Mediadores pressionam Israel e Hamas por novo cessar-fogo
2 de junho de 2024
EUA, Catar e Egito defendem trégua duradoura no conflito na Faixa de Gaza. Washington acredita que israelenses aceitarão o pacto, apesar de membros do gabinete de Netanyahu ameaçarem "dissolver o governo".
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Os mediadores internacionais trabalharam nos últimos dias para tentar convencer as lideranças de Israel e do grupo extremista Hamas a assinarem a proposta para um novo cessar-fogo no conflito na Faixa de Gaza, apresentada na última sexta-feira pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
O líder americano apresentou o plano como sendo incialmente uma ideia de Israel, apesar de o governo israelense ter criticado alguns pontos do acordo. A Casa Branca, porém, se mantém confiante que Israel aceitará a proposta após a assinatura do Hamas.
Logo após o anúncio de Biden, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, insistiu que seu país deve continuar sua ofensiva em Gaza até atingir todos os seus objetivos, incluindo a destruição do Hamas.
"As condições de Israel para encerrar a guerra não mudaram: a destruição das capacidades militares e de governo do Hamas, a libertação de todos os reféns e a garantia de que Gaza não represente mais uma ameaça a Israel", disse o líder israelense em comunicado divulgado na sexta-feira.
As negociações vem sendo realizadas há meses com a intermediação dos governos dos EUA, Catar e Egito. Os esforços, porém, se provaram infrutíferos desde a curta trégua de novembro de 2023, quando o Hamas libertou alguns reféns israelenses em troca da soltura de um número de prisioneiros palestinos.
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O que diz a proposta
Em seu primeiro discurso delineando um possível fim para o conflito, o presidente dos EUA disse que a oferta em três estágios de Israel começaria com uma fase de seis semanas em que as forças israelenses se retirariam de todas as áreas povoadas de Gaza.
O plano também incluiria a libertação de todos reféns, em troca da soltura de centenas de prisioneiros palestinos. Israel e o Hamas negociariam então, durante essas seis semanas, um cessar-fogo duradouro – mas a trégua continuaria enquanto as conversações estivessem em andamento. A proposta inclui ainda o início de um grande esforço para reconstrução de Gaza.
Em um comunicado na noite de sexta-feira, o Hamas disse que "considerava positivamente" o discurso de Biden sobre "um cessar-fogo permanente, a retirada das forças israelenses de Gaza, a reconstrução e a troca de prisioneiros".
O grupo militante vem insistindo há dias que está disposto a chegar a um acordo para libertar os reféns em troca de prisioneiros palestinos nas prisões israelenses, desde que Israel termine a guerra em Gaza, onde mais de 36.400 pessoas já foram mortas, de acordo com fontes médicas ligadas à administração da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas.
Em declaração conjunta divulgada neste fim de semana, os governos americano, catari e egípcio fizeram um apelo para que os dois lados aceitem a proposta.
Ultradireita ameaça "dissolver" governo de Israel
O assessor de Netanyahu Ophir Falk afirmou em entrevista publicada neste domingo (02/05) no jornal britânico Sunday Times que, apesar de "vários detalhes que precisam ser trabalhados", o governo israelense aceitaria a proposta. "Não é um bom acordo, mas nós queremos muito os reféns libertados, todos eles."
O acordo, no entanto, arrisca desestabilizar a coalizão de governo de Netanyahu, após dois de seus ministros ameaçarem deixar o gabinete se a proposta for aprovada.
O ministro de Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, chegou a afirmar que seu partido "dissolverá o governo" se o pacto for assinado. O também ultradireitista Belazel Smotrich, titular do Ministério das Finanças, se opôs à proposta e defendeu a continuação da guerra até a destruição total do Hamas.
Contudo, o líder da oposição Yair Lapid e o membro do gabinete de guerra Benny Gantz expressaram apoio à proposta e prometeram ajudar o governo a aprová-la no Knesset (Parlamento israelense) se os aliados de Netanyahu se recusarem a fazê-lo.
rc (AFP, AP, dpa, Reuters)
O mês de junho em imagens
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Cúpula da Paz na Ucrânia termina sem a assinatura do Brasil
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Foto: Alessandro Della Valle/POOL/AFP/Getty Images
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A princesa de Gales, Kate Middleton, apareceu pela primeira vez em público desde março, quando revelou um diagnóstico de câncer e que passa por quimioterapia. Ela foi fotografada a bordo de uma carruagem com seus três filhos no desfile de comemoração do aniversário oficial do rei Charles. Kate se mostrou sorridente e acenou para os súditos que enfrentaram a chuva para ver o cortejo. (15/06)
Foto: (James Manning/AP/picture alliance
Com Meloni como anfitriã, G7 entra em seu segundo dia na Itália
Na presidência rotativa do grupo, premiê Giorgia Meloni diz que G7 tem "papel insubstituível na gestão de crises globais" e deve "reforçar diálogo com o Sul Global". No primeiro dia do evento, líderes concordaram com um empréstimo de 50 bilhões de dólares à Ucrânia, financiado por ativos russos bloqueados pelo Ocidente. Segundo dia teve discurso de Lula e papa Francisco. (14/06)
Foto: Guglielmo Mangiapane/REUTERS
Câmara choca ao propor penas maiores a vítimas de estupro do que a estupradores
Manifestantes saíram às ruas para protestar após a deputados acelerarem a tramitação de um projeto de lei que equipara o aborto realizado após 22 semanas de gravidez ao crime de homicídio. Proposta altera o Código Penal, que, desde 1940, não estabelece prazo para realizar o procedimento em casos de abuso sexual. Medida afetaria principalmente crianças. (13/06)
Foto: Bruna Prado/AP/picture alliance
Pantanal arde
Queimadas voltam a atingir bioma brasileiro que é Patrimônio Natural Mundial da Unesco e lar de espécies ameçadas de extinção. El Niño turbinado pelas mudanças climáticas fez secar rios, deixando ecossistema mais vulnerável aos incêndios. Região pode ter em 2024 seu pior ano de queimadas, superando 2020, quando chamas dizimaram um número estimado de 17 milhões de vertebrados. (12/06)
Foto: Ueslei Marcelino/REUTERS
Macron descarta renúncia
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Foto: Stephane Lemouton/Bestimage/IMAGO
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Um forte aparato de segurança foi destacado em Berlim depois que o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, anunciou sua chegada à capital da Alemanha para se encontrar com o chanceler federal, Olaf Scholz, em uma cúpula sobre a reconstrução da Ucrânia. No fim de semana, na Suíça, Zelenski atenderá uma conferência sobre negociações de paz para o país. (10/06)
Foto: Christoph Soeder/dpa/picture alliance
Novo Parlamento Europeu pende para a direita; na Alemanha, clima entre oposição é de euforia
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Foto: FILIP SINGER/EPA
Israel resgata quatro reféns em Gaza
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Foto: Ilia Yefimovich/dpa/picture alliance
Biden pede desculpas a Zelenski por atraso de ajuda militar
O presidente dos EUA, Joe Biden, pediu desculpas ao mandatário ucraniano, Volodimir Zelenski, pelo atraso na aprovação do pacote de ajuda militar de seu país. Biden e Zelenski se reuniram em Paris, onde participaram da celebração do 80º aniversário do Dia D. "Os EUA estarão ao seu lado", disse Biden ao manifestar pesar pelo atraso de vários meses na aprovação do pacote de US$ 61 bilhões. (07/06)
Foto: Evan Vucci/AP Photo/picture alliance
Megafoguete da SpaceX voa e pousa com sucesso pela 1° vez
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Projetado para ser totalmente reutilizável, o Starship mede 121 metros de altura. (06/06)
Foto: Joe Skipper/REUTERS
Mais um ataque contra político na Alemanha
Nesta praça em Mannheim, um candidato do partido de ultradireita Alternativa para a Alemanha (AfD) foi ferido com um estilete ao confrontar um homem que arrancava cartazes de campanha da sigla afixados em local público. Um suspeito de 25 anos foi preso e levado a um hospital psiquiátrico, por ter "sinais de doença mental". Caso ocorre em meio a série de agressões a políticos alemães. (05/06)
Foto: Rene Priebe/dpa/picture alliance
Modi vence na Índia, mas perde apoio no Parlamento
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Foto: RAJAT GUPTA/EPA
Claudia Sheinbaum eleita primeira mulher presidente do México
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Foto: Eduardo Verdugo/AP Photo/picture alliance
Chuvas fortes e inundações no sul da Alemanha
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Foto: Alexander Koerner/Getty Images
Real Madrid conquista sua 15ª Liga dos Campeões da Europa
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