontro foi uma grande honra. (10/11)
Foto: Reuters/K. Lamarque
Donald Trump é eleito presidente dos EUA
Em um resultado que surpreendeu o mundo e contrariou numerosas pesquisas de intenção de voto, Donald Trump superou Hillary Clinton em estados-chave e assegurou a vitória na eleição presidencial americana. Em seu discurso de vitória, ele defendeu a reconciliação e unidade nacional, após uma campanha marcada por ofensas e acusações que dividiu como poucas vezes os Estados Unidos. (09/11)
Foto: Getty Images/M. Wilson
Eleições nos EUA
Os americanos foram às urnas escolher seu próximo presidente, após uma das campanhas eleitorais mais controversas e polarizadas das últimas décadas. A disputa entre o republicano Donald Trump e a democrata Hillary Clinton foi acirrada. As últimas pesquisas de opinião apontaram para uma vitória, embora apertada, de Hillary. (08/11)
Foto: picture-alliance/AP Images/J. Taylor
Temer convocado como testemunha de Cunha
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações em primeira instância da Operação Lava Jato, acatou o pedido dos advogados do ex-deputado Eduardo Cunha para que o presidente Michel Temer e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sejam testemunhas de defesa no processo. Temer poderá optar por testemunhar em audiência ou responder às questões do tribunal por escrito. (07/11)
Foto: picture-alliance/dpa/Citypress24
FBI mantém conclusão sobre Hillary
Após a análise de novos e-mails do tempo em que a candidata democrata à presidência, Hillary Clinton, era secretária de Estado, o FBI manteve a decisão de julho passado de que um processo contra ela não é justificado. A revelação de que novos e-mails estavam sendo investigados fez Hillary perder pontos nas pesquisas na reta final da corrida eleitoral. (06/11)
Foto: Reuters/B. Snyder
Polícia age contra manifestantes na Turquia
Em Istambul, a polícia usou gás lacrimogêneo, jatos d'água e balas de borracha contra participantes de uma manifestação em solidariedade à redação do jornal opositor "Cumhuriyet". Um tribunal ordenou a prisão do editor-chefe, Murat Sabuncu, e de mais oito funcionários da publicação. No protesto, muitos manifestantes chamaram o Estado de "fascista" e gritaram: "Não vamos nos calar." (05/11)
Foto: picture-alliance/dpa/T. Bozoglu
Acordo de Paris entra em vigor
Entra oficialmente em vigor o acordo climático de Paris, elevando a pressão para que os 195 países signatários comecem a executar os planos de redução das emissões de gases do efeito estufa. Até o início de novembro, 94 países haviam ratificado o acordo da ONU, incluindo os maiores poluidores EUA, China e União Europeia, preenchendo os requisitos básicos para a entrada em vigor do pacto. (04/11)
Foto: Getty Images/K. Frayer
Corte exige aprovação parlamentar para Brexit
A Suprema Corte do Reino Unido decidiu que o governo britânico necessitará de aprovação parlamentar para iniciar o processo da saída do país da União Europeia (UE). A decisão agrava a incerteza política em torno do chamado Brexit. O governo da primeira-ministra Theresa May tem o direito de recorrer da decisão, o que poderá ser feito entre os dias 5 e 8 de dezembro. (03/11)
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Erdogan, "inimigo da liberdade de imprensa"
A organização Repórteres sem Fronteiras listou o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, como "inimigo da liberdade de imprensa" pelo tratamento dado aos jornalistas em seu país, após a prisão de mais de 200 profissionais e o fechamento de mais de 120 órgãos de imprensa. A lista inclui outros 34 nomes, como os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Rússia, Vladimir Putin. (02/11)
Foto: Getty Images/AFP/A. Nemenov
Tropas iraquianas chegam a Mossul
Forças do governo do Iraque entraram na segunda cidade mais importante do país, bastião do "Estado Islâmico" (EI). Duas semanas após início de operação para recuperar a localidade das mãos dos jihadistas, chefe das forças antiterroristas do Iraque, Abdelgani al-Asadi, afirma que tropas libertaram parte de Kukyeli, distrito considerado uma porta para Mossul, e cercaram o bairro.