Matança de elefantes segue alarmante, mas há boas notícias
28 de julho de 2016
Novos dados mostram que caça ilegal e comércio tiveram recuos ou ao menos se estabilizaram na África, mas situação das populações continua sendo preocupante.
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A caça ilegal de elefantes africanos por causa do marfim está recuando, mas ainda é muito elevada, de acordo com novos relatórios da Cites (Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção).
Segundo a Cites, no ano de 2015 aproximadamente 60% dos elefantes encontrados mortos na natureza foram alvos de caçadores em busca de marfim, em contraste com o pico de 80% do ano de 2011.
Diversos fatores levaram à diminuição da matança, como reforços na vigilância das reservas ambientais, avanços nas técnicas forenses para rastrear a origem das presas encontradas e a recente repressão à corrupção na China, o principal mercado para o marfim.
Já um índice da Cites que mapeia a venda ilegal do produto recuou em 2014, último ano com dados disponíveis, depois dos picos em 2012 e 2013, os maiores desde que o comércio internacional de marfim in natura foi banido, em 1989.
Sonífero para elefantes
01:12
Juntos, os dois indicadores mostram que a caça ilegal está em declínio ou ao menos se estabilizando, depois de uma tendência de alta que começou há uma década, afirma a Cites.
Trata-se de uma melhora, mas ainda assim a situação é alarmante, pois, mesmo com o declínio da caça predatória, as estatísticas são altas demais para permitir a recuperação das populações de elefantes.
"Há elementos de boas notícias, mas não estamos nem um pouco perto do sucesso de que necessitamos para reverter a tendência", afirmou o secretário-geral da Cites, John Scanion, à agência de notícias Reuters.
Os dois relatórios produzidos pela organização apresentarão a situação vulnerável dos elefantes, em especial nas regiões centrais e oeste da África, durante a 17°conferência das partes da Cites, que acontecerá em setembro, em Joanesburgo.
DRB/rtr/ots
Os dez animais que mais matam no mundo
Os tubarões estão entre os animais mais temidos pelos seres humanos, mas eles estão longe de serem os mais mortais. Você vai se surpreender com o efeito letal de algumas espécies.
Foto: AP
10. Tubarão branco
É claro que algumas espécies de lobos e tubarões podem nos matar, mas a frequência com que isso acontece é muito pequena: apenas dez pessoas morrem, por ano, por causa desses animais. Ou seja, a probabilidade de você morrer mexendo na torradeira, dentro da própria cozinha, é maior que a de ser mordido por um tubarão.
Foto: AP
9. Leões e elefantes
Que leões podem matar pessoas, todo mundo sabe. O surpreendente é que o número de mortos por leões, cerca de cem por ano, é quase o mesmo que o de mortos por elefantes! Os elefantes podem ser bastante agressivos, e, uma vez com raiva, têm força e tamanho suficientes para matar.
Foto: picture alliance / blickwinkel/D. u. M. Sheldon
8. Hipopótamo
Hipopótamos de brinquedo são muito populares. E por que não? Eles aparentam ser super fofos, com seus focinhos redondos e barrigas gordinhas. Mas, não se engane: os animais são bastante agressivos e podem atacar as pessoas mesmo sem nenhuma provocação! O número de mortos por ano chega a 500. Então, se você vir um hipopótamo pelo caminho, pode ser melhor mudar de rota.
Foto: picture-alliance/dpa-Zentralbild
7. Crocodilo
Muitas pessoas têm tanto medo de tubarões e de leões quanto de crocodilos – e com razão! Crocodilos são carnívoros e podem chegar a matar presas maiores que eles próprios, como pequenos hipopótamos, e, se viverem em água salgada, até mesmo tubarões! Cerca de mil pessoas morrem por ano ao serem atacadas pelos répteis.
Foto: Fotolia/amnachphoto
6. Vermes e lombrigas
Os platelmintos da classe Cestoda, também chamados de cestódeos, matam cerca de 2 mil pessoas por ano. A transmissão do parasita se dá pela ingestão de alimentos contaminados. O mesmo vale para as lombrigas (foto), que, por sua vez, matam 2,5 mil pessoas por ano e habitam o organismo de um bilhão de indivíduos.
Foto: CDC
5. Caramujos, barbeiros e moscas
Três animais dividem o 5º lugar, ainda que não sejam os causadores de mortes, mas sim os parasitas que eles transmitem. Cada uma das espécies provoca 10 mil mortes por ano. A esquistossomose é adquirida através do contato com água contaminada, e caramujos são os hospedeiros intermediários. Já as doenças de Chagas e do sono são transmitidas por insetos – barbeiro e moscas tsé-tsé, respectivamente.
Foto: picture-alliance/dpa
4. Cachorros
A raiva, doença infecciosa causada por um vírus, pode ser transmitida por inúmeros animais. Em locais onde a raiva é comum em cães, em 99% dos casos são eles que transmitem a doença às pessoas. Pode levar meses até que os sintomas fatais apareçam. A boa notícia é que existem vacinas contra a doença, que mata anualmente cerca de 25 mil pessoas.
Foto: picture-alliance/ZB/B. Wüstneck
3. Cobras
Por via das dúvidas, a melhor opção é passar bem longe das cobras. Algumas espécies não são venenosas, e outras não são capazes de matar, mas existe um número suficiente de cobras perigosas, que matam cerca de 50 mil pessoas por ano.
Foto: picture-alliance/dpa/blickwinkel/B. Trapp
2. Seres humanos
Sim, nós também estamos na lista. O ser humano é incrivelmente criativo quando se trata de matar outros de sua espécie. Triste, porém verdade: ocupamos o segundo lugar do ranking, matando 475 mil pessoas por ano.
Foto: picture-alliance/dpa
1. Mosquitos
Além de serem incômodos, os mosquitos podem levar à morte. Na verdade, não é exatamente o inseto que mata, e sim as doenças disseminadas por ele. A malária é a mais letal, e há ainda a dengue, a febre amarela e a encefalite. Os mosquitos são responsáveis pela morte de 725 mil pessoas por ano.