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Megaoperação contra pedofilia prende mais de 250 pessoas

17 de maio de 2018

Na maior operação de combate à pornografia infantil da história no Brasil, mandados de busca e apreensão são cumpridos em 24 estados e no Distrito Federal.

Polícia civil detém suspeito no Rio de Janeiro
Polícia civil detém suspeito no Rio de JaneiroFoto: picture-alliance/Zuma Press/M. Chello

A Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira (17/05) ao menos 251 pessoas em flagrante na maior operação de combate à pornografia infantil da história no Brasil. Mais de 570 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em 24 estados e no Distrito Federal.

Cerca de 2,6 mil policiais participaram da segunda fase da operação batizada de Luz na Infância, que foi realizada em 284 cidades.

Segundo o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, mais de 1 milhão de arquivos com conteúdos relacionados a crimes de abuso sexual de crianças e adolescentes foram analisados antes do início da ação. Os alvos da operação foram pessoas que possuíam grande quantidade deste material.

"O mínimo foram 150 arquivos baixados, e ninguém baixa 150 arquivos sem querer. Mas tem alguns com 50 mil, 80 mil e até mais de 200 mil arquivos armazenados", afirmou o coordenador de laboratório de Inteligência Cibernética do Ministério Extraordinário da Segurança Pública, Alessandro Barreto.

Os detidos foram levados para delegacias estaduais de proteção à criança e crimes cibernéticos. Os estados do Rio Grande do Norte e Paraná foram os únicos não incluídos na operação. De acordo com o ministério, nesses locais não houve tempo hábil para a verificação dos dados.

Jungmann afirmou que essa foi a maior ação integrada da polícia judiciária civil no país e a maior operação contra pedofilia já realizada em um dia no mundo. O ministro defendeu ainda uma cooperação maior entre países para combater esse tipo de crime.

Em outubro passado, na primeira fase da Luz na Infância, 112 pessoas foram presas em 24 estados e no Distrito Federal. Daquela vez, Amapá e Piauí ficaram de fora. As investigações para a operação contaram com a ajuda de órgãos americanos, como a Embaixada dos Estados Unidos.

Mais de 151 mil arquivos com conteúdo de pedofilia, incluindo vídeos de sexo com crianças, foram compartilhados entre os suspeitos detidos na primeira fase da operação. Segundo a legislação, o armazenamento desse tipo de material já configura crime. Alguns dos detidos produziam esse material.

A pena para armazenamento e compartilhamento de conteúdo de pedofilia varia de um a seis anos de prisão. Para a produção desse tipo de imagem, a pena pode chegar a oito anos de prisão.

CN/ap/dpa/abr/ots

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