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Mercado alemão de cerveja atrai mais estrangeiros

Klaus Deusse / sm11 de abril de 2004

A tendência predatória dentro do mercado de cerveja já ocasionou o desaparecimento de mais de 100 fábricas alemãs. Cervejarias pequenas e médias continuam correndo o risco de ser encampadas por grupos estrangeiros.

Alemanha é o terceiro mercado mundial de cervejaFoto: AP

Há cinco anos, o mercado alemão de cerveja ainda estava nas mãos de produtores locais; hoje; inúmeras marcas tradicionais já foram encampadas por grupos estrangeiros, como a Interbrew, a Heineken e a Carlsberg. Desde 2001, a Interbrew encampou fabricantes alemães no valor de 3,5 bilhões de euros.

Estrangeiros lideram

- Com uma produção de 16 milhões de hectolitros, o conglomerado belga Interbrew já assumiu faz tempo a liderança do mercado alemão de cerveja. A fábrica holandesa Heineken ocupa o terceiro lugar, com cerca de nove milhões de hectolitros, e a dinamarquesa Carlsberg fica em quinto com uma produção de oito milhões de hectolitros. Em três anos, companhias internacionais engoliram quase um terço do mercado alemão.

De olho nos pequenos

- O carrossel de fusões e encampamentos se acelera cada vez mais. Outros estão à espera para entrar no mercado alemão, que representa o terceiro mercado de cerveja, após a China e os EUA. Além da Anheuser-Busch, o produtor britânico Scottisch & Newcastle e a a SAB Miller, da África do Sul, estão na fila, esperando a próxima oportunidade de colocar os pés na Alemanha. Isso, apesar de o consumo estar diminuindo e ter caído para 105,5 milhões de hectolitros, ou seja, mais de 2% no ano passado.

Até transbordar o barril

- Com uma capacidade de produção de até 170 milhões de hectolitros, os fabricantes de cerveja alemães teriam condições de cobrir as demandas da França, da Itália e da Espanha. A concorrência acirrada levou ao fechamento de aproximadamente cem fábricas de cerveja nos últimos anos. Para as 1280 sobreviventes, todo cuidado é pouco, pois a capacidade de superprodução e a queda de consumo estão levando o mercado a se reciclar, acelerando a dinâmica dos encampamentos.

Apostar na especialidade

- Como os produtores médios não conseguem acompanhar a guerra de preços, a única solução é tentar manter a clientela local. Outra estratégia para defender a posição no mercado é apostar tudo nas especialidades próprias de cerveja: naquilo que se sabe fazer melhor e naquilo que mais corresponde ao gosto do consumidor.

Tradições regionais

- "Numa época em que as cervejas na Alemanha e na Europa ficam cada vez mais parecidas, é fundamental manter os ingredientes e as tradições regionais", destaca Hugo Fiege, proprietário de uma pequena fábrica de cerveja na Renânia do Norte-Vestfália. No entanto, isso dificilmente vai conter a tendência de hegemonia dos grandes produtores, cada vez mais radical no mercado de cerveja.

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