Patrick Joseph Hickey é acusado de envolvimento num esquema internacional de venda ilegal de ingressos. Afastamento é temporário até que a situação seja esclarecida, diz Comitê Olímpico Internacional.
Anúncio
O presidente do Comitê Olímpico da Irlanda e membro do Comitê Olímpico Internacional (COI), Patrick Joseph Hickey, de 71 anos, deixou temporariamente seus cargos após ter sido detido por suspeita de envolvimento num esquema internacional de venda ilegal de ingressos, anunciou o COI nesta quarta-feira (17/08).
"Diante os acontecimentos desta manhã e a precariedade de sua saúde, Hickey tomou a decisão de deixar temporariamente a presidência do Comitê Olímpico da Irlanda e todas suas outras funções olímpicas", disse o COI, em comunicado.
Hickey fazia parte do comitê executivo do COI desde 2012 e era presidente tanto do Comitê Olímpico da Irlanda como dos Comitês Olímpicos Europeus, associação que reúne todos os comitês olímpicos da Europa.
O COI afirmou ainda que Hickey ficará afastado até que a situação seja esclarecida. O comunicado ressaltou que o irlandês está cooperando com as investigações.
Esquema de cambismo
Hickey foi preso nesta quarta-feira por suspeita de envolvimento num esquema internacional de venda ilegal de ingressos. Os policiais civis cumpriram um mandado de prisão expedido pela Justiça fluminense, além de um mandado de busca e apreensão, num hotel no bairro Barra da Tijuca. O irlandês teria tentado fugir quando os agentes chegaram ao seu quarto. Detido, foi levado para um hospital.
Hickey é suspeito de cambismo, ou venda de ingressos acima do preço impresso nos bilhetes. Ele teria participado de um esquema com mais seis pessoas. Ex-lutador de judô, o irlandês foi membro do Comitê de Coordenação dos Jogos Rio 2016, responsável por acompanhar o planejamento e a organização do evento.
Em suas investigações contra a venda ilegal de ingressos na Rio 2016, a Polícia Civil já havia prendido em flagrante o diretor da empresa britânica THG, Kevin Mallon, e uma funcionária da empresa, Bárbara Carnieri, no dia 5 de agosto.
Nesta semana, a Justiça decretou as prisões de outros quatro diretores da THG, que é especializada no comércio de ingressos em grandes eventos esportivos: David Patrick Gilmore, Marcus Paul Bruce Evans, Maarten Van Os e Martin Studd. Como eles estão fora do país, o mandado de prisão foi comunicado à Polícia Federal e à Interpol.
CN/dpa/afp/rtr
As melhores imagens da abertura das Olimpíadas
Cerimônia no estádio do Maracanã impressionou o mundo e deixou mensagem de superação, apesar de clima de pessimismo sobre os Jogos Olímpicos no Rio.
Foto: picture-alliance/dpa/Z. Czegledi
Show de luzes
Luzes de celulares tomaram conta das arquibancadas do estádio do Maracanã no início da cerimônia de abertura dos Jogos no Rio. O evento começou com o Hino Nacional, tocado no violão por Paulinho da Viola.
Foto: picture alliance/dpa/A. Lacerda
História e dança
Dançarinos contaram com elásticos e projeções de luz a história do Brasil, dos indígenas na época do descobrimento do Brasil até a imigração de italianos e japoneses ao país. Uma performance impressionante, de acordo com a imprensa internacional. Ideia dos organizadores foi transmitir o "espírito da gambiarra": mesmo com pouco, é possível fazer coisas grandiosas.
Foto: Getty Images/AFP/F. Coffrini
Coreografias impressionantes
Ao som do clássico "Construção", de Chico Buarque, bailarinos encenaram coreografias entre estruturas móveis de prédios. A apresentação destacou a urbanização do Brasil contemporâneo.
Foto: Reuters/K. Pfaffenbach
Dumont ou Wright?
O sobrevoo de uma réplica do 14 Bis pilotado por um ator interpretando Santos Dumont no Maracanã gerou polêmica nas redes sociais. Brasileiros e americanos entraram numa disputa sobre quem inventou o avião: Dumont ou os irmãos Wright?
Foto: Reuters/D. Sagolj
Gisele
A modelo Gisele Bündchen desfilou no Maracanã ao som de "Garota de Ipanema", tocada por Daniel Jobim, neto do maestro. Por onde passava, Gisele desenhava curvas que formavam obras do arquiteto Oscar Niemeyer, como a Igreja da Pampulha e a Catedral de Brasília.
Foto: Reuters/I. Alvarado
Defesa da sustentabilidade
Um dos principais temas da cerimônia foi o aquecimento global. Um menino fez uma encenação com a muda de uma árvore, enquanto as atrizes Judi Dench e Fernanda Montenegro recitavam o poema "A Flor e a Náusea", de Carlos Drummond de Andrade. Ao longo da apresentação, atletas plantaram sementes, que serão levadas ao Parque Radical de Deodoro.
Foto: Getty Images/J. Squire
Equipe dos refugiados
A primeira equipe de refugiados dos Jogos Olímpicos foi recebida com aplausos e entusiasmo pelo público. Entre os atletas, está a nadadora síria Yusra Mardini, que vive em Berlim.
Foto: Reuters/K. Pfaffenbach
Muito samba
Caetano Veloso, Gilberto Gil e Anitta cantaram acompanhados de baterias de várias escolas de samba. O Maracanã virou Sambódromo, com fantasias, porta-bandeiras, passistas e muita gente sambando no palco e nas arquibancadas.
Foto: picture-alliance/dpa/S. Ilnitsky
Entrada triunfal
A delegação brasileira foi guiada pela transexual Lea T, que pedalava uma bicicleta. Os atletas desfilaram em um Maracanã iluminado de verde e amarelo, ao som de "Aquarela do Brasil".
Foto: Reuters/S. Nenov
Vaias para Temer
O presidente interino, Michel Temer, não foi anunciado ao lado do presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, no início da cerimônia. Ele declarou a abertura oficial dos Jogos Olímpicos em meio a muitas vaias e poucos aplausos.
Foto: picture alliance/dpa/AP Photo/M. Schreiber
Chama acesa
A Tocha Olímpica chegou ao Maracanã conduzida pelo tenista Gustavo Kuerten. A chama foi, então, passada pela jogadora de basquete Hortência ao maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, que foi prejudicado por um manifestante enquanto liderava uma maratona na Olimpíada de Atenas, em 2004. A homenagem ao atleta, que acendeu a pira olímpica, foi um dos pontos altos da cerimônia.