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Criminalidade

May sobre ataque em Londres: "Já basta"

4 de junho de 2017

Primeira-ministra britânica diz que é preciso combater ideologia do extremismo islâmico, aumentando vigilância na internet e na sociedade. Eleições gerais marcadas para 8 de junho serão mantidas.

May: "Não podemos pensar que as coisas podem continuar assim. É preciso mudar"Foto: picture alliance/dpa/A.Matthews

A primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou neste domingo (04/06) que é necessário acabar com a ideologia do extremismo islâmico, que tem servido de inspiração para "ataques cruéis" como o ocorrido na noite de sábado em Londres, deixando sete mortos e 48 feridos.

"Não podemos pensar que as coisas podem continuar como estão. É preciso mudar", disse a premiê em pronunciamento em frente à residência oficial em Downing Street após uma reunião de emergência para discutir o atentado.

May propôs quatro áreas prioritárias de combate ao terrorismo no Reino Unido e no mundo. A primeira é combater a ideologia do extremismo islâmico, que classificou como uma "perversão" do Islamismo e da religião.

De acordo com a premiê, intervenções militares e operações anti-terrorismo são não suficientes. "Temos que tirar da mente das pessoas esse tipo de pensamento", disse May, e trazê-las de volta para os valores de democracia, direitos humanos e liberdade.

O segundo ponto defendido por May é aumentar o controle sobre ciberterrorismo. Ela disse que é precisa alcançar acordos internacionais para aumentar a vigilância sobre a internet e serviços de mensagens, que têm servido como territórios seguros para terroristas.

Ao introduzir a terceira medida, a primeira-ministra afirmou que além de destruir o grupo "Estado Islâmico" (EI) na Síria e Iraque é preciso agir "em casa", identificando sinais de extremismo na sociedade.  

May pede união contra o terrorismo

01:23

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"Temos que nos fortalecer para identificar essas pessoas e nosso país precisa se unir para se livrar do extremismo, mesmo que isso gere diálogos embaraçosos", disse. "Não queremos como resultado disso comunidades segregadas, mas um Reino Unido", acrescentou.

A quarta e última medida consiste em revisar a estratégia contra o terrorrismo para assegurar que polícia e os serviços de inteligência tenham todo o aparato necessário para combater o terrorismo.

May afirmou que desde o ataque na Ponte Westminster, próximo ao Parlamento Britânico, em 22 de março, cinco tentativas de ataques terroristas foram frustrados no Reino Unido. "Nosso país tem feito progresso em desarticular planos de ataque", afirmou.

Eleições gerais são mantidas

A maioria dos partidos políticos britânicos suspenderam as atividades de campanha neste domingo, mas as atividades serão retomadas na segunda-feira. O ataque ocorrreu a poucos dias das eleições gerais britânicas, marcadas para 8 de junho.

"Esse ataque não pode parar o processo democrático", disse May. "Unidos vamos acabar com nossos inimigos."

A primeira-ministra destacou que os três autores dos atentados de sábado em Londres usaram falsos coletes de explosivos para "semearem o pânico e o medo".

May elogiou o trabalho da polícia que controlou os terroristas oito minutos depois da primeira ligação feita ao serviço de emergência. Os três agressores foram mortos a tiros depois de atropelar pedestres na Ponte de Londres e esfaquear frequentadores do Borough Market.

Sete pessoas foram mortas e 48 ficaram feridas. Segundo May, muitos feridos estão em situação crítica.

Esse é o terceito ataque no Reino Unido em menos de três meses. Em 22 de março, um homem jogou um veículo contra um grupo de pedestres nos arredores do Parlamento britânico, em Londres, matando quatro pessoas e deixando 50 feridas.

Em 23 de maio, um britânico de origem líbia fez um ataque suicida em Manchester, durante o show da cantora Ariana Grande. A explosão deixou 22 mortos e mais de 60 feridos. Mais da metade das vítimas era menor de 16 anos. Foi o ataque terrorista mais mortal no Reino Unido desde os atentados de 7 de julho de 2005, em Londres.

KG/efe/rtr

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