Megavazamento expõe empresas offshore de ricos e poderosos
3 de abril de 2016
Informações internas da empresa Mossack Fonseca mostram como ricos escondem seu dinheiro em empresas criadas em paraísos fiscais. Entre os citados estão políticos de todo o mundo, além de esportistas e artistas.
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Um vazamento de 11,5 milhões de documentos internos de uma empresa do Panamá, tornado público neste domingo (03/04) pelo jornal alemão Süddeutsche Zeitung, mostra como os ricos e poderosos do mundo usam paraísos fiscais para esconder seu dinheiro.
Os documentos, chamados de Panama Papers, mostram como a empresa Mossack Fonseca ajudou seus clientes a lavar dinheiro, evadir divisas e evitar o pagamento de impostos por meio da abertura de empresas offshore em paraísos fiscais.
O vazamento inclui e-mails, atestados, extratos bancários, cópias de passaportes e vários outros documentos, referentes a 214 mil empresas offshore, sobretudo no Panamá e nas Ilhas Virgens Britânicas.
Em comunicado, a Mossack Fonseca afirmou que apenas ajuda terceiros a abrir empresas e que, em 40 anos, nunca foi acusada de irregularidades.
Famosos são mencionados
Os dados mostram os negócios offshore de 140 políticos e ocupantes de cargos de alto escalão de todo o mundo, incluindo 12 antigos ou atuais chefes de Estado e de governo, por exemplo os primeiros-ministros da Islândia e do Paquistão e os presidentes da Argentina e da Ucrânia.
O jornal argentino La Nación, que teve acesso aos documentos, informou que o presidente Mauricio Macri integrou a direção de uma empresa offshore registrada nas Ilhas Bahamas.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, que participa da análise das informações, a Mossack Fonseca criou 107 offshores para pessoas ou empresas já investigadas pela Operação Lava Jato. Várias dessas empresas ainda são desconhecidas dos investigadores brasileiros. Entre os políticos citados direta ou indiretamente estão o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o ex-deputado federal João Lyra, afirma o diário paulista.
Além de políticos e governantes, há também os nomes de espiões, traficantes de drogas e outros criminosos nos documentos. Esportistas, como o jogador de futebol Lionel Messi, também são mencionados.
Além de Messi, aparecem também nos documentos os nomes do chileno Iván Zamorano e dos argentinos Leonardo Ulloa e Gabriel Heinze. Também é mencionado o uruguaio Pedro Damiani, presidente do Peñarol e membro da comissão de ética da Fifa. Outro citado é o diretor de cinema espanhol Pedro Almodóvar.
Segundo os documentos, o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, abriu uma empresa nas Ilhas Virgens Britânicas em 2014, no auge do conflito de seu país com a Rússia. Um porta-voz de Poroshenko afirmou que a abertura da empresa não estava vinculada a nenhum acontecimento político ou militar na Ucrânia.
Nos documentos encontram-se ainda os nomes de várias pessoas de confiança do presidente russo, Vladimir Putin, incluindo Serguei Roldugin, considerado o melhor amigo de Putin e padrinho da filha dele. Roldugin, um famoso violoncelista na Rússia, esteve envolvido com uma rede de empresas de fachada que movimentou 2 bilhões de dólares em poucos anos.
Também pessoas que estão sob sanções internacionais, como um primo do presidente Sírio, Bashar al-Assad, e monarcas, como o rei da Arábia Saudita, abriram empresas offshore, segundo os documentos vazados.
Instituições financeiras internacionais, incluindo 15 bancos alemães, também teriam se beneficiado dos serviços da Mossack Fonseca. Segundo os documentos vazados, mais de 500 bancos abriram 15 mil empresas offshore para seus clientes com a ajuda da empresa panamenha. Entre as instituições mais citadas estão o UBS e o HSBC. Os dois bancos disseram terem revistos essas práticas.
Fonte anônima
Os dados foram repassados ao Süddeutsche Zeitung por uma fonte anônima. O jornal compartilhou as informações com o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) e outras empresas de comunicação, como a emissora britânica BBC e as alemãs WDR e NDR. Cerca de 370 jornalistas de 78 países ajudaram a avaliar as informações.
"A propriedade de uma dessas empresas offshore em si não é ilegal. Mas quem analisar os documentos do Panama Papers logo constata que, na maioria dos casos, trata-se sobretudo de uma coisa: esconder a quem a empresa de fato pertence", afirmou o Süddeutsche Zeitung.
AS/dpa/efe/ots
O mês de abril em imagens
Relembre alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Getty Images/M. Divizna
Parlamento do Iraque é invadido
Centenas de manifestantes xiitas, seguidos do clérigo Moqtada al-Sadr, entraram na chamada Zona Verde, uma região governamental altamente protegida de Bagdá, e invadiram o parlamento do Iraque para exigir a implementação das reformas políticas do governo do primeiro-ministro Haidar al-Abadi. (30/04)
Foto: Reuters/A. Saad
Ex-guarda de Auschwitz pede desculpa
Em julgamento na Alemanha, o ex-guarda do campo de concentração de Auschwitz Reinhold Hanning pediu desculpas às vítimas. Com 94 anos e sentado numa cadeira de rodas na corte da cidade de Detmold, ele disse que se arrepende de ter sido parte de uma "organização criminosa" que matou tantas pessoas e causou tanto sofrimento. "Tenho vergonha por ter deixado a injustiça acontecer", disse. (29/04)
Foto: picture-alliance/dpa/B. Thissen
Protestos contra reforma trabalhista na França
Pelo menos, 170 mil pessoas participaram de protestos em várias cidades na França contra a reforma trabalhista proposta pelo presidente François Hollande. Críticos alegam que a mudança na lei ameaça os direitos dos trabalhadores. Houve confrontos entre polícia e manifestantes em Paris, Nantes, Lyon, Marselha e Toulouse. Mais de 20 policiais ficaram feridos e três em estado grave. (28/04)
Foto: Reuters/P. Wojazer
Cem dias para Rio 2016
A cem dias dos Jogos Olímpicos no Rio, uma cerimônia no Estádio Olímpico de Atenas, na Grécia, marcou a entrega da tocha olímpica para autoridades brasileiras. A atriz grega Katerina Lehou (foto), no papel de grande sacerdotisa, conduziu o evento. A Chama Olímpica segue para a Suíça e desembarcará no Brasil no dia 3 de maio, em Brasília, para, em seguida, percorrer 329 cidades pelo país. (27/04)
Foto: Reuters/A. Konstantinidis
30 anos do acidente de Chernobyl
A Ucrânia lembrou o 30º aniversário do desastre nuclear de Chernobyl, que deixou áreas permanentemente contaminadas na Europa Oriental e destacou as deficiências do secreto sistema soviético. A cerimônia foi marcada pela construção de cápsula protetora para impedir o vazamento de material radioativo. Mais de 200 toneladas de urânio continuam no interior do reator destruído. (26/04)
Foto: picture-alliance/dpa/M.Markiv/Press Office of the President of Ukraine
Comissão especial do impeachment
O Senado estabeleceu a comissão especial que analisará o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Por meio de eleição, o plenário da Casa aprovou a chapa com os 21 titulares e 21 suplentes do colegiado. Dos 21 titulares eleitos, apenas cinco têm voto declaradamente garantido à permanência de Dilma na Presidência. (25/04)
Foto: Getty Images/AFP/E. Sa
Obama na Alemanha
Presidente americano é recebido pela chanceler federal alemã, Angela Merkel, em Hannover. Ele fica dois dias na cidade, no que é provavelmente sua última visita oficial ao país, antes de deixar o governo. Na agenda, estão a promoção do controverso acordo de livre comércio entre EUA e UE e uma cúpula informal com líderes europeus. (24/04)
Foto: Reuters/M.Kappeler
Merkel visita Turquia
A chanceler federal alemã, Angela Merkel, visitou um campo de refugiados na província turca de Gaziantep, que abriga cerca de 5 mil sírios. Merkel foi acompanhada do presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk (centro), e do primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu (dir.). A líder alemã elogiou os esforços do governo da Turquia em relação aos refugiados e defendeu o acordo UE-Ancara. (23/04)
Representantes de 175 países assinaram o Acordo Climático de Paris, em cerimônia realizada na sede da Organização das Nações Unidas em Nova York. A adesão foi recorde para o primeiro dia de assinaturas de um acordo internacional. Em discurso, a presidente Dilma Rousseff falou sobre questões ambientais, com apenas uma breve referência ao que chamou de "grave momento" vivido pelo Brasil. (22/04)
Foto: picture alliance/dpa/A. Gombert
Morre o músico Prince
Ícone da música pop, o cantor americano Prince foi encontrado morto em sua casa, no estado de Minnesota, aos 57 anos. A notícia foi confirmada por uma assessora do músico, sem dar mais detalhes sobre a causa e as circunstâncias da morte. Ganhador de vários prêmios Grammy, Prince era considerado um dos cantores, compositores e multi-instrumentistas mais inovadores de seu tempo. (21/04)
Foto: picture-alliance/dpa/BELGA/D. Waem
Ciclovia desaba e deixa mortos no Rio
Um trecho de cerca de 50 metros da ciclovia elevada Tim Maia, em São Conrado, no Rio de Janeiro, desabou deixando ao menos dois mortos e três feridos. As vítimas, que trafegavam pela via quando o cimento cedeu, foram jogadas no mar. Inaugurada em janeiro deste ano ao custo de 45 milhões de reais, a ciclovia faz parte de um projeto que quer conectar todo o litoral da capital fluminense. (21/04)
Foto: Reuters/R. Moraes
Obama se reúne com rei saudita
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se encontrou com o rei Salman, da Arábia Saudita, na busca de ações conjuntas contra ameaças à segurança, incluindo o Irã e o "Estado Islâmico". Os líderes também conversaram sobre as tensões entre os dois aliados expostas nas últimas semanas. A reunião foi realizada no luxuoso palácio de Erga, em Riade. (20/04)
Foto: Reuters/K. Lamarque
Terrorismo no Afeganistão
Um atentado suicida no centro de Cabul deixou ao menos 28 mortos e mais de 300 feridos, sendo muitos em estado grave. O Talibã assumiu a autoria do ataque, executado a algumas centenas de metros do palácio presidencial. Os talibãs já haviam alertado sobre "atentados de larga escala contra posições inimigas em todo o país" durante a ofensiva chamada de Operação Omari. (19/04)
Foto: Reuters/O. Sobhani
Impeachment segue para o Senado
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, foi pessoalmente ao gabinete do presidente do Senado, Renan Calheiros, para a entrega do processo que pede o impeachment da presidente Dilma Rousseff. No dia anterior, uma votação acalorada no plenário da Câmara decidiu pelo seguimento do processo ao Senado. Em pronunciamento, Dilma disse estar "indignada" com o resultado. (18/04)
Foto: Agência Brasil/Fabio Rodrigues Pozzebom
Terremoto no Equador
Um terremoto de magnitude 7,8 atingiu o Pacífico e foi sentido em todo o Equador, causando pânico em locais tão distantes como a capital Quito, danificando edifícios e estradas em diversas cidades, e deixando mais de 350 mortos. (16/04)
Foto: Reuters/G. Granja
Terremoto no Japão
Um tremor de magnitude 7,3 atingiu a ilha de Kyushu, no sul do Japão, deixando pelo menos seis mortos e centenas de feridos, segundo a imprensa local. Muitos prédios foram destruídos, e cidades ficaram sem energia. O país chegou a emitir um alerta de tsunami, mas o aviso foi depois suspenso. No dia anterior, um terremoto de magnitude 6,5 já havia atingindo a ilha, causando nove mortes. (15/04)
Foto: Getty Images/T. Karibe
Cardozo pede anulação do impeachment
O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a anulação da votação do impeachment no domingo e o fim da tramitação do processo. A AGU argumenta que o processo contém "vícios que violam os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa". O relator do pedido no STF será o ministro Edson Fachin. (14/04)
Foto: Agência Brasil
Dilma sugere pacto nacional
Em entrevista a um grupo de jornalistas brasileiros no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff prometeu fazer um pacto nacional com trabalhadores, empresários e a oposição caso o impeachment não aconteça. Ela voltou a criticar o seu vice, Michel Temer, e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. "Só não sei quem é o chefe e o vice-chefe [do golpe]." (13/04)
Foto: R. Stuckert Filho/PR
Dilma chama temer de conspirador
Em discurso no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff chamou o vice-presidente da República, Michel Temer, de conspirador e articulador do golpe após o vazamento do áudio de um pronunciamento gravado por Temer em caso de impeachment. O pronunciamento de Dilma deixou claro um rompimento definitivo do governo com o líder do PMDB. (12/04)
Foto: Getty Images/AFP/E. Sa
Comissão aprova impeachment
Em sessão marcada por troca de insultos na comissão especial do impeachment, parlamentares votaram pela abertura do processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff. O placar sobre o parecer do relator Jovair Arantes (PTB-GO) foi de 38 votos a favor e 27 contra. (11/04)
Foto: Agência Brasil/Valter Campanato
Confronto entre policiais e refugiados
Homem é socorrido durante enfrentamentos entre policiais e migrantes. Tumultos feriram pelo menos 260 pessoas em Idomeni, localidade grega na fronteira com a Macedônia. Os policiais usaram gás lacrimogêneo e, segundo a ONG Médicos Sem Fronteiras, também balas de borracha. Veículos da mídia local relataram que o número de feridos ficou em "mais de 300".
Foto: Dimitris Tosidis
Suspeito confessa ser homem de chapéu
Câmeras de segurança do aeroporto de Bruxelas registram no dia 22 de março um indivíduo de chapéu branco e casaco claro deixando o local sem detonar os explosivos que carregava, que, mais tarde, foram encontrados. Os promotores belgas confirmam que o suspeito, identificado como Mohamed Abrini, era o terceiro envolvido no ataque terrorista contra o terminal aéreo naquele dia. (09/04)
Foto: picture-alliance/dpa/Belgian Federal Police
Prisão de Mohamed Abrini
A polícia belga prendeu o principal foragido dos atentados de 13 de novembro em Paris, Mohamed Abrini. O belga de origem marroquina é o último suspeito dos atentados identificado e foragido. Ele tem ligação com Abdelhamid Abaaoud, suspeito de ter arquitetado os ataques, e foi visto dois dias antes dos atentados num posto de gasolina no norte da França, ao lado de Salah Abdeslam. (08/04)
Foto: Reuters/S. Dana-Kamran
Encontrado exemplar raro de Shakespeare
Um exemplar do "Primeiro Fólio", a primeira edição de uma coletânea das 36 peças de William Shakespeare (1564-1616), foi descoberto na Escócia. A descoberta eleva para 234 o número de exemplares conhecidos dessa compilação original, impressa em 1623 e que contém várias peças que nunca haviam sido publicadas e poderiam ter se perdido, como "Macbeth", "A tempestade" e "As you like it". (07/04)
Foto: Reuters/R. Cheyne
Holanda rejeita acordo europeu
Em um referendo, os holandeses rejeitaram o acordo de livre comércio assinado entre a União Europeia (UE) e a Ucrânia em 2014. Mais de 61% dos eleitores votaram contra o tratado e apenas 38% foram a favor. Críticos do acordo temiam que ele resultasse na adesão da Ucrânia ao bloco. A Holanda é único país da União Europeia que ainda não ratificou medida. (06/04)
Foto: DW/M. Drabok
Premiê da Islândia renuncia
O primeiro-ministro da Islândia, Sigmundur David Gunnlaugsson, renunciou ao cargo, em meio ao escândalo por seu suposto envolvimento nos chamados "Panama Papers". Gunnlaugsson enfrentou forte pressão popular, após alegações de que ele estaria envolvido com o escritório panamenho de advocacia e consultoria Mossack Fonseca. (05/04)
Foto: picture-alliance/dpa/B.P. Hardarson
Primeiros refugiados chegam à Alemanha
Os primeiros requerentes de asilo sírios a entrarem legalmente na União Europeia vindos diretamente da Turquia aterrissaram no aeroporto de Hannover, na Alemanha, iniciando a execução de um acordo alcançado entre Ancara e a UE. Os primeiros 32 refugiados foram levados para um centro de acolhimento em Friedland, perto de Göttingen, no norte da Alemanha. (04/04)
Foto: picture-alliance/dpa/H. Hollemann
"Panama Papers"
Um vazamento de 11,5 milhões de documentos internos de uma empresa do Panamá mostra como os ricos e poderosos do mundo usam paraísos fiscais para esconder seu dinheiro. Os documentos, chamados de Panama Papers, mostram como a empresa Mossack Fonseca ajudou seus clientes a lavar dinheiro, evadir divisas e evitar o pagamento de impostos por meio da abertura de empresas offshore. (03/04)
Foto: picture-alliance/dpa/J.Pelaez
Aeroporto de Bruxelas reabre
O aeroporto internacional de Zaventem abriu suas portas pela primeira vez desde os ataques terroristas de 22 de março em Bruxelas. A reabertura foi parcial e contou com apenas três voos da Brussels Airlines, com destino a Portugal, Itália e Grécia. O esquema de segurança do terminal foi altamente reforçado, e o acesso ao aeroporto ainda é muito limitado. (03/04)
Foto: Reuters/B. Doppagne/Pool
Despedida de Guido Westerwelle
A cerimônia fúnebre do ex-ministro do Exterior alemão Guido Westerwelle reuniu muitos amigos e familiares em Colônia. O presidente da Alemanha, Joachim Gauck, e a chanceler federal Angela Merkel também prestaram suas homenagens. Westerwelle morreu em 18 de março, aos 54 anos, em decorrência de leucemia. Desde os anos 1980, ele era uma das personalidades mais influentes da política alemã. (02/04)
Foto: Getty Images/S. Steinbach
Morre Hans-Dietrich Genscher
O político alemão Hans-Dietrich Genscher, conhecido como o "arquiteto da Reunificação", morreu aos 89 anos de falência cardiovascular. Ele foi ministro do Exterior e vice-chanceler federal da Alemanha entre 1974 e 1992. Genscher desempenhou papel-chave na política de distensão Leste-Oeste e, no ano passado, foi homenageado pelo Partido Liberal Democrático (FDP) por essa contribuição. (01/04)