Mergulhadores buscam em Berlim provas de roubo a museu
25 de dezembro de 2022
Medida faz parte de investigação sobre roubo de tesouro do século 18, cuja maior parte já foi recuperada. Trecho de canal no bairro de Neukölln foi vasculhado.
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Mergulhadores da polícia alemã vasculharam um trecho de um canal de Berlim neste domingo (25/12) em busca de provas ligadas ao roubo, há três anos, de dezenas de joias do século 18 do museu Grünes Gewölbe (Abóbada Verde), em Dresden, em uma das ações mais ousadas do tipo nas últimas décadas.
Cerca de 20 mergulhadores fizeram buscas em um trecho de 150 metros do canal Schifffahrts, no bairro de Neukölln, próximo a uma ponte da Treptowerstrasse. Os mergulhadores tinham pouca visibilidade devido à água escura, e trouxeram à tona diversos objetos cobertos de lama.
"Os procedimentos levarão algum tempo", disse a polícia de Dresden, sem fornecer mais detalhes, nem informar se buscava joias ou outras provas do crime.
Joias estimadas em R$ 622 milhões
A maior parte do tesouro roubado já havia aparecido no início do mês, quando 31 itens foram localizados em Berlim e devolvidos a Dresden, onde estão sendo periciados. A descoberta estaria supostamente ligada a um acordo entre um dos réus e promotores, aprovado pela Justiça.
Em 25 de novembro de 2019, dois ladrões invadiram o museu Grünes Gewölbe, no Castelo de Dresden, por uma janela e quebraram uma vitrine com um machado antes de fugir com os objetos do século 18.
Cerca de 4.300 diamantes e outras pedras preciosas foram levados, com um valor estimado em 113 milhões de euros (R$ 622 milhões) – o museu os considera de valor inestimável. Os danos causados pelo arrombamento foram avaliados em mais de 1 milhão de euros (R$ 5,5 milhões).
Atualmente, seis homens estão sendo julgados pelo roubo e pelo incêndio criminoso de uma estação de transmissão de eletricidade que desativou as luzes de rua e os alarmes de segurança.
bl (dpa, ots)
Os mais espetaculares roubos de obras de arte da história
Armados, disfarçados de policiais ou de turistas, ladrões entraram para a história ao roubar valiosas pinturas e objetos de museus – da "Mona Lisa" a uma moeda de ouro de 100 quilos.
Foto: picture-alliance/dpa/K. Van Weel
Quando o sorriso de Mona Lisa desapareceu
Em 1911, o retrato feminino mais famoso do mundo – "Mona Lisa", de Leonardo da Vinci – foi roubado. Um jovem italiano, Vincenzo Peruggia, furtou a imagem do Louvre depois de se vestir como um empregado do museu parisiense e esconder a obra debaixo do casaco. A pintura reapareceu em 1913, após um comerciante de arte denunciar Peruggia à polícia.
Foto: picture alliance/Mary Evans Picture Library
A pintura mais roubada
O retrato de "Jacques 3º de Gheyn", de Rembrandt, foi roubado quatro vezes da Dulwich Picture Gallery, no Reino Unido, em 1966, 1973, 1981 e 1986. Por isso, a pintura também é conhecida como "o Rembrandt para viagem". Também após o último roubo, a obra de arte felizmente foi recuperada.
Foto: picture-alliance/akg-images
Misterioso roubo em Boston
Em 1990, o roubo de 13 pinturas do Museu Isabella Steward Gardner, em Boston, nos EUA, atraiu a atenção internacional. Dois homens disfarçados de policiais invadiram o prédio e roubaram, entre outras obras de arte, "Chez Tortoni", de Édouard Manet, e "O Concerto" (foto), de Jan Vermeer. Até hoje, as molduras, sem os quadros, permanecem penduradas no local.
Foto: Gemeinfrei
O roubo espetacular de pinturas de Van Gogh
Em 1991, sem ser notado, um homem se fechou num banheiro do Museu Van Gogh, em Amsterdã, e roubou 20 pinturas com a ajuda de um supervisor. Entre elas, estavam o "Autorretrato diante do cavalete" (foto). No entanto, a polícia conseguiu recuperar as obras roubadas apenas uma hora depois, no veículo usado na fuga. Depois de alguns meses, os ladrões foram presos.
Foto: picture-alliance/dpa/K. Van Weel
"Virgem do fuso" desaparecida
A pintura de Leonardo da Vinci, avaliada em até 70 milhões de euros, foi roubada em 2003 de um castelo na Escócia. Dois ladrões, que entraram na exposição como turistas, dominaram o guarda do Castelo de Drumlanrig e fugiram com a obra. A imagem ficou desaparecida por quatro anos. Somente em 2007 ela foi recuperada após uma batida policial realizada em Glasgow.
Foto: picture-alliance/dpa
Roubo armado no Museu Munch
Em 2004, "O grito" e "Madonna", do expressionista Edvard Munch, foram roubadas em Oslo. Dois criminosos armados invadiram o Museu Munch e furtaram as obras diante de várias testemunhas. Durante uma busca, a polícia recuperou as duas pinturas. Porém, o estado de "O grito" era tão ruim que o quadro não pôde ser totalmente restaurado.
Foto: picture-alliance/dpa/Munch Museum Oslo
Roubo milionário na Suíça
Em 2008, ladrões armados roubaram quatro pinturas no valor de 180 milhões de francos suíços do museu privado Fundação Coleção Emil G. Bührle, em Zurique: "Rapaz de colete vermelho", de Paul Cézanne; "Conde Lepic e suas filhas", de Edgar Degas; "Amendoeira em flor", de Vincent Van Gogh; e "Campo de papoulas perto de Vétheuil" (foto), de Claude Monet. Todos foram recuperados.
Foto: picture-alliance/akg-images
Moeda de ouro de 100 quilos em Berlim
Em março de 2017, uma moeda de ouro de 100 quilos, com valor nominal de 1 milhão de dólares, foi roubada do Museu Bode, em Berlim. Os ladrões provavelmente usaram uma escada para entrar no edifício. A moeda, chamada de "Big Maple Leaf", é originária do Canadá, tem 53 centímetros de diâmetro e três centímetros de espessura. Na parte frontal, ela traz o retrato da rainha Elizabeth 2ª.
Foto: picture-alliance/dpa/F.May
2019: Roubo na Abóbada Verde em Dresden
Três conjuntos de joias foram roubados no museu Grünes Gewölbe (Abóbada Verde), no Palácio Real em Dresden, em 25 de novembro de 2019. Investigações iniciais apuraram que os ladrões entraram por uma janela e quebraram as vitrines, como mostra um vídeo.