May pede à UE adiamento do Brexit para 30 de junho
20 de março de 2019
Primeira-ministra afirma que precisa de mais tempo para aprovar o acordo de saída no Parlamento britânico, que já o rejeitou duas vezes. Reino Unido poderá ter que participar das eleições europeias se prazo for ampliado.
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A primeira-ministra britânica, Theresa May, pediu formalmente à União Europeia (UE), nesta quarta-feira (20/03), que adie a data-limite para a saída do Reino Unido do bloco europeu para 30 de junho.
A Comissão Europeia, porém, recebeu com ressalvas o documento, afirmando que o pedido de adiamento da data de saída, marcada para 29 de março, poderá acarretar "graves riscos legais e políticos" para o bloco.
Em carta enviada ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, May afirma que o processo do Brexit "não estará completo antes de 29 de março" e expressou o desejo de apresentar as justificativas para o adiamento na reunião de cúpula em Bruxelas nesta quinta-feira.
Políticos de oposição e membros pró-UE do Partido Conservador britânico haviam pedido um prazo ainda mais prolongado, alegando que um período de apenas três meses poderá levar o país a uma nova ameaça de ter de deixar o bloco europeu sem acordo. Isso poderia gerar graves transtornos no setor de negócios e para os cidadãos britânicos residentes em países europeus.
Por outro lado, uma extensão ainda mais prolongada enfureceria a ala pró-Brexit do partido de May e exigiria a participação do país nas eleições para o Parlamento Europeu, entre 23 e 26 de maio, algo que a primeira-ministra considera inaceitável e que também encontra forte resistência em Bruxelas.
"Atingimos hoje a marca de mil dias desde que o referendo e este governo levaram o país e a si mesmo à crise e à divisão", afirmou nesta quarta-feira o líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn. Os eleitores do Reino Unido aprovaram em um referendo de 2016 a saída do país da UE, mas três anos depois o país ainda não sabe como isso se dará.
Os parlamentares britânicos rejeitaram por duas vezes o acordo negociado entre May e os líderes europeus para uma saída ordenada. A situação se agravou após John Bercow, o líder da Câmara dos Comuns [a câmara baixa do Parlamento britânico] rejeitar uma terceira votação sobre o mesmo texto a não ser que haja mudanças substanciais.
No entanto, na carta a Tusk, May afirma que, apesar das derrotas anteriores, ela mantém a intenção de levar o acordo a uma terceira votação no Parlamento. Caso a extensão até 30 de junho seja aprovada, ela planeja utilizar esse tempo para assegurar que os parlamentares aprovem seu acordo para a saída do país da UE.
O pedido de extensão necessita da aprovação dos demais 27 países do bloco, o que está longe de ser garantido. Alguns líderes europeus têm preferência por um prazo que se encerraria no dia 23 de maio, quando começam as eleições europeias. O adiamento do final do prazo será votado durante a cúpula em Bruxelas, que se inicia nesta quinta-feira.
Antes de mesmo de May enviar o pedido, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, pediu em telefonema a premiê que ela não estabelecesse uma data que fosse além de 23 de maio. Um documento interno da Comissão, ao qual algumas agências de notícia tiveram acesso, alertava que o adiamento do Brexit para 30 de junho tararia "graves riscos políticos e legais".
A opção pela data de 23 de maio seria "o único meio de proteger o funcionamento das instituições da UE e sua habilidade de tomar decisões", afirmava a nota preparada na manhã desta quarta-feira, antes do recebimento da carta de May.
A Comissão prevê que os líderes optem por duas possibilidades: o encerramento do prazo no dia 23 de maio ou no final de 2019, no mínimo, o que incluiria participação do Reino Unidos nas eleições parlamentares europeias.
Se uma extensão mais longa for concedida, o Reino Unido deverá se comprometer com uma "abstenção construtiva" nos principais debates do bloco, como nas questões referentes ao orçamento e as escolhas dos membros da próxima Comissão.
Essa medida visa impedir os britânicos de utilizarem seu poder de veto para bloquear negócios da UE, de forma a garantir maiores concessões de Bruxelas em relação ao Brexit.
Juncker disse que não haverá negociações para um novo acordo de saída e que o Parlamento britânico deve decidir se aprova o acordo que já existe.
RC/dpa/ap/afp
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Ao receber Jair Bolsonaro na Casa Branca, o presidente americano, Donald Trump, afirmou que os dois países "nunca estiveram tão próximos" e disse que apoiará a inclusão do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE). O encontro em Washington não trouxe novidades sobre a questão venezuelana - outro tema abordado entre os dois líderes. (19/03)
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Foto: Reuters/SNPA/M. Hunter
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Foto: picture alliance/AP Photo/L. Correa
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Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Sumiya
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Foto: Reuters/S. Moraes
Países suspendem voos com Boeing 737 MAX 8
Companhias aéreas da China, Etiópia e Indonésia anunciaram a suspensão de todos os seus voos com aeronaves Boeing 737 MAX 8, mesmo modelo envolvido em dois desastres aéreos recentes. Na véspera, um acidente matara todos os 157 ocupantes de um voo da Ethiopian Airlines. A Gol, única brasileira que tem aviões desse modelo, também suspendeu suas operações, alegando preocupação com segurança. (11/03)
Foto: Imago/Xinhua
Mórmons inauguram Templo de Roma
O templo da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias – também conhecida como LDS ou Igreja Mórmon – foi oficialmente consagrado após mais de dez anos de construção na capital italiana. Embora a igreja em Roma não seja em si o maior templo mórmon da Europa, o complexo é o maior de todo o continente, se todos os seus edifícios forem levados em conta. (10/03)
Foto: Reuters/R. Casilli
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Foto: Reuters/C. Jasso
Oração de mulheres interrompida em Jerusalém
Milhares de judeus ultraortodoxos interromperam de maneira violenta uma oração comandada por um grupo feminista no Muro das Lamentações, no território ocupado de Jerusalém Oriental. A oração foi organizada pelo grupo Mulheres do Muro, que luta pela igualdade entre homens e mulheres na celebração de rituais religiosos, e coincidiu com o Dia Internacional da Mulher. (08/03)
Foto: Getty Images/AFP/G. Tibbon
Cardeal condenado por acobertar abusos sexuais
O cardeal e arcebispo de Lyon, Philippe Barbarin foi condenado a 6 meses de prisão por ter silenciado diante de atos de pedofilia em sua diocese. Após o veredito, ele anunciou que apresentará sua renúncia ao papa Francisco. O caso se tornou público erm 2015, quando a diocese de Lyon revelou que tinha recebido queixas contra o padre Bernard Preynat por agressões cometida 25 anos antes. (07/03)
Foto: picture-alliance/AP Photo/B. Edme
Mangueira é campeã do Carnaval do Rio
Com uma homenagem à vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018, a Mangueira venceu o Carnaval de 2019 do Rio de Janeiro. Com o enredo "História pra ninar gente grande", a escola contou a história do país dando destaque a heróis da resistência negros e indígenas. Esse é o 20º título alcançado pela Mangueira. (06/03)
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Apelo de Macron
O presidente da França, Emmanuel Macron, pediu amplas reformas na União Europeia e voltou a alertar contra os perigos do nacionalismo, num artigo publicado em jornais dos 28 países do bloco europeu. No texto, Macron afirma que o Brexit simboliza a "crise de uma Europa que fracassou ao responder à necessidade de proteção de sua população frente às grandes mudanças do mundo contemporâneo". (05/03)
Foto: Bodo Zemke
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O líder oposicionista venezuelano Juan Guaidó retornou à Venezuela de maneira pacífica após dez dias fora do país e em desafio à ameaça de prisão feita pelo presidente Nicolás Maduro. Após desembarcar em um aeroporto próximo a Caracas, onde foi recebido por embaixadores estrangeiros, ele participou dos protestos que havia convocado contra o regime. Milhares de venezuelanos saíram às ruas. (04/03)
Foto: picture-alliance/AP Photo/F. Llano
Onda de protestos contra o presidente da Argélia
Milhares de manifestantes voltaram às ruas da Argélia em protesto contra a tentativa de reeleição do presidente Abdelaziz Bouteflika, de 82 anos. Apesar da pressão, o mandatário acabou oficializando sua participação na disputa a um quinto mandato. Ele prometeu, contudo, promover mudanças políticas caso seja eleito, como a convocação de eleições antecipadas sem a sua participação. (03/03)
Foto: Reuters/R. Boudina
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