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Mercado Novo à beira da desintegração

MB/am25 de setembro de 2002

Há dois anos e meio, predominava o clima de euforia no Mercado Novo da Bolsa de Frankfurt. O Nemax-50, índice do Mercado Novo, fixava então como meta a marca dos 10.000 pontos.

Bolsa: a curta história do Mercado Novo parece estar chegando ao fimFoto: APTN

A perda de confiança assumiu proporções que ameaçam a existência do Mercado Novo, no qual são negociadas ações de empresas jovens, em grande parte da área de telecomunicações e novas tecnologias. A promotoria pública iniciou, além disso, investigações contra toda uma série de executivos de tais empresas, por suspeitas de fraude. Muitos balanços já foram desmascarados: eram apenas fachada para atrair investidores, sem quaisquer substâncias econômico-financeiras que as sustentassem.

A imagem do Mercado Novo foi de tal forma destruída, que as empresas sérias buscam uma forma de fugir dele, a fim de preservar o próprio prestígio. Algumas delas, como a Energiekontor, fabricante de instalações para o aproveitamento da energia eólica, já deram tal passo, afastando-se definitivamente do Mercado Novo.

Ao que tudo indica, a Bolsa parece disposta a fechar o Mercado Novo para reabri-lo posteriormente com outra estrutura e formação. Tais boatos circulam desde meados de setembro e tornaram-se mais insistentes nos últimos dias. A estratégia poderia ser a reabertura com o nome de Mercado de Risco, oferecendo também maior transparência não apenas nos negócios de ações, mas também nas estratégias e transações das empresas recém fundadas e de seus diretores.

Nova segmentação –

Em Frankfurt, fala-se muito no momento a respeito de uma nova segmentação dos mercados, o que – obviamente – não teve ainda nenhuma confirmação oficial. É certo, contudo, que muitos participantes do Mercado Novo não vêem mais uma forma de consertá-lo.

É o que afirmou, por exemplo, Heinz Hilgert, presidente do DZ-Bank, uma das empresas mais importantes do Mercado Novo: "Não é nenhum fenômeno passageiro. Eu não creio que será possível revitalizar o Mercado Novo na forma como ele existe no momento."

Hilger vai além disto. Ele responsabiliza a Deutsche Börse (empresa operadora da Bolsa de Frankfurt) pela perda de 20% das ações negociadas no Mercado Novo, somente no corrente ano: a maioria delas foi perdida não através de incorporações, mas sim de insolvência e exclusão. Hilger: "É preciso perguntar-se, se a Deutsche Börse não agiu levianamente, oferecendo uma área de negócios que é, no final das contas, um substitutivo para um mercado paralelo de capitais."

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