Reação positiva
22 de julho de 2011As bolsas de valores da Europa e da Ásia abriram em alta nesta sexta-feira (22/07), depois do anúncio do pacote de 159 bilhões de euros para ajudar a Grécia a pagar as suas dívidas. O pacote foi fechado nesta quinta-feira em Bruxelas pelos líderes da zona do euro.
No início dos negócios nesta sexta, as bolsas de Londres e de Tóquio subiram mais de 1%, enquanto Frankfurt registrava alta de 0,63% e Paris subia 1,06%. Também foram registradas altas superiores a 1% em Madri e Milão.
Em Frankfurt, os papéis com maior valorização eram os de bancos e seguradoras. As ações do banco alemão Commerzbank subiram 2,4%. Já no dia anterior, o ganho havia sido de quase 10%, após as primeiras notícias sobre um acordo em Bruxelas. Também o Deutsche Bank e as seguradoras Munich Re e Allianz registram ganhos nesta sexta.
O euro também havia subido em relação ao dólar já na quinta, devido às notícias positivas que vinham de Bruxelas. O ganho foi de 2,5%, com cotação de 1,4372. Nesta sexta, a moeda europeia era cotada a 1,44 dólar no mercado europeu.
"O recente acordo em torno de um segundo pacote para a Grécia é suficiente para manter os mercados felizes pelos próximos meses", afirmou a analista financeira Kathleen Brooks, da corretora Forex.com.
"Default seletivo", porém temporário
A agência de rating Fitch foi a primeira a declarar a Grécia em default, nesta sexta, num movimento já esperado pelo mercado devido à participação dos credores privados no segundo pacote de resgate grego. A classificação é, porém, temporária.
Em nota, a Fitch afirma que o acordo alcançado em Bruxelas configura um "default seletivo" [restricted default], já que a proposta de troca de títulos por outros com condições piores do que os originais vai significar uma perda de 20% para bancos e outros credores da dívida soberana grega.
Porém, a Fitch afirmou ainda que a situação de "default seletivo" é temporária e que a Grécia tem agora uma chance para enfrentar o problema da dívida. A agência afirmou ainda que a Grécia receberá uma nota melhor passada a fase de troca da dívida, quando forem emitidos novos títulos garantidos pelos países da zona do euro. Essa nova nota deverá alcançar o grau "pouco especulativo".
AS/rtr/afp/lusa/dpa
Revisão: Roselaine Wandscheer